Municípios do Vale do Rio Pardo aprovam novo recurso contra bandeira vermelha

Após nova classificação como bandeira vermelha no mapa preliminar do Estado, a região do Vale do Rio Pardo (R28) adotará a mesma estratégia utilizada na semana passada e irá entrar com recurso conjunto, por meio da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp).

Em reunião na manhã deste sábado, os prefeitos e secretários municipais de Saúde analisaram os indicadores juntamente com a 13a Coordenadoria Regional de Saúde e a equipe técnica do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), composta pela enfermeira e diretora executiva Lea Vargas, o médico infectologista Marcelo Carneiro e a assessora jurídica Pamela Lima.

Dentre os indicadores, um apresentou piora, passando da classificação amarela para a preta em função dos quatro óbitos registrados na semana, enquanto outros três tiveram melhora. A explicação do Gabinete de Crise do governo do Estado para a bandeira vermelha recai principalmente na situação da macrorregião dos Vales – que engloba ainda Lajeado e Cachoeira do Sul. A revisão dos números da macrorregião será o principal foco neste sábado.

“Faremos um movimento e articulação com as regiões de Lajeado e Cachoeira do Sul para um alinhamento no discurso e na produção do recurso. Uma bandeira vermelha complicaria ainda mais a já difícil situação econômica das comunidades. Somos uma das poucas no Estado que ainda não teve de enfrentar isso”, afirma o prefeito de Candelária e presidente da Amvarp, Paulo Butzge. Uma videoconferência reunindo gestores e técnicos da macrorregião deve ocorrer na tarde deste sábado.

Preocupação com surtos em clínicas geriátricas

Durante a videoconferência desta manhã, o médico infectologista Marcelo Carneiro fez uma alerta para os casos de Covid-19 em instituições de Longa Permanência para Idosos (LPI). Segundo ele, a região pode permanecer com bandeira vermelha por um longo período se os surtos e óbitos relacionados às casas geriátricas não diminuírem.

“É urgente que estas unidades reforcem as suas medidas de prevenção, caso contrário poderemos ter de fechar o comércio até o fim da pandemia. O número de óbitos é um indicador que não tem justificativa para recurso. É importante que os municípios fiscalizem de forma mais agressiva estes locais”, destaca o médico.

Mesmo os municípios da Região 28 dentro da chamada regra 0-0, que não registraram internações ou óbitos nas últimas duas semanas (Gramado Xavier, Herveiras, Mato Leitão, Passo do Sobrado, Sinimbu, Vale do Sol, Vale Verde e Vera Cruz), e que poderão adotar protocolos previstos na bandeira laranja, confirmaram a participação na elaboração do recurso regional, enviando as ações que vêm sendo feitas por eles junto à cada população. A Região 28 conta ainda em sua área de abrangência com Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Rio Pardo, Candelária e Pantano Grande.

“O nosso último recurso teve um reconhecimento grande por parte do Estado e de outras prefeituras. Tudo isso pelo trabalho competente da nossa equipe técnica. A região está preparada e tem enfrentado a pandemia com união e conhecimento técnico, o que nos leva a ter otimismo pela reversão da bandeira vermelha”, afirmou o prefeito de Pantano Grande e presidente do Cisvale, Cassio Nunes Soares.

Por determinação do prefeito Telmo Kirst, Santa Cruz do Sul também irá entrar com recurso municipal, além de apoiar o documento regional.

Imagem mostra reunião que ocorreu na Unisc

Unisc e Cisvale lançam portal de informações sobre a Covid-19

A parceria entre o Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) e a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) foi ampliada com a confecção de um portal. O site, batizado de GeoSaúde Unisc, vem sendo desenvolvido por grupos de pesquisa da instituição de ensino, e irá fornecer dados e informações sobre o estudo a ser iniciado no próximo dia 18, que irá mensurar a soroprevalência de SARS-CoV-2 (vírus causador da Covid-19) na região.

Contudo, o espaço virtual promete ser abastecido também com outras questões relativas à saúde e à educação, se tornando um repositório de produção científica. “A ideia é que o portal conte com dissertações de mestrado, teses de doutorado, artigos publicados em periódicos e links de dossiês acerca dos temas tratados pelos grupos de pesquisa e sobre a Covid-19”, ressaltou um dos idealizadores da página, o geógrafo Camilo Darsie.

Segundo ele, a ação foi uma estratégia encontrada como forma de divulgação dos trabalhos de pesquisa associados aos programas de Pós-graduação em Educação, e de Pós-graduação em Promoção da Saúde, ambos realizados na Unisc. “Em cada programa, os grupos de pesquisa desenvolvem investigações relacionadas à Covid-19, diretamente ou sobre temas que se articulam à ela de alguma maneira, caracterizando um trabalho periódico sobre o assunto e sobre a Educação a Saúde em geral”, complementou Darsie, que é doutor em Educação e possui pós-doutorado em Saúde Coletiva.

Site será dividido em sessões

Neste contexto, o geógrafo Camilo Darsie e a professora e psicóloga Betina Hillesheim coordenam o grupo de pesquisa Políticas Públicas, Inclusão e Produção de Sujeitos, no programa de pós-graduação em Educação, enquanto o médico infectologista Marcelo Carneiro organiza as atividades do grupo Tecnologia de Ensino e Segurança do Paciente, no programa de pós-graduação em Promoção da Saúde. Na próxima quarta-feira, três dias antes do início da pesquisa a ser realizada nos 14 municípios de abrangência do Cisvale, a página será lançada na web, e poderá ser acessada através do link geosaudevrp.org.

Imagem mostra o médico Marcelo Carneiro e o geógrafo Camilo Darsie
Médico Marcelo Carneiro e o geógrafo Camilo Darsie

Camilo Darsie explica que o portal GeoSaúde Unisc será dividido em sessões. Uma contará com as informações geradas a partir da pesquisa do Cisvale, com um mapeamento dessa análise sendo feito pelos integrantes dos programas de pós-graduação da Unisc. Já outras duas abas serão destinadas à exploração de materiais acadêmicos de cada grupo de pesquisa.

“O tema Covid-19 será pesquisado por anos em função de todo o impacto causado, tanto na área da saúde como na área da educação ou demais ciências. Por isso faremos do site um grande repositório de material que será fonte para pesquisas sobre o assunto, sendo atualizado ao longo do tempo. A função da Universidade é essa, compartilhar conhecimento e, no caso da Unisc, promover o fortalecimento da comunidade”, complementou Darsie, que também é professor do curso de Medicina da Unisc. O portal GeoSaúde Unisc, desenvolvido tecnicamente pelo mestrando em Educação Bruno Cristiano e pelo estudante de Ciências da Computação Ygor Dreyer, será traduzido para o inglês e para o espanhol.

Primeira prática da pesquisa

Na noite da última quarta-feira, 8, foi realizada a primeira atividade prática relacionada à pesquisa que irá mensurar a soroprevalência da Covid-19 na região de abrangência do Cisvale – Boqueirão do Leão, Candelária, Gramado Xavier, Herveiras, Mato Leitão, Pantano Grande, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Santa Cruz Do Sul, Sinimbu, Vale do Sol, Vale Verde, Venâncio Aires e Vera Cruz.

O encontro, realizado na Unisc, contou com as presenças de Carneiro, Darsie, e de outros coordenadores da pesquisa, como Andréia Valim, Lia Possuelo, Mari Ângela Gaedke, Janine Koeppe, das professoras Jane Renner, Éboni Reuter, Ana Paula Helfer, Daiana Carissimi, Ingre Paz, Susane Krug, Analídia Petry, além da reitora Carmen Lúcia de Lima Helfer, do vice-reitor Rafael Frederico Henn e do diretor de Pesquisa e Pós-Graduação, Adilson Ben da Costa, e da diretora executiva do Cisvale, a enfermeira Lea Vargas. Integram o grupo ainda os pesquisadores Renato Michel, Eliane Krummenauer, Rochele Menezes, Caroline Bertelli e Bruna Martins.

Conforme Lea Vargas, o Cisvale e a Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo têm sido protagonistas na elaboração de ações no enfrentamento da Covid-19. Ainda em abril, na semana epidemiológica 17, iniciou o levantamento dos pacientes sintomáticos que buscam atendimento na rede de saúde dos 14 municípios que integram o Consórcio. 

“Mensuramos as internações hospitalares, leitos clínicos e de UTI, novos casos, comportamento dos pacientes sintomáticos, sempre com uma avaliação semanal. Para aprofundarmos ainda mais o estudo, agora vem a aplicação dos cinco mil testes rápidos adquiridos pelo Cisvale, com a Unisc fazendo a execução”, afirma Lea.

 “Os estudos que aconteceram em março, abril, maio e junho mostraram o que aconteceu naquele período. Agora em julho e agosto, com a pesquisa, iremos mapear toda a pandemia na região do Vale do Rio Pardo”, explicou Marcelo Carneiro, coordenador geral da pesquisa e professor do curso de Medicina e do Mestrado e Doutorado em Promoção da Saúde na Unisc. “É um aprendizado que virá para a universidade e uma contribuição nossa com ciência aos municípios. Eles vão ter que tomar decisões, e tomá-las com base em cima de dados é sempre melhor”, comentou a reitora Carmen Lúcia de Lima Helfer.

Imagem mostra professora sendo testada para detecção da Covid-19
Testagem dos profissionais envolvidos na pesquisa ocorreu na última quarta-feira

Cisvale apoia Amvarp em recurso contra bandeira vermelha na região

Em videoconferência realizada na manhã deste sábado, 11, representantes das prefeituras que abrangem a Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) debateram as ações coletivas a serem adotadas a partir da nova classificação do Estado para o modelo de distanciamento controlado, que determinou bandeira vermelha para a Região 28.

Na reunião virtual, ficou estabelecido que será enviado ao Estado um recurso regional com as referências técnicas a respeito dos índices a serem analisados pelo Estado. “É a primeira vez que estamos nos deparando com essa situação da bandeira vermelha. Por isso, queremos é verificar as possibilidades do recurso com uma argumentação fundamentada”, comentou o prefeito de Candelária e presidente da Amvarp, Paulo Butzge.

Ao longo da tarde deste sábado, a equipe da Amvarp, com o apoio técnico do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), irá elaborar o recurso, que deve ser encaminhado ao Estado até às 6 horas da manhã deste domingo, 12. Conforme a diretora executiva do Cisvale, enfermeira Lea Vargas, serão revisados os números de pacientes ativos e recuperados.

“É necessário verificarmos internamente se essa atualização do sistema compreende somente os positivados levados em consideração pelo Estado”, ressaltou Lea. “A maioria dos pacientes internados são de outras regiões, o que também é algo que deve ser analisado, pois é um indicador que piorou e esse cálculo reflete na nossa região”.

O prefeito de Pantano Grande e presidente do Cisvale, Cassio Nunes Soares, também comentou a ação coletiva. “Queremos apresentar os indicadores das informações que o Cisvale vem levantando, pensando em toda a estruturação que cada município construiu, com as ações de enfrentamento à Covid-19, elementos importantíssimos para o recurso.”

“Estamos bem organizados”, diz médico Marcelo Carneiro

Para o médico infectologista Marcelo Carneiro, que atua junto ao Cisvale, o acompanhamento da evolução da Covid-19 na região vem desde abril, de maneira que há um controle sobre a doença. “Precisamos deixar claro ao Estado o fato de atendermos pacientes internados da nossa região, ao mesmo tempo que absorvemos também os pacientes da macrorregião, sem deixar o nosso sistema de saúde entrar em colapso. Ou seja, estamos bem organizados ao ponto de gerar uma capacidade de atendimento onde não há fila de espera, leitos no corredor e outros pontos negativos”, disse Carneiro.

Mesmo os municípios da Região 28 dentro da chamada regra 0-0, que não registraram internações ou óbitos nas últimas duas semanas (Gramado Xavier, Herveiras, Mato Leitão, Passo do Sobrado, Sinimbu, Vale do Sol, Vale Verde e Vera Cruz), e que poderão adotar protocolos previstos na bandeira laranja, confirmaram a participação na elaboração do recurso regional, enviando as ações que vem sendo feitas por eles junto à cada população. A Região 28 conta ainda em sua área de abrangência com Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Rio Pardo, Candelária e Pantano Grande.

Cisvale e Unisc assinam acordo para início de estudo da prevalência da Covid-19

Em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira, 25, o Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) e a Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul (Apesc), mantenedora da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), realizaram um ato de assinatura para o acordo de cooperação entre as entidades.

O documento estabelece as diretrizes para a execução de uma pesquisa com a finalidade de mensurar a soroprevalência de SARS-CoV-2 (vírus causador da Covid-19) na região de abrangência do Cisvale – Boqueirão do Leão, Candelária, Gramado Xavier, Herveiras, Mato Leitão, Pantano Grande, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Santa Cruz Do Sul, Sinimbu, Vale do Sol, Vale Verde, Venâncio Aires e Vera Cruz.

O evento ocorreu na sede do Cisvale, em Santa Cruz do Sul, e contou com gestores e secretários dos municípios consorciados, além de representantes da Philip Morris Brasil, Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), que são apoiadores da iniciativa.

Conforme o presidente do Cisvale e prefeito de Pantano Grande, Cassio Nunes Soares, o objetivo é manter o trabalho de combate ao novo coronavírus, com dados que direcionem o caminho a ser seguido pelos gestores para diminuir os dados à população da região.

“Desde o início dessa pandemia, tomamos atitudes em conjunto que fortaleceram os resultados. Precisamos de equilíbrio nesse momento de turbulência para que as ações sejam feitas de maneira adequada, justamente para termos os melhores resultados possíveis. Quem ganha com isso é a comunidade”, ressaltou o prefeito.

Mobilização para minimizar os efeitos

Presente no evento, o presidente da Amvarp, Paulo Butzge, salientou a parceria com o Cisvale na colaboração das ações. “Em nome da nossa associação, agradeço a todas as pessoas que entenderam o momento que estamos vivendo e a necessidade de obtermos dados concretos para a nossa região. Com essa parceria, poderemos fazer a diferença.” A execução da testagem será realizada pelos municípios que compõem o Cisvale, após a instrução técnica e científica repassada pela Unisc.

“Todos estamos mobilizados para minimizar os efeitos da Covid-19. Para nossa satisfação, a Unisc completa nesta quinta-feira seus 27 anos, e estar aqui é a evidência do nosso compromisso com a comunidade e região, sendo objeto de um convênio de pesquisa como esse. Levar ciência e produzir conhecimento que impõe melhorias para a nossa comunidade local e regional, é da nossa missão”, comentou a reitora da Unisc, professora Carmen Lúcia de Lima Helfer.

Colaboração com a comunidade

Desde o início da pandemia da Covid-19, a Philip Morris Brasil (PMB) tem investido em iniciativas de enfrentamento à pandemia em todo o País, com destaque especial para a região do Vale do Rio Pardo, onde está localizada sua operação. Desde março, a área da saúde recebe o apoio irrestrito da companhia, quer por meio de recursos financeiros ou mesmo trabalho voluntário de seus colaboradores.

A mais recente atividade endossada pela PMB é o aporte de recursos financeiros junto à Unisc para a viabilização da coordenação técnica da pesquisa realizada em parceria com o Cisvale, assim como os custos operacionais envolvidos na capacitação e deslocamento dos profissionais responsáveis pela realização dos testes nos municípios da região.

“Neste momento em que toda a sociedade sofre o impacto do coronavírus, queremos colaborar com a comunidade em geral, para que possamos superar as dificuldades o quanto antes. A região do Vale do Rio Pardo tem grande relevância para nossas operações, e é natural que estejamos juntos para superarmos esse grande desafio. Somente por meio da união de todos vamos conseguir superar esse momento crítico”, afirma Alejandro Okroglic, diretor de operações da Philip Morris Brasil.

Como irá funcionar a pesquisa

A pesquisa encomendada pelo Cisvale terá início nos dias 18 e 19 de julho, de forma simultânea nos 14 municípios consorciados ao Cisvale. Ao todo, serão quatro etapas de realização de testes, uma a cada 14 dias, sempre aos finais de semana.

Em cada etapa, serão aplicados pouco mais de mil testes rápidos – coletados a partir de uma gota de sangue retirada da ponta do dedo da pessoa testada, para ser analisada por um aparelho –, totalizando os cinco mil adquiridos pelo Cisvale. A divisão de exames para cada município será realizada a partir de um cálculo matemático, obedecendo a consideração populacional.

Quem irá aplicar os testes rápidos serão servidores municipais de cada prefeitura, sendo supervisionados por professores locais. Todos serão treinados antes de irem a campo. O médico infectologista Marcelo Carneiro será o coordenador geral do estudo. “Vamos trabalhar para que tudo funcione e saia da melhor forma possível, diante deste desafio de realizar todos os exames ao mesmo tempo em várias cidades”, comentou Carneiro. Segundo ele, a forma de análise a ser realizada entrega um diagnóstico fiel ao que o campo de pesquisa apresenta.

“O que temos percebido desde abril é que o desempenho da doença respiratória é muito parecida, e uma análise dessa forma consegue dar o retrato de como está esse comportamento para, a partir daí, entender as condutas e medidas que estamos fazendo ou o quanto isso está impactando na disseminação da doença.”

Serão divulgados relatórios parciais ao final de cada etapa e um relatório completo ao final do estudo. A previsão é de que a última etapa ocorra nos dias 29 e 30 de agosto.

Reunião debate situação da pandemia do novo coronavírus no Vale do Rio Pardo

O presidente do Cisvale, Cassio Nunes Soares, e o presidente da Amvarp, Paulo Butzge, participaram nesta quinta-feira, 18, de mais uma reunião para tratar sobre a prevenção ao coronavírus na região do Vale do Rio Pardo. O encontro ocorreu na sede da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ª CRS), em Santa Cruz do Sul.

Além da coordenadora da 13ª CRS, Mariluci Reis, participaram ainda da reunião secretários municipais de saúde, e representantes dos hospitais Ana Nery e Hospital Santa Cruz (Santa Cruz do Sul), e São Sebastião Mártir (Venâncio Aires).

Segundo o prefeito de Pantano Grande e presidente do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), a reunião serviu para a discussão da atual situação da pandemia, e das modificações na classificação que divide o Rio Grande do Sul em bandeiras amarela, laranja, vermelha e preta, de acordo com o grau de contaminação da doença nas diferentes regiões do Estado. Desde a última avaliação, o Vale do Rio Pardo retornou à bandeira amarela, que significa baixo risco de contaminação.

Apesar do bom desempenho do Vale do Rio Pardo em lidar com o coronavírus em comparação com as demais regiões do Estado e do País, o presidente do Cisvale alerta que a situação está longe de ser considerada normal, e que um retorno à bandeira laranja não está descartado.

“O governador apertou mais a fiscalização, e isso pode influenciar nas próximas semanas na classificação das bandeiras. Então, fizemos esse alerta aos gestores. Alertamos para algumas situações que pesam muito na classificação da bandeira, que são a ocupação dos leitos da UTI, para que a região possa se organizar no sentido funcional dos hospitais, no que diz respeito às cirurgias eletivas”.

O governo do Estado atualiza diariamente as informações sobre a ocupação dos leitos de UTI. As informações são repassadas diretamente pelas instituições de saúde através de um banco de dados da Secretaria Estadual da Saúde.
Segundo a Coordenadoria Regional de Saúde, os hospitais do Vale do Rio Pardo apresentam 59,5% de ocupação dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), enquanto a taxa de utilização dos aparelhos respiradores na região é de 30,2%. Atualmente, são 69 pessoas internadas nas UTI’s da região. No Estado, o índice de ocupação dos leitos de tratamento intensivo é de 73,4%.

O médico infectologista Marcelo Carneiro, que presta assessoria técnica ao Cisvale, destacou que há uma diminuição de novos casos de covid-19 na região. Segundo ele, em nenhum momento houve um grande número de internados em virtude do coronavírus no Vale do Rio Pardo. Ainda segundo o especialista, as liberações das restrições, como a reabertura do comércio, não impactaram em um aumento no número de contaminados.

“Apesar disso, é melhor pecar por excesso de cuidados, pois a gente viu o que aconteceu em 2009”, destacou Carneiro, referindo-se à pandemia do vírus H1N1 que tirou a vida de 298 gaúchos. Ele estimou ainda que o número de infectados por coronavírus na região deve começar a cair no mês de agosto, caso a situação se mantenha controlada.

Desafio maior é o retorno às aulas, destaca coordenadora da 13ª CRS

A reabertura das escolas no Rio Grande do Sul será o próximo problema que o governo estadual terá de enfrentar, segundo a coordenadora da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, Mariluci Reis. Ela abordou o assunto na reunião da 13ª CRE em conjunto com Cisvale, Amvarp, secretários municipais de saúde e dirigentes de hospitais. Para a coordenadora, ainda é difícil prever quando os alunos poderão retornar aos estudos.

“Tudo depende da situação do Estado. Talvez as escolas particulares, as escolinhas municipais dos municípios que tenham uma situação mais confortável possam começar a trabalhar primeiro”. Marluci Reis ressaltou que, quando a decisão for tomada, o governo terá que fazer “uma operação de guerra” para evitar um novo surto da doença. “A normalidade só virá com uma vacina. Do contrário, a gente vai ter que manter os cuidados, mesmo se tivermos zero casos na região”.

O Secretário de Saúde de Venâncio Aires, Ramon Schwengber, lembrou ainda que, por força da lei, os municípios não poderão usar verbas da educação para a compra de materiais de higiene para as escolas, como álcool em gel, por exemplo. Venâncio é o município mais afetado pela pandemia no Vale do Rio Pardo, com sete óbitos registrados pela Secretaria Estadual da Saúde.

“No momento, Venâncio Aires tem uma situação relativamente tranquila. Nós temos 14 leitos de UTI montados, e temos a possibilidade de aumentar em mais quatro leitos, aumentando em 80% os leitos de UTI. Hoje nós temos 12 leitos ocupados desses 14. Quatro são internações por Covid e as outras por doenças que normalmente precisam de internação. Em relação ao aumento de casos, é baixo. Diariamente dois, três ou quatro casos. Temos uma situação bem mais controlado do que acontecia há alguns dias”.

Schwengber destacou ainda que no período de inverno é normal os leitos de UTI estarem ocupados. Ele lembrou que em anos passados, mesmo sem a influência da covid-19, a taxa de ocupação de leitos de UTI foi praticamente a mesma. “Chega na época de inverno, a gente normalmente tem 100% dos leitos ocupados. A preocupação é que, além do normal, a gente tem a questão do covid. Mas o município de Venâncio aumentou em 80% o número de leitos de UTI e isso com certeza já está fazendo a diferença, finalizou o secretário.

Metodologia de estudo sobre a real situação da pandemia é apresentada em assembleia

Em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira, 29, o Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) apresentou a metodologia de trabalho que será aplicada na realização de uma pesquisa junto à população dos municípios consorciados. Segundo o médico infectologista Marcelo Carneiro, que irá coordenar a atividade, o objetivo é elaborar um critério de amostragem por município do Vale do Rio Pardo, para mensurar a soroprevalência da Covid-19 na região de abrangência do Cisvale.

“Já nos próximos dias vamos fazer o lançamento e a assinatura dos protocolos com a Unisc, que será parceira na ação”, comentou o prefeito de Pantano Grande e presidente do Cisvale, Cassio Nunes Soares. A pesquisa deve ocorrer ao longo dos meses de junho e julho. 

Devido a atrasos na entrega, Cisvale abre novo edital para aquisição de testes rápidos

O presidente do Cisvale ressaltou que cinco mil kits de teste rápido devem ser adquiridos pela entidade ao longo dos próximos dias, após a empresa vencedora da primeira licitação ter atrasado a entrega do material:

“A empresa tinha o prazo de 15 dias para a entrega após o empenho, o que não cumpriu. Só na compra do Cisvale são 27 dias de atraso. Fizemos todo o processo jurídico, notificamos mais de uma vez, e optamos por cancelar. A boa notícia é que, diante das propostas apresentadas, temos a expectativa de que o preço de cada kit irá ficar ainda menor após concluída a nova licitação, com uma considerável redução no valor”, afirmou Cassio. A empresa que vencer a nova licitação também terá um prazo menor para a entrega.

Ainda foi anunciado na assembleia a abertura de credenciamento para laboratórios de análises clínicas interessados em realizarem o exame para detecção SARS-CoV-2 – IgG e IgM, com laudo técnico. Ele será incluído na tabela de procedimentos do Cisvale.

Municípios do Vale do Rio Pardo unem esforços no combate ao novo coronavírus

O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) e a Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) realizam esforços conjuntos para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus na região. Uma reunião nesta sexta-feira, 20, em Santa Cruz do Sul, reuniu prefeitos e representantes dos municípios associados das entidades. O encontro ocorreu para atualizar as principais informações sobre o combate ao vírus, e debater o decreto de situação de calamidade pública do governo estadual e suas adequações aos municípios do Vale do Rio Pardo.

O presidente da Amvarp, Rafael Barros, mostrou-se preocupado com a situação do avanço do novo coronavírus. O líder do Executivo do município de Rio Pardo ressaltou que a situação é de calamidade pública, e anunciou que na cidade que administra, a partir de segunda-feira, dia 23 de março, apenas os serviços essenciais serão mantidos para evitar a aglomeração de pessoas.

A situação deverá ser a mesma em diversas cidades. O presidente do Cisvale e prefeito de Pantano Grande, Cassio Nunes Soares, ressaltou que os municípios do Vale do Rio Pardo irão unificar suas medidas. “Orientamos que todos os municípios decretem a situação de calamidade pública, aprovem na sua Câmara de Vereadores e encaminhem para o Estado do Rio Grande do Sul reconhecer junto à Assembleia Legislativa”.

Apesar de não haver nenhum caso confirmado de infecção por coronavírus na região, a indicação do Cisvale/Amvarp é de que todos os municípios associados realizem o fechamento de seu comércio a partir de segunda-feira, 23 de março, com exceção dos serviços essenciais como farmácias, supermercados, postos de combustíveis e etc.    

O prefeito Cassio ainda destacou que a prioridade no momento é proteger o cidadão e a saúde das pessoas, mas a questão econômica, e os impactos negativos que a epidemia do coronavírus deverá causar são extremamente preocupantes. “Uma vez fechados os estabelecimentos comerciais, nós vamos ter uma diminuição na atividade econômica. E isso preocupa os municípios e os gestores, não apenas em virtude da arrecadação, mas os municípios estão solidários aos empresários que estão produzindo, gerando empregos e pagando impostos, para que eles não sejam tão prejudicados”.   

A coordenadora da 13a Coordenadoria Regional de Saúde, Marluci Reis, disse que a recomendação do órgão também é pelo fechamento do comércio e redução da circulação de pessoas. Segundo ela, o Vale do Rio Pardo trabalha com um plano de contingência que determina que a população deva permanecer em casa para diminuir o avanço do contágio pelo coronavírus. Caso o contrário, a estrutura hospitalar regional pode ser abalada. Marluci citou o exemplo de Santa Cruz do Sul, que iniciou previamente os cuidados contra a expansão do vírus. Mesmo sendo um dos mais estruturados da região, o município poderá ter dificuldades caso o número de infectados seja grande.

O médico infectologista Marcelo Carneiro disse que o risco de contágio entre pessoas na região já é real, sendo necessárias restrições na conduta das pessoas no momento. “Ficar na rua neste momento aumenta o risco de contágio, e consequentemente, o número de pessoas doentes, aumentando também os doentes graves. O isolamento de pessoas diminui o risco de propagação rápida do vírus, e teremos pessoas doentes em um nível menor, o que gera segurança para o atendimento dessas pessoas. O serviço de saúde estará preparado para um atendimento de baixa contingência”. O médico alertou ainda que o serviço de saúde corre risco em caso de um grande número de infecções graves, e o sucesso da estratégia de isolamento das pessoas é fundamental para garantir que não ocorram no Vale do Rio Pardo casos semelhantes aos que ocorreram fora do Brasil, onde a falta de cuidados levou à superlotação do sistema de saúde em várias cidades da Europa. “Essa conduta de cuidar mais de si e dos outros, ela é necessária neste momento, e a gente não sabe ainda por quanto tempo”, finalizou o profissional de saúde.

Atendimento muda no Centro Regional de Especialidades Médicas

Para seguir atendendo os pacientes no Centro Regional de Especialidades Médicas (CREM), o Cisvale reorganizou o recebimento da população em suas instalações. As salas de espera são diferenciadas para crianças e idosos, para evitar a concentração de pessoas mais suscetíveis a contrair o novo coronavírus. O pedido é que, se possível, os pacientes não tragam acompanhantes ao CREM, e cheguem no horário agendado. 

Segundo a diretora executiva do Cisvale, Lea Vargas, nas especialidades como cardiologia, pneumologia, pneumologia pediátrica e neurologia, o atendimento será mantido segundo orientações da Secretaria Estadual da Saúde. As consultas nas demais áreas estão suspensas, com exceção de casos excepcionais e graves.

Cisvale adota medidas de prevenção e proteção ao coronavírus no CREM

O presidente do Consórcio Municipal de Serviços de Saúde do Vale do Rio Pardo (Cisvale), Cassio Soares Nunes, e o presidente da Associação de Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp), Rafael Barros, concederam entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, 17, para orientar as prefeituras e a população da região para os cuidados que devem ser tomados em virtude da disseminação do coronavírus no Brasil. Medidas de prevenção e proteção nos ambientes do Centro Regional de Especialidades Médicas (CREM) também foram anunciadas.

O Cisvale divulgou a portaria 159/2020, que contém determinações individuais de prevenção nas próprias instalações do CREM, que recebe pacientes de todo o Vale do Rio Pardo, e também traz orientações aos municípios consorciados.

Para o presidente do Cisvale, o momento é de cautela. “Apesar do Vale do Rio Pardo não ter nenhum caso confirmado, somente suspeitas, nós temos feito reuniões diárias juntamente com a Amvarp. Embora algumas medidas sejam enérgicas, elas são positivas para frear o alastramento do vírus”, afirma Cassio Nunes Soares.

Entre as proposições do Cisvale, estão a necessidade de cada município realizar uma triagem nos pacientes antes de encaminhar para consultas médicas no Centro Regional ou em outros serviços do Consórcio. Aqueles que apresentarem sintomas respiratórios, não deverão ser transportados. O Consórcio orienta também que os pacientes evitem levar acompanhantes quando não houver necessidade – e apenas um será permitido. A intenção é evitar a aglomeração de pessoas nas salas de espera.

Na entrada do CREM, será realizada uma triagem por profissional capacitado e utilizando máscara, para manter casos suspeitos em área separada até atendimento ou encaminhamento ao serviço médico de referência. 

Objetivo é oferecer um ambiente seguro e organizado para a população

O médico infectologista Marcelo Carneiro também esteve na entrevista coletiva desta terça-feira. Contratado pelo Cisvale para prestar assessoria técnica, ele reforçou a necessidade da prevenção: 

“Que seja um ambiente seguro para as pessoas que estão trabalhando no CREM, e para as pessoas que venham para o atendimento. Um ambiente seguro e organizado. Na nossa região ainda temos uma certa tranquilidade, mas essa tranquilidade não significa que devemos ser omissos de condutas preventivas. E essa organização serve para estarmos preparados para uma situação mais grave, caso venha a acontecer, sem pânico”. 

O especialista reiterou que o monitoramento é diário, e que novas medidas ou regras podem ser adotadas conforme o agravamento da ação do coronavírus no Estado e na região. “É importante que as pessoas entendam que esses processos, cancelamentos ou ajustes de horários, são feitos para melhorar o atendimento”, alertou.

A diretora executiva do Cisvale, Lea Vargas, reforçou o pedido para que somente se dirijam até o Centro Regional de Especialidades Médicas as pessoas que tenham consultas previamente agendadas. Para o recebimento de informações ou agendamento de retorno, é necessário utilizar o contato por telefone. O número do CREM é o (51) 3719-6590. O telefone do Serviço de Ginecologia da Prefeitura de Santa Cruz do Sul, que está temporariamente funcionando no local, é (51) 3715.1450.

Também é orientado aos pacientes que tenham atendimentos agendados, que não cheguem com muita antecedência ao prédio do CREM, para evitar o acúmulo de pessoas.

Principais medidas da portaria 159/2020:

  • Estabelecer previamente critérios de triagem para identificação e atendimento de usuários que apresentarem sintomas respiratórios
  • Manter casos suspeitos em área separada até atendimento ou encaminhamento ao serviço de referência
  • Os municípios consorciados e ou conveniados deverão realizar a triagem nos pacientes antes de encaminhar para atendimentos nos serviços prestados pelo Consórcio, e ou CREM. Caso os pacientes apresentem sintomas respiratórios, não deverão ser transportados (transporte público).
  • Os servidores do CREM e ou prestadores de serviços que atuarem na triagem devem fazer uso de máscara
  • Permitido o acesso aos ambientes do CREM somente usuários previamente agendados para consultas e procedimentos ambulatoriais, permitindo apenas um acompanhante que não apresente sintomas respiratórios

Presidente do Cisvale participa de reunião com o governo federal para combater efeitos da seca no Estado

O prefeito de Pantano Grande e presidente do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), Cássio Nunes Soares, participou na noite desta quarta-feira, dia 11, de importante reunião com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, para abordar as estratégias para diminuir os prejuízos causados pela seca nos municípios gaúchos. Ele representou a Associação do Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e a Famurs em Brasília. A comitiva gaúcha contou ainda com a presença do governador Eduardo Leite e deputados da bancada gaúcha.

Conforme o coordenador de Agricultura da Famurs, Mário Nascimento, durante a reunião diversas medidas foram solicitadas ao governo federal, como a agilização do reconhecimento dos decretos municipais de emergência homologados pelo Estado. “Foi um encontro muito importante, alinhamos também outras questões como a liberação de milho balcão da CONAB (vindo do Centro-oeste) para abastecimento do consumo gaúcho, especialmente para frangos, suínos, aves e bovinos de leite e uma articulação com a Funasa para a liberação de recursos financeiros para perfuração de poços artesianos e construção de redes simplificadas de água nos municípios”, ressalta Mário Nascimento.

Já o presidente do Cisvale, Cássio Nunes Soares, ressaltou a importância da reunião e da formação de um grupo de trabalho com bancos e representantes dos agricultores para avaliação e definição de apoio ao endividamento dos produtores rurais e agricultura familiar que foram atingidos pela estiagem. “Representamos a Famurs e a Amvarp nesta importante reunião e solicitamos também novas linhas de financiamento para Cooperativas e  Empresas que também financiaram os agricultores. A primeira reunião deste grupo de trabalho já será nesta quinta-feira”, afirma Cássio Nunes Soares.

Ao final do encontro, a comitiva gaúcha entregou um documento com a pauta de pedidos e marcou uma nova reunião de trabalho para a manhã de quinta-feira (12/3) no Ministério.

Balanço

Conforme atualização divulgada em caráter excepcional pela Emater/RS-Ascar nesta quarta-feira (11/3), as perdas na produtividade, em relação aos dados inicialmente divulgados em agosto do ano passado, são de 32,2% nas culturas de soja e 26,2% na de milho na safra 2019/2020.

Na terça-feira (10/3), o governo do Estado firmou termo de cooperação técnica com mais nove municípios para a perfuração de poços artesianos. O objetivo é garantir o abastecimento de água para consumo humano. Os serviços serão realizados pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), beneficiando 970 famílias. No total, nos primeiros três meses do ano, mais de 2 mil famílias foram atendidas em 22 municípios.

Cisvale apresenta Centro Regional de Especialidades Médicas aos sindicatos dos trabalhadores rurais da região

Com participação do deputado federal Heitor Schuch (PSB), a regional do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) realizou assembleia nesta segunda-feira, 02/03, em Santa Cruz do Sul. O encontro reuniu representantes de diversas cidades do Vale do Rio Pardo, e ocorreu no prédio do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale). No local, as autoridades puderam conhecer o Centro Regional de Especialidades Médicas (CREM), que funciona no mesmo ambiente.

Prefeito de Pantano Grande e presidente do Cisvale, Cassio Nunes Soares aproveitou a oportunidade de falar para lideranças rurais da região para fazer um reconhecimento ao deputado Heitor Schuch e ao prefeito de Santa Cruz do Sul, Telmo Kirst (PSD), pelo empenho na criação do CREM. O deputado trabalhou para destinar verbas para a construção do Centro, enquanto a prefeitura de Santa Cruz doou o terreno onde foi erguida a construção de um local que hoje oferta mais de 40 especialidades médicas para a população.

“Essa reunião que aconteceu aqui no nosso auditório foi para abrir as portas para os sindicatos dos trabalhadores rurais, para a nossa comunidade rural ter conhecimento do que o Cisvale faz, e o benefício que ele leva para as comunidades em cada município conveniado”, ressaltou o prefeito Cassio Nunes Soares.

Durante a reunião, Soares destacou a evolução do trabalho que o Cisvale presta, mostrando o aumento em 15% nos atendimentos médicos no ano de 2019. No mesmo período, foi alcançada uma redução em 60% no custo de medicamentos através da compra coletiva para os municípios. “Ou seja, um remédio que o prefeito iria comprar a dez reais no seu município, através do Cisvale ele compra por quatro. Isso é eficiência, economia e resultado”, explicou.

Também foi apontada a eficiência na gestão através dos dados positivos divulgados. Ainda segundo o presidente do Cisvale, apenas 6% dos recursos do Consórcio são para custos administrativos. Os outros 94% são destinados para os serviços de saúde e outros projetos, como na segurança pública, com o videomonitoramento e cercamento eletrônico do Vale do Rio Pardo, e do meio ambiente, com iniciativas na gestão de resíduos sólidos e inspeções sanitárias de origem animal.

O deputado federal Heitor Schuch também destacou a importância do Centro Regional de Especialidades Médicas, que beneficia cerca de 375 mil habitantes do Vale do Rio Pardo. O parlamentar citou a redução de custo que os municípios têm ao contar com o serviço, ao diminuir a distância que pacientes da região precisam percorrer, evitando muitas vezes o deslocamento até a capital gaúcha para consultas com especialistas.