Cisvale muda gerenciamento do Samu no Vale do R. Pardo

O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) adotou um novo sistema de gerenciamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que servirá de modelo até para outras regiões e órgãos. A partir de agora, a empresa responsável pelas unidades, definida por licitação, será contratada diretamente pelos municípios e não mais pelo consórcio. Além do atendimento aos pacientes, a prestadora dos serviços deverá fazer a contratação da equipe de pessoal, treinamento e qualificação dos profissionais e a manutenção das ambulâncias.
A homologação da nova responsável pelo serviço na região ocorreu no mês passado, com a Medilar Emergências Médicas Ltda. como vencedora do edital de concorrência pública. A empresa assumiu os atendimentos no lugar da Fundação Araucária. O custo mensal para a manutenção da equipe de profissionais a cada unidade de suporte básico será de R$ 41.883,00; para o avançado é R$ 160.968,60 e da motolância 24 horas, de R$ 19.328,00.
O contrato de prestação de serviços será expedido pelos municípios conveniados ao Cisvale. O preço somente será reajustado após o período de 12 meses de vigência do contrato, pela variação do IGP-M/FGV acumulada nesse tempo. Cabe a cada município fazer a fiscalização rotineira dos serviços prestados, quanto à quantidade e o atendimento.
Na assembleia do Cisvale da última sexta-feira, em Venâncio Aires, foi confirmado que o consórcio, nos próximos dias, lançará o edital para o credenciamento de profissionais de média complexidade da área odontológica ao atendimento de pacientes dos municípios associados. O assessor jurídico, Diogo Durigon, explica que isso viabilizará, por exemplo, o tratamento de canal.
Outra medida em estudo é a contratação de profissionais para auxiliar os municípios nos licenciamentos ambientais. Conforme Durigon, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) municipalizou as liberações, mas os municípios pequenos não têm a estrutura de técnicos necessária e vêm terceirizando o serviço, o que aumenta as despesas. Na região, por exemplo, apenas Santa Cruz do Sul conta com a estrutura completa.
Projeto da sede

O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) apresentou aos associados, em assembleia na sexta-feira, em Venâncio Aires, o projeto arquitetônico da futura Central Regional de Especialidades Médicas (Crem), elaborado pela Secretaria de Planejamento de Santa Cruz do Sul. A estrutura está prevista para a Rua Ernesto Alves, ao lado da Praça Siegfried Heuser (antiga Estação Férrea), em Santa Cruz, com 879,3 metros quadrados de área construída, divididos em dois pisos. A estrutura integrada terá capacidade para 500 consultas diárias, com dois acessos, espaço para as ambulâncias, sala de esterilização, ambulatório para pequenos procedimentos, dez consultórios para especialistas e área maior para recepção e sala de espera. No segundo piso, funcionarão a área administrativa e a sede da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp), com espaço para a secretaria, a presidência e auditório para os encontros.
A diretora executiva do Cisvale, Léa Vargas, explica que o projeto foi elaborado com a orientação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio Grande do Sul (Iphae), devido à proximidade do terreno previsto para a edificação com a antiga Estação Férrea. Antes do início da construção, a Prefeitura de Santa Cruz do Sul precisa confirmar a doação da área, com o encaminhamento de projeto de lei para apreciação da Câmara de Vereadores, e deverá haver a elaboração do plano estrutural do prédio e da parte elétrica. Apontada como um dos principais desafios da atual direção do Cisvale, presidido pelo prefeito de Santa Cruz do Sul, Telmo Kirst, a obra tem por objetivo ampliar os atendimentos médicos e diminuir as filas de espera por consultas nos municípios da região.

FONTE: Jornal Gazeta do Sul, 12 maio de 2015.