Grupo de trabalho regional busca reduzir espera por cirurgias

Mapeamento mostra que no Vale do Rio Pardo e Centro-Serra, ambas regiões de referência dos hospitais da região, mais de 1,4 mil pacientes aguardam por uma cirurgia em traumatologia; grupo de trabalho irá formatar alternativas para redução no número de pacientes

Santa Cruz do Sul – O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), em parceira com as 8ª e 13ª Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS), Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Jacuí (Ci Jacuí), Ministério Público (MP), e municípios do Vale do Rio Pardo e Centro-Serra criaram um grupo de trabalho para fazer frente à fila de espera por cirurgias na área de traumatologia de alta complexidade em ambas as regiões. A intenção é mapear alternativas e apontar soluções conjuntas para o enfrentamento à fila de espera que hoje tem 1.417 pacientes nas duas regiões.

De acordo com o presidente do Cisvale, Gilson Becker, a situação merece uma atenção especial das duas regiões, pois a referência para pacientes vinculados às 8ª CRS – Região Centro-Serra e 13ª CRS – Vale do Rio Pardo, estão junto aos hospitais regionais. “Após o levantamento feito pela equipe do Cisvale, pudemos quantificar que o número de pacientes na espera por estes procedimentos, nas áreas de traumatologia, ortopedia e cirurgia de coluna apresenta um contingente importante, mostrando que uma solução eficaz está na ação regional em cima desta espera”, ressalta o presidente.

O levantamento do volume de pacientes que aguardam por procedimentos de alta complexidade – que são cirurgias mais complexas – muitas com a colocação de próteses nos pacientes foi realizado em 2022, pelo Cisvale. Na época havia um aceno de recursos do governo do Estado, para a coparticipação no custeio dos procedimentos junto aos municípios. “Estes dados foram atualizados agora e mostram um crescimento no quantitativo de 2022 para cá. Na época, foi apurado que a lista de espera continha 1.007 pacientes nas duas regiões. De lá para cá o número aumentou em 410 pacientes, fazendo com que o tema entre na pauta de prioridades da região”, destaca o presidente.

No encontro realizado no Cisvale, ficou acordado entre os entes que integram o grupo de trabalho que, a partir de agora, são necessárias várias ações para quantificar e criar um plano de trabalho para a realização das cirurgias. “Um dos pontos mais importantes está a depuração da fila de espera, assim como os orçamentos para o custeio desta operação, prevendo consultas, exames prévios, procedimentos, próteses e internações. É necessário também que sejam apontadas as fontes de recursos e a participação da União nesta ação”, justifica a diretora executiva do Cisvale, Léa Vargas.

O grupo de trabalho segue também com a missão de encontrar formas de financiamento, tanto por parte dos municípios das duas regiões, quanto na participação com os governos do estado e federal, para o custeio destes procedimentos de alta complexidade, que são, em sua essência, responsabilidade do Estado e da União, no que se refere aos recursos destinados para a pactuação na realização do mutirão para redução da fila de espera no Vale do Rio Pardo e Região Centro-Serra.

Espera que não é razoável com os idosos

Para a 1ª promotora de Justiça Cível do Ministério Público de Santa Cruz do Sul, Catiuce Ribas Barin, a espera por uma cirurgia, independente da classificação de média ou alta complexidade é incompatível com a manutenção da qualidade de vida, especialmente das pessoas idosas. “O tempo de espera não é razoável, especialmente quando estamos falando dos idosos, em uma situação que se torna ainda mais difícil com a judicialização de cirurgias, demandando ao estado, na maioria das vezes, a responsabilidade sobre estes procedimentos”, pontua.

Conforme a promotora, o envolvimento do Ministério Público no grupo de trabalho para o enfrentamento à fila de espera das cirurgias de alta complexidade nas regiões de saúde da 8ª e 13ª Coordenadorias Regionais de Saúde faz-se necessário para auxiliar no controle e na lisura do processo para a redução delas. “É um acompanhamento que tem por objetivos dar dignidade no atendimento a estes pacientes ao mesmo tempo que emprega transparência nesta questão das filas”, complementa a promotora Catiuce Ribas Barin.

Vale do Taquari reconhece papel do Cisvale por meio do Pró-Clima

Assembleia conjunta entre o Cisvale, Amvarp e Amvat ocorreu nesta sexta-feira, 2, durante a programação da 17ª Fenachim, em Venâncio Aires

Venâncio Aires – O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) teve a sua atuação destacada durante a assembleia conjunta das Associações dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e Vale do Taquari (Amvat), realizada na manhã desta sexta-feira, 2. O evento, parte da programação da 17ª Festa Nacional do Chimarrão (Fenachim), foi realizado no Parque do Chimarrão, na presença de prefeitos e lideranças das duas regiões. Em sua manifestação, o presidente da Amvat, Sidinei Moisés de Freitas, do município de Sério, destacou a atuação do consórcio após a tragédia do clima de maio do ano passado.

Conforme o presidente do Cisvale, Gilson Becker, atualmente, o consórcio trabalha em duas frentes: na captação constante de recursos por meio de editais de financiamentos públicos e na atualização de dados e informações para aquisição e instalação de equipamentos e dispositivos doados para o monitoramento do clima. “Hoje trouxemos aqui o panorama dos nossos projetos e as formas de captação de recursos implementadas para a condução destas atividades. São propostas que somadas ultrapassam os R$ 79 milhões de investimento, focando na capacidade de adaptação e resiliência climática de nossa região”, disse.

A diretora executiva do Cisvale Léa Vargas apresentou o portfólio de projetos e o andamento das iniciativas criadas pelo Comitê Pró-Clima. De acordo com ela, algumas ações em fase de licitação – como a aquisição de recursos para a Defesa Civil da região – por meio da doação da empresa JTI, passaram pela avaliação dos coordenadores dos municípios da região. “Uma delas é a substituição dos botes de resgate por barcos rígidos com reboque, justamente porque a geografia de nossos rios mostra um terreno rochoso, assim como a necessidade, em situações de cheias, de entrar com as embarcações dentro da área urbana das cidades”, justifica.

Durante a exposição do Cisvale, os prefeitos das duas regiões tiveram acesso aos seis projetos criados pelo Comitê, ações de socorro, como o PIX Solidário, e todo o escopo técnico e científico empregado na região por meio das parcerias firmadas pelo Cisvale.

Em seu pronunciamento, o presidente da Amvap ressaltou a importância do trabalho executado pelo Cisvale, na criação do Comitê Pró-Clima e o impacto das ações já implementadas em nível regional. “Em um encontro, realizado na última semana, ouvimos elogios do promotor de Justiça Sérgio Diefenback, de Lajeado. Ele elogiou muito o trabalho do Cisvale e agora é a nossa vez de darmos os ‘parabéns’ ao prefeito Gilson e sua equipe”, ressalta o prefeito do município de Sério, no Vale do Taquari.

Força-tarefa que deu origem ao Comitê Pró-Clima completa um ano

Ação liderada pelo Cisvale concentrou os esforços humanitários e de recursos para os municípios atingidos pelos eventos climáticos de abril e maio de 2024; um ano após a tragédia do clima a região tem projetos aprovados pelo Estado e ações já contempladas por meio de parcerias e doações

Santa Cruz do Sul – A força-tarefa para ajuda aos municípios atingidos pelas enchentes de maio de 2024 completa um ano na próxima quarta-feira, dia 30. A ação, coordenada pelo Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) contou com uma série de iniciativas para promover o socorro imediato às vítimas da tragédia do clima, seguindo no auxílio da reconstrução e iniciativas para adaptação e resiliência nos municípios do Vale do Rio Pardo.

Conforme o presidente do Cisvale, Gilson Becker, a mobilização regional que deu origem a criação do Comitê Pró-Clima e todas as ações pró-recuperação e resiliência do Vale do Rio Pardo só foi possível por meio da centralização das atividades. “Foi um evento climático extremo, uma situação sem precedentes em nossa história, pois a área atingida pelas enchentes foi superior a 2,4 mil quilômetros de extensão, impactando em mais de 31,9 mil moradores do Vale do Rio Pardo”, destaca o presidente.

Para fazer frente a uma calamidade desta magnitude, ressalta Becker, a mobilização para o socorro e atendimento às comunidades impactadas só seria viável por meio da união entre os municípios. “Entendendo isso, a direção e a equipe técnica do Cisvale pensaram na criação da força-tarefa que podemos dizer foi o embrião do Comitê. Contamos com muita ajuda voluntária, por meio de empresas, entidades de classe e organizações que juntas deram o suporte necessário aos municípios. Registramos aqui a nossa gratidão também a todos estes profissionais que se dedicaram nesta missão que completa um ano”, avalia.

No entanto, a força-tarefa para o socorro e recuperação imediatos à região acabou mostrando a necessidade da criação de um Comitê de gerenciamento e implementação de ações a médio e longo prazo, focado especialmente na resiliência e na adaptação aos eventos climáticos. De acordo com a diretora executiva do Cisvale, Léa Vargas, a união de entidades, pesquisadores e municípios culminou na criação do Comitê Pró-Clima (veja cronologia), órgão responsável pelos projetos e ações ligadas ao meio ambiente e o Vale do Rio Pardo. “No decorrer das ações realizadas, percebeu-se que seria necessário que houvesse um órgão, ou uma organização capaz de continuar este trabalho. O Cisvale e as demais entidades que caminhavam juntas neste trabalho entenderam que seria necessário um comitê permanente”, destaca Léa, ao reforçar que além de toda a sociedade civil, prefeituras e entidades, os órgãos de controladoria, como o Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público foram chamados a participar do comitê, auxiliando especialmente nas questões relacionadas com o bem público e a utilização de recursos de maneira correta.

“Olhando para trás, para um ano desta tragédia e tudo que precisou ser feito desde então, o Cisvale entende que o protagonismo criado pelo consórcio e seus municípios foi fundamental para que a região tivesse condições de se reerguer de maneira mais rápida, olhando para o futuro e a necessidade de um monitoramento constante do clima e do meio ambiente”, analisa o presidente do Cisvale.

Ferramenta essencial, garante Ministério Público

Conforme o promotor de justiça Erico Barin, do Ministério Público (MP) de Santa Cruz do Sul, o Comitê Pró-Clima, ou a força-tarefa coordenada pelo Cisvale tornaram-se ferramentas essenciais no enfrentamento e na prevenção de catástrofes climáticas. “Isso porque permite a reunião, num mesmo fórum, de servidores públicos e profissionais da iniciativa privada com conhecimento na área, criando a base teórica e o planejamento de obras e ações que realmente possam fazer frente ao problema”, avalia.

Para o promotor da Promotoria Especializada do MP, o comitê consegue realizar uma perfeita interface entre a sociedade, a gestão pública e a necessidade dos municípios. “Não bastasse, a atuação regional rompe barreiras burocráticas e permite o diálogo e a coleta de recursos entre o setor público, o meio político e a iniciativa privada, tudo em consonância com objetivo de preparar a região e atenuar efeitos de novos eventos climáticos severos”, complementa Barin.

Segundo o coordenador do serviço regional de auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de Santa Cruz do Sul, Giuliani Schwantz, para melhor atender os municípios afetados pelo desastre climático no ano passado, o Tribunal de Contas do Estado adequou o seu plano de fiscalização e preconizou a orientação por gestão assistida àqueles mais afetados. “No Vale do Rio Pardo, o Cisvale teve atuação destacada nesse processo, tendo canalizado recursos para a assistência imediata das populações atingidas, ao reestabelecimento dos serviços essenciais e para a reconstrução, que perdura até hoje. Em paralelo, mobilizou os municípios consorciados para a criação do Comitê Pró-Clima, cujos projetos em execução são acompanhados pelo TCE desde a sua concepção”, avalia o coordenador.

Cronologia

30/04 – Cisvale cria o PIX Solidário do Vale do Rio Pardo para receber doações para os municípios atingidos pelo temporal do sábado, 27/04 e as enchentes ocasionadas pelas frequentes chuvas que castigam a região. Por meio de doações particulares e da Faculdade Dom Alberto, o PIX Solidário arrecadou mais de R$ 1,350 milhão, dividido entre os municípios atingidos. A ação deu origem ao Fundo do Comitê Pró-Clima, na sequência;

1/05 – A partir de uma reunião com prefeitos, representantes da segurança pública, deputados estadual e federal da região e demais gestores, pela criação de uma pauta coletiva de ajuda ao Vale do Rio Pardo, para concentrar as ações de ajuda humanitária e de reconstrução no Consórcio;

10/05 – O Centro Regional de Referência em Transtornos do Espectro do Autismo (Centro TEA) – Programa Estadual TEAcolhe – do Cisvale realizou uma ação especializada de acolhimento aos pacientes com autismo, após a catástrofe climática que gerou a destruição na região. O serviço está disponível junto dos 13 municípios consorciados e tem como objetivo realizar o acolhimento destes pacientes e profissionais ligados à área da saúde;

16/05 – Por meio de uma parceria com a Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos de Santa Cruz do Sul (Seasc) e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio Grande do Sul (CREA-RS) foi realizada uma força-tarefa para a avaliação de 130 imóveis em Sinimbu. Ao todo, foram feitos laudos para quase 600 imóveis em Sinimbu, Vale do Sol e Venâncio Aires;

26/05 – O Cisvale firmou uma parceria com o Sinduscon-RS, para ajudar na reconstrução dos municípios atingidos pelas enchentes viabilizando a atividade de horas-máquina, por meio de empresa associada da entidade. Além disso, o Sindicato coloca-se à disposição, por meio de outra associada, para atuar na linha de frente dos estudos de criação de espaços urbanos para receber habitações que serão construídas para famílias que perderam suas casas com as enchentes;

20/06 – O Cisvale recebe a doação de R$ 275 mil do Instituto BAT Brasil, sendo a primeira doação de financiamento coletivo arrecadada pela empresa, onde cada R$ 1 doado pelos colaboradores, a BAT complementou com R$ 2, contabilizando o total de R$ 275.980,46, utilizado para reconstrução dos municípios;

24/07 – Em uma audiência no município de Vera Cruz, com a participação de membros técnicos de universidades, como a UFSM e Unisc, abordou-se a necessidade de concentrar esforços técnicos e científicos para a reconstrução e resiliência da região;

07/08 – Criação do Comitê Pró-Clima, para inclusão do Vale do Rio Pardo no Plano Rio Grande, apresentado pelo governo gaúcho como estratégia de adaptação, resiliência e reconstrução do Estado;

07/08 – Reunião com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano para apresentação do projeto para desassoreamento de rios no Estado, com o financiamento de R$ 1,5 milhão para municípios em situação de calamidade e R$ 750 mil para municípios em situação de emergência;

15/05 – Em audiência com o vice-governador do Estado, Gabriel Souza, o Cisvale entregou o protocolo para cadastramento do Comitê Pró-Clima no Plano Rio Grande, com a possibilidade de após definição, incluir os projetos regionais no planejamento do Estado;

18/08 – Criação dos quatro eixos-temáticos para atuação do Comitê Pró-Clima, com 19 metas e propostas para a região. Estas metas deram origem aos seis projetos que mais tarde foram submetidos e pré-aprovados pelo Plano Rio Grande;

10/09 – Defesa Civil do Estado confirma ao Comitê Pró-Clima a instalação de uma base regional no Vale do Rio Pardo, para dar suporte às ações necessárias às Defesas Civis da região;

12/09 – Projetos para reconstrução, resiliência e adaptação do Vale do Rio Pardo, elaborados pelo corpo técnico do Pró-Clima ultrapassam a marca dos R$ 79 milhões em investimentos;

25/09 – Projetos são apresentados à lideranças e políticos. A partir desta ação, com a criação do Caderno de Projetos, as propostas foram submetidas a análise internacional, durante a COP-29 da ONU no Azerbaijão, por meio da Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Da ação, já foram realizados contatos com bancos de fomento internacional – os Brics – para captação de recursos;

28/11 – Os projetos do Pró-Clima são levados a Brasília, para inclusão das propostas nas emendas parlamentares. A direção do Cisvale percorreu a capital federal durante uma semana, na “Missão Brasília”, na intenção de captar recursos. Em fevereiro de 2024, o Consórcio participou de um evento em Brasília, onde foi apresentado o projeto AdaptaCidades, com mais recursos para inclusão de projetos regionais;

27/01 – Os seis projetos elaborados pela equipe técnica do Comitê Pró-Clima, criado pelo Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), para adaptação, resiliência e recuperação em eventos climáticos severos foram pré-selecionados pelo Comitê Gestor do Plano Rio Grande;

09/04/2025 – No balanço dos 100 dias de 2025, foram contabilizados R$ 37,5 milhões em projetos – entre a submissão das ações regionais a novos projetos – assim como o recebimento de recursos por meio da doação de seis estações meteorológicas pelo Sicredi, doação de R$ 645 mil do programa de voluntários da JTI e recursos da Consulta Popular Cidadã, indicados pelo Corede Vale do Rio Pardo, para aquisição de equipamentos para a região;

24/04/2025 – Recepção à Defesa Civil Regional que já atua no Vale do Rio Pardo, junto ao Corpo de Bombeiros de Santa Cruz do Sul e apresentação dos projetos e ações realizadas pelo Comitê Pró-Clima.

Comitê Pró-Clima recebe coordenação regional da Defesa Civil

Oficiais que têm como base o Vale do Rio Pardo foram recebidos pela equipe técnica e coordenadores municipais da Defesa Civil da região; durante o encontro, foram apresentados projetos em andamento e a adesão a novos programas de financiamento

Santa Cruz do Sul – O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) promoveu uma reunião de apresentação entre os oficiais da Defesa Civil Regional – lotados no Vale do Rio Pardo – e os membros que atuam no órgão junto aos municípios consorciados. A ação tem como objetivo aproximar o Comitê Pró-Clima do comando regional da Defesa Civil, para compartilhar projetos e ações realizadas com foco na adaptação e resiliência climática. Comitê irá inscrever região em um novo edital de financiamento, com possibilidade de captação de até R$ 12 milhões para obras estruturais e de operação em desastres.

Além da apresentação do caderno de projetos, com as seis propostas dos quatro eixos de trabalho do Comitê, o presidente do Cisvale Gilson Becker, apresentou ao comando regional da Defesa Civil as formas de articulação para criação de um sistema eficiente de alerta e previsão meteorológica. “Contamos com doações de estações meteorológicas, estações de monitoramento e sensores pluviométricos. Estamos trabalhando para que seja desenvolvido um sistema regional, capaz de receber, quantificar e interpretar estes dados, fornecendo a informação confiável e segura a todos os municípios”, destacou Becker.

O coordenador adjunto da Defesa Civil Regional, Joel Dittberner, acompanhado do 1º tenente Jader Edtt e do 1º sargento Aguiar Araújo, que estão instalados em Santa Cruz do Sul junto ao Corpo de Bombeiros, participaram do encontro com os demais pares da Defesa Civil dos municípios. “Nosso trabalho aqui é garantir que estamos aqui para ajudar, em tudo que for necessário, os municípios do Vale do Rio Pardo. Precisamos também destacar aqui o excelente trabalho do Cisvale, que caminha mais rápido que as demais regiões do Estado, criando ações, projetos e captação de recursos para o Vale do Rio Pardo”, ressalta o adjunto.

Dittberner revelou ainda que do contingente total de nove militares – do qual é formado – a Defesa Civil regional conta com três militares atuando de maneira integral no Vale do Rio Pardo, situação que também potencializa a atuação do Comitê Pró-Clima na região. “Com todo este trabalho, o aperfeiçoamento de nossos projetos e equipe técnica e mais a presença da Defesa Civil Regional, acreditamos que se ocorrer uma nova situação, semelhante ao que vivemos em maio do ano passado, teremos um nível de resposta e organização muito melhor do que em 2024”, avalia o presidente do Cisvale, Gilson Becker.

Necessidade de veículos tracionados

Em manifestação durante o encontro, as lideranças municipais ligadas aos órgãos de Defesa Civil dos municípios manifestaram a necessidade da aquisição de caminhonetes, com tração 4×4 para o atendimento às emergências. Dos 17 municípios do Cisvale, apenas Santa Cruz do Sul tem o equipamento, essencial para socorro imediato e acesso a localidades isoladas. “Por meio desta avaliação, concluímos que este tipo de veículo é uma prioridade para além dos mais de 170 equipamentos listados para aquisição, nos projetos do Pró-Clima”, destaca a diretora executiva do Consórcio, Léa Vargas.

Entre as iniciativas para aquisição destes veículos está a adesão ao edital de financiamento do Ministério Público, por meio do Fundo para Reconstrução de Bens Lesados. Neste edital, foi cadastrada a aquisição de sete caminhonetes tracionadas, no valor total de R$ R$ 2.107.910,00 milhões. “O Cisvale cadastrou proposta neste edital. É importante que sigamos participando de todos editais e financiamentos públicos e privados, para garantir o recebimento dos recursos necessários para nossa região. A própria aquisição destes veículos tracionados pode ser feita, caso sejamos contemplados neste edital do Ministério Público do Rio Grande do Sul”, complementa o presidente do Cisvale, Gilson Becker.

Neuropsicóloga compartilha experiência em palestra sobre Autismo

Andressa Sehn, que é mãe de um filho autista adolescente irá acolher outras mães e familiares de pessoas com TEA na próxima quarta-feira, 23, no Auditório Memorial da Unisc; evento é gratuito e com vagas limitadas

Santa Cruz do Sul – O Centro Regional de Referência em Transtorno do Espectro do Autismo (Centro TEA) do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) promove na próxima quarta-feira, 23, um evento de acolhimento a pais e familiares de pessoas com autismo. A palestra “Autismo: conhecer, incluir e transformar”, será ministrada pela neuropsicóloga Andressa Sehn, que é mãe de um adolescente autista. O evento ocorre a partir das 19 horas, no Auditório Memorial da Unisc, no campus da universidade em Santa Cruz do Sul, com entrada franca.

Conforme a especialista, a ideia é criar conexão com as famílias que irão participar do encontro, para promover a empatia e a proximidade com os familiares e cuidadores que convivem com crianças e adultos com o transtorno do espectro do autismo. “É preciso entender que o cérebro de uma pessoa com autismo é atípico, não funciona como de uma pessoa que não tem. Por isso, os critérios de diagnóstico, quanto mais rápido tornam mais fáceis os níveis de suporte e cuidados com ele. Desde os três anos de idade do meu filho – hoje adolescente – eu convivo com esta sistemática, por isso que eu propus iniciar criando uma conexão com a plateia”, destaca.

Como mãe e profissional da área, Andressa destaca que além de pensar na previsibilidade das situações e formas de abordagem, é necessário também prestar atenção ao ambiente, a tudo que rodeia a pessoa com autismo, pois qualquer diferença no meio, como um cheiro, uma luz, ou até mesmo a movimentação de pessoas, provocam incômodo no autista. “Muitas vezes nos preocupamos em como iremos nos portar na presença de um autista, mas não é só a nossa interação que interfere é todo o ambiente e o contexto no qual estamos inseridos”, frisa a especialista que participou, na época, da criação do Centro TEA do Cisvale.

Para a diretora executiva do Consórcio, Léa Vargas, a oportunidade de compartilhar experiências e contar com representações de associações de pais de pessoas com autismo de oito municípios da região torna o evento ainda mais grandioso. “Dentro da programação do Centro TEA durante o mês de abril este é um momento muito especial, voltado especificamente para pais e familiares de pessoas com autismo. Por isso deixamos o convite para que todas as pessoas que tiverem interesse em participar, possam estar conosco na próxima terça-feira”, ressalta.

A palestra ocorre no Auditório Memorial da Unisc, no Bloco 53 do Campus da universidade em Santa Cruz do Sul, a partir das 19 horas da quarta-feira, dia 23. Não é necessário fazer inscrição, e o evento é gratuito, aberto à comunidade. Porém o espaço do auditório é limitado em 120 vagas. A promoção é do Centro TEA – Programa Estadual TEAColhe e Cisvale, com apoio de associações da região. Participam da organização a Associação de Familiares e Amigos de Pessoas com Deficiência (Afae) de Sinimbu, Associação de Amigos Especiais (Adae) de Vera Cruz, ONG Anjo Azul de Passo do Sobrado, ONG Mandala de Candelária, Esperança Azul de Venâncio Aires, ONG Luz Azul de Santa Cruz do Sul, Associação Riopardense de Pais e Amigos dos Autistas (Arpaa) – de Rio Pardo –  e Associação Pantanense de Pais e Amigos dos Autistas, de Pantano Grande.

Nos primeiros 100 dias do ano, Cisvale soma R$ 37,3 mi em projetos

Balanço das ações realizadas até o dia 10 de abril revela ainda os repasses de R$ 645 mil e as seis estações meteorológicas, recebidas do Sicredi, totalizando mais de R$ 38 milhões

Santa Cruz do Sul – O balanço dos primeiros 100 dias de 2025 revela que entre repasses, doações e indicações de verbas destinadas ao Comitê Pró-Clima do Vale do Rio Pardo, o Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) ultrapassa a soma de R$ 38 milhões em projetos, repasses recebidos e programas de financiamento para os quais foi feita adesão, com objetivo de aplicação nas ações de prevenção e resiliência aos eventos climáticos severos. Além dos valores, o consórcio atua para ampliações nos atendimentos na área da saúde, nas áreas de neurologia e oftalmologia.

De acordo com o presidente do Cisvale, Gilson Becker, o período inicial de 2025 se mostrou positivo para a realização dos projetos de adaptação e resiliência climática do Vale do Rio Pardo. “Recebemos a doação das seis estações meteorológicas do Sicredi, mais R$ 645 mil, doados pela Associação do Programa Voluntários do Bem (PVB) da JTI, em doações já efetivadas. No campo dos projetos, estamos com a indicação da Consulta Popular, Via Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo (Corede), para aquisição de estações meteorológicas e sensores de níveis, assim como horas técnicas para desenvolvimento de uma plataforma para armazenamento de dados”, avalia Becker.

Entre projetos encaminhados no início do ano, o Cisvale remeteu a proposta de captação de R$ 35 milhões, junto ao Governo Federal, por meio do PAC Seleções, para o cadastro de projetos de manejo de resíduos sólidos no valor de R$ 35 milhões. “No edital Teia de Soluções, do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), inscrevemos o projeto do Eixo 4, para recuperação de solos, no valor de R$ 1,5 milhão”, acrescenta o presidente.

No total contabilizado não estão incluídos os seis projetos do Comitê Pró-Clima, cujo valor ultrapassa a marca dos R$ 79 milhões, que têm aceno positivo, com a pré-aprovação no escopo do Plano Rio Grande.

Ampliação das especialidades médicas

Na área da saúde, o Cisvale aderiu ao Programa Mais Acesso a Especialidades (PMAE), do Governo Federal, para a inclusão dos atendimentos em oftalmologia para a região. “Com isso, poderemos abrir um edital de chamamento público, para credenciamento de clínicas e profissionais para prestação de serviços na área, com a possibilidade de realizar até 500 atendimentos por mês, auxiliando os municípios consorciados com esta especialidade aqui no próprio Cisvale”, justifica Gilson Becker.

Para ampliar a oferta de atendimento em neurologia – uma das especialidades com grande procura no Vale do Rio Pardo – foram contratados mais dois especialistas, aumentando em 150 consultas por mês a capacidade de atendimento. “O reflexo disso é também um maior atendimento junto ao Centro Regional de Referência em Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), que também conta com o reforço de mais um profissional da área da neurologia no quadro de profissionais do Centro”, contabiliza o presidente.

Com edital concluído ainda no fim de 2024, a licitação para compras coletivas de medicamentos – realizado pelo Cisvale – já garante uma economicidade aos municípios que aderem a ata de registro de preços, um percentual de até 60% de alguns medicamentos, na comparação com o preço de mercado. “Este é um dos grandes serviços que o Cisvale disponibiliza para os municípios, promovendo acesso a descontos e valores especiais, negociados em conjunto junto aos fornecedores, uma força que seria impossível sem a união regional”, complementa Becker. 

Levantamento do Cisvale mostra que região produz 203,4, toneladas de lixo diariamente

Estudo que conta com dados dos 17 municípios consorciados faz parte do Projeto para Destinação de Resíduos Sólidos, integrante do Plano Estratégico Regional de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos, elaborado pelo Consórcio

Santa Cruz do Sul – O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) apresentou aos prefeitos da região – durante a última assembleia da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) a atualização do cronograma físico financeiro do Plano Estratégico Regional de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos. No documento, que foi inscrito junto aos projetos do PAC Seleções, com financiamento do governo federal, a perspectiva de investimento de R$ 35 milhões, para um programa de educação ambiental, coleta seletiva, gestão de resíduos sólidos, e destinação final.

Segundo o presidente do Cisvale, Gilson Becker, por conta da oferta do governo federal em liberar R$ 600 milhões para a adesão de projetos voltados ao meio ambiente, por meio do programa PAC Seleções, o consórcio entendeu que seria importante atualizar os dados do Plano Estratégico Regional de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos, elaborado em 2019, para encaixar nesta linha de recursos destinados aos municípios. “Com a atualização dos números, pudemos constatar que para a execução de nosso projeto, serão necessários R$ 35 milhões, para os quais, esperamos conseguir captar junto ao governo, por meio deste programa que é um financiamento com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)”, explica. Conforme ele, a atualização foi somente do cronograma físico-financeiro, mantendo-se a essência do projeto já elaborado.

A diretora executiva do Cisvale Léa Vargas revela que, em 2019, o volume de resíduos sólidos produzido mensalmente pelos 17 municípios consorciados era de 4 mil toneladas mês. No entanto, com a atualização das informações, o volume subiu para 6.102 toneladas a cada 30 dias, resultando em um quantitativo médio, diário, de 203,4 toneladas. “Com isso entendemos a necessidade de atualização do cronograma físico financeiro de todo o projeto, mantendo assim as metas previstas no plano estratégico regional (educação ambiental, coleta seletiva, gestão de resíduos sólidos, e destinação final). Estas estratégias estão dentro do projeto que inscrevemos, sendo o Cisvale, elegível como consórcio público para participar do PAC Seleções”, destaca a diretora.

O consórcio aguarda agora a aprovação do projeto inscrito no programa federal para dar andamento a proposta. O resultado é esperando para os próximos 60 dias. “Estando aprovado, ação que nós acreditamos ser possível, voltaremos a discutir o tema, que é uma necessidade da nossa região e uma ação que o Cisvale tem como meta, dentro do nosso Planejamento Estratégico pra o desenvolvimento sustentável do Vale do Rio Pardo”, complementa o presidente, Gilson Becker.

Centro TEA do Cisvale cria programação especial para o mês do Autismo

Programação regional tem como objetivo incluir, capacitar e conscientizar a comunidade quanto à atenção aos indivíduos que têm transtorno do espectro autista

 

Santa Cruz do Sul – O Centro Regional de Referência em Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) programou uma série de atividades para o mês de abril, o mês de conscientização sobre o autismo. Palestras, encontros com familiares e eventos abertos à comunidade fazem parte da programação que envolve vários municípios da região.

Conforme o presidente do Cisvale, Gilson Becker, uma das caraterísticas do Centro TEA do Cisvale é atuar junto aos municípios consorciados, realizando o matriciamento dos casos, trabalhando como parceiro das prefeituras e das secretarias municipais de saúde, educação e desenvolvimento social. “Existe ainda um grande desconhecimento acerca do que é o transtorno que provoca o diagnóstico do autismo e por isso nosso papel é fazer com que o conhecimento, concentrado nos profissionais que atuam junto ao Centro TEA seja disponibilizado à comunidade”, reforça.

Além do trabalho contínuo de formação por meio da capacitação de profissionais de diversas  áreas da educação, saúde e assistência, o Centro TEA, que faz parte do Programa Estadual TEAColhe, proporciona um acolhimento aos pais, cuidadores e pacientes adultos, por meio dos projetos Cuidado de Quem Cuida, voltado aos pais e familiares e o Momento Conexão, para adolescentes e adultos. “Nós também realizamos atendimentos aos casos severos, graves e refratários, junto à estrutura do Cisvale. No último ano, foram realizados mais de 300 atendimentos aqui no Centro TEA. Quando falamos de capacitação, foram quase 3 mil profissionais, de forma que o Centro TEA exerce hoje um papel fundamental junto aos municípios”, aponta o presidente.

Segundo a diretora executiva do Cisvale Léa Vargas, a formação da equipe multidisciplinar que compõe o Centro TEA e a parceria com as administrações municipais são os elementos que ajudaram a compor uma programação tão variada (veja tabela abaixo) e inclusiva para o mês de abril. “É uma necessidade da nossa região tratar a inclusão de pessoas com o transtorno do espectro autista, e principalmente, estarmos preparados para acolher os pacientes e as suas famílias. Esta é uma das grandes propostas do Centro TEA e de todo o trabalho desenvolvido pelo Cisvale nesta área”, pontua.

A programação do Centro TEA foi criada em parceria com entidades e as prefeituras que incluíram eventos no calendário. Em função disso, algumas atividades são abertas à comunidade, outras dirigidas a profissionais, pais e cuidadores de pessoas com autismo.



Programação 2025



01/04 – Conecta TEA – Juntos pelo Autismo: Construindo Pontes

Santa Cruz do Sul – 18 horas – Palacinho – evento aberto à comunidade;

02/04 – Caminhos da Inclusão: Conhecendo o Cérebro Autista

Candelária – 13 horas – Associação Comercial e Industrial de Candelária – Rede de atenção dos municípios de referência do CAS Candelária;

09/04 – Cuidar e entender: O papel da família no autismo

Rio Pardo – 14 horas – CAS Rio Pardo – evento dirigido a pais, familiares e cuidadores de autistas;

13/04 – Conecta TEA: Juntos pelo Autismo: Construindo Pontes

Santa Cruz do Sul – ONG Luz Azul – 15 horas – Praça da Bandeira (Centro) – aberto à comunidade em geral;

14/04 – Cuidando de Quem Cuida: Saúde mental Materno Importa

Santa Cruz do Sul – Cisvale – 14 horas – Pais e familiares e cuidadores;

23/04 – Conectando famílias: Apoio e compreensão no autismo

Santa Cruz do Sul – Auditório Memorial da Unisc – 19 horas: comunidade em geral;

24/04 – Família e Autismo

Vera Cruz – Câmara de Vereadores – 19 horas – pais, familiares e rede de atenção municipal;
28/04 – Momento Conexão

Santa Cruz do Sul – Cisvale – 14 horas – Adolescentes e adultos com TEA;

30/04 – Caminhos da Inclusão: Conhecendo o Cérebro Autista

Rio Pardo – CAS Rio Pardo – Rede de atenção dos municípios de referência do CAS Rio Prado.

JTI repassa R$ 645,8 mil ao fundo do Comitê Pró-Clima

Solenidade de entrega ocorreu nesta sexta-feira, 21, em Santa Cruz do Sul, na sede do Cisvale; recursos serão utilizados para aquisição de equipamentos para o monitoramento do clima

Santa Cruz do Sul – A Associação do Programa Voluntários do Bem (PVB) da JTI repassou ao fundo de Meio Ambiente do Comitê Pró-Clima do Vale do Rio Pardo, o valor de R$ 645.876,05. Os recursos serão utilizados para compra de sete botes e equipamentos para o monitoramento do clima, auxiliando na resposta e atendimento das defesas civis da região em eventos extremos. A assinatura do termo de doação ocorreu no Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), entidade que administra o Comitê Pró-Clima.

A coordenadora do PBV, Cíntia Cristina Schwengber, ressalta que o Programa Voluntários do Bem é um reflexo do compromisso da JTI para com as comunidades onde a empresa atua. “Durante as enchentes de 2024, vimos quão potente é quando 500 voluntários se mobilizam em prol de uma causa. Mais do que solidariedade, naquele momento nosso olhar estava voltado para o cuidado com as pessoas. E hoje, damos mais um passo nesse compromisso, apoiando iniciativas que fortalecem a preocupação com o amanhã, um princípio vívido na JTI, principalmente quando se trata de olhar com responsabilidade para a pauta ambiental e que, consequentemente, tem potencial para minimizar impactos de eventuais tragédias. Certamente, juntos podemos construir um futuro mais seguro e sustentável para todos”, diz Cíntia.

O PVB é um programa da JTI que desde a sua constituição busca promover assistência e inclusão social. No caso do Comitê Pró-Clima, a iniciativa regional se encaixa neste objetivo de auxiliar de forma efetiva a prevenção de novas catástrofes climáticas no Vale do Rio Pardo. Com o repasse de R$ 645.876,05, será possível adquirir sete botes, utilizados para resgate e salvamento de vítimas, assim como aquisição de sete medidores de nível de chuva, que serão instalados ao longo da bacia hidrológica do Vale do Rio Pardo.  O valor foi arrecadado em campanha do PVB, no qual a cada R$ 1 real doado, a JTI contribuiu com R$ 2.

Para o presidente do Cisvale, Gilson Becker, a doação deste programa da JTI reforça ainda mais a aquisição de equipamentos direcionados para o Eixo I do Comitê Pró-Clima, que trata da resiliência e adaptação às transformações climáticas na região. “O recebimento destes recursos da JTI, por meio da sua Associação de Voluntários é extremamente importante para que possamos iniciar nossos projetos. Estas ações, que serão viabilizadas, tanto para o socorro de vítimas, quanto para a criação de um sistema de alerta eficiente, tornam o trabalho e principalmente a resposta da Defesa Civil muito mais eficiente em emergências climáticas”, ressalta.

Becker acrescenta que a parceria com a iniciativa privada será uma grande aliada ao Comitê Pró-Clima, especialmente para a captação de recursos para implementação dos projetos regionais. “Estamos junto ao Plano Rio Grande, com pré-aprovação aos nossos projetos. No entanto, é necessário que consigamos recursos e novos parceiros para colocar em prática estas ações, o mais breve possível. O Cisvale e o Comitê Pró-Clima agradecem muito a doação da JTI, que será muito útil nesta fase de implementação da adaptação e resiliência”, avalia o presidente do Cisvale.

Consórcio encerra 2024 com superávit de R$ 4,5 milhões

O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) fechou o ano de 2024, com saldo superavitário de R$ 4.575.139,66. O resultado foi apresentado na assembleia de prefeitos, que ocorreu na manhã desta sexta-feira, 21, antes da solenidade de entrega da doação dos voluntários da JTI. Conforme o presidente do Consórcio, Gilson Becker, resultado de um trabalho profissional da gestão, tanto realizado pela direção, quanto pelos servidores do Cisvale.

Durante o ano de 2024, o consórcio realizou 178.796 atendimentos, ultrapassando os R$ 14,9 milhões empregados em consultas, exames complementares, diagnóstico por imagem, odontologia, fisioterapia, pequenos procedimentos e cirurgias vasculares. Dentro das compras coletivas de medicamentos, por meio de licitação, os municípios consorciados adquiriram o total de R$ 5 milhões para a farmácia básica, gerando uma economia de até 60% para as prefeituras.

Ainda no balanço das atividades, a diretora executiva do Cisvale Léa Vargas apresentou a atuação do Comitê Pró-Clima, na elaboração dos projetos e apresentação das propostas para captação de recursos junto ao governo do estado, entidades parcerias, iniciativa privada – como a própria JTI – e organismos de financiamento internacional.

Atualmente, o Cisvale atende uma população superior a 665 mil habitantes. Nos 17 municípios consorciados, o contingente populacional é de 405.087 habitantes. No entanto, a assembleia aprovou a manutenção do convênio com Consórcio Intermunicipal dom Vale do Jacuí (CI/JACUÍ), cuja população alcança a marca dos 260 mil habitantes.

Mutirão para cirurgias

Entre os temas abordados na assembleia geral do Cisvale está a força-tarefa para redução na fila de espera das cirurgias de baixa, média e alta complexidade. O tema foi abordado pelo prefeito de Santa Cruz do Sul, Sérgio Moraes, que afirmou não concordar com o tempo de espera que em alguns procedimentos pode chegar a 12 anos de espera. “A gente quer fazer um mutirão para retirar da fila, inicialmente, os casos de baixa complexidade. Mas logo ali na frente, iremos mexer também com os procedimentos mais complicados. Eu não posso aceitar que as pessoas esperem por tanto tempo assim. Peço a ajuda dos senhores, para juntos fazermos um movimento regional”, disse Moraes.

Conforme o presidente do Cisvale, Gilson Becker, o tema “fila de espera para cirurgias eletivas” é uma questão que já estava em pauta no consórcio em 2022. A ideia agora é retomar o assunto, atualizando os dados dos municípios, para que se tenha a dimensão da fila de espera e necessidade de recursos para que se crie um mutirão regional. “Vamos pedir a todos os municípios que façam o levantamento do tamanho da espera, e atualizem os dados. Assim que tivermos esta informação atualizada, vamos realizar um estudo para verificar a viabilidade” recomendou Becker.

A diretora executiva do Cisvale Léa Vargas confirmou que na próxima semana, os secretários municipais de saúde terão um encontro no consórcio. A meta é dar início a este levantamento, a partir do contato com os gestores das pastas. “Precisamos saber qual é o quantitativo e quanto cada município pode aportar para esta ação. Após este levantamento de dados teremos condições de saber como atuar com esta demanda”, ressalta.

Novas fotos na galeria dos ex-presidentes

Após a solenidade da entrega do valor doado pela JTI, o Cisvale prestou homenagens a três ex-presidentes do Consórcio. Carlos Gustavo Shuch, presidente do Cisvale em 2022, Sandra Backes, em 2024 e o atual presidente do consórcio, Gilson Becker, que já presidiu a entidade em 2023, inauguraram suas fotos na galeria dos ex-dirigentes.

A homenageada Sandra Backes falou em nome dos ex-presidentes. Segundo ela, no período de 2022 a 2024 o Consórcio atuou em situações desafiadoras, como a pandemia da Covid-19 e as enchentes de maio de 2024. “Assumimos um papel importante na comunidade e nos tornamos relevantes, quanto a nossa atuação e responsabilidade com nossa região. Hoje o Cisvale é reconhecido por toda a sua atuação e isto muito nos orgulha ter feito parte desta grande entidade”, resume a ex-presidente.

Cisvale fará projeto para triagem e transbordo regional de resíduos sólidos

Ação será submetida ao financiamento federal, por conta do programa PAC Seleções, destinado à reconstrução de cidades e ações de adaptação e resiliência climática

Santa Cruz do Sul – O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) irá inscrever a região no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Seleções 2025, lançado pelo governo federal com o objetivo de estender recursos na ordem de R$ 22,6 bilhões para projetos de reconstrução, adaptação e resiliência climática. O objetivo, elencando pela Câmara Setorial de Meio Ambiente do Consórcio é dispor de um ou dois centros regionais para triagem e transbordo de resíduos sólidos para destinação final em Minas do Leão. A ação vai ao encontro do processo de atualização dos Planos Municipais de Saneamento Básico – atualmente sendo executado pelo Cisvale – assim como a iniciativa do consórcio que data de 2013, quando a região iniciou o debate acerca do tema.

Conforme o presidente do Cisvale, Gilson Becker, o ideal seria que cada um dos 17 municípios consorciados tivesse um local adequado para a realização da triagem e transbordo de resíduos. “No entanto, entendemos que isso também não é viável, pois para que os projetos possam ser contemplados por estes financiamentos do PAC, temos que ter a área de terra indicada para a instalação. Pensamos que dois espaços regionais, definidos conforme a logística dos municípios, podem ser muito úteis neste processo”, ressalta.

Becker também se refere ao valor destinado aos projetos desta área. Dos mais de R$ 22 bilhões, cerca de R$ 600 mil podem ser captados com esta finalidade. “Neste sentido, sempre é mais importante pensarmos em projetos regionais, que podem envolver também as parcerias público-privadas, chamadas de PPPs, uma vez que há um interesse da iniciativa privada nesta área” salienta o presidente. O compromisso agora, da área técnica do Meio Ambiente, é para que se faça um levantamento do volume de resíduos para mensurar como e em quais locais poderão ser instalados estes espaços regionais.

De acordo com a diretora executiva do Cisvale, Léa Vargas, vendo a importância do tema, desde 2013 o Consórcio trata do assunto resíduos sólidos. “Esta ação contempla o plano estratégico regional de resíduos sólidos elaborado e concluído pelo consórcio, foi uma das primeiras propostas criadas na área do meio ambiental, assim como a própria Agenda Ambiental Cisvale 2030, que atua na educação ambiental junto aos municípios, e o Comitê Pró-Clima, e toda a força-tarefa criada para atender os municípios durante as enchentes fazem parte da nossa atuação”, acrescenta.

A inscrição do projeto precisa ocorrer até o dia 31 de maço, no sistema do PAC Seleções. Até o momento, o governo federal não sinalizou com a possibilidade de prorrogação de prazos. Após a inscrição, a análise das propostas tende a ocorrer em até 30 dias, tempo em que a região precisa finalizar a formatação do projeto.

Prefeituras podem aderir ao PAC

Conforme a secretária Municipal de Planejamento e Urbanismo de Venâncio Aires, Deizimara Ana de Souza, o PAC Seleções 2025 tem cinco eixos-temáticos: água e saneamento básico; cidades sustentáveis e resilientes; saúde; educação, ciência e tecnologia e infraestrutura social e inclusiva. “Muitas vezes a comunidade não tem ideia, mas durante as enchentes, muitas estruturas de atendimento à população foram perdidas. Em Venâncio Aires, por exemplo, as enchentes impactaram mais de 23 mil pessoas”, revela.

Deizimara orientou os técnicos, secretários e agentes administrativos de meio ambiente que participaram da reunião da Câmara Setorial no Cisvale, a respeito do funcionamento do programa, para que os municípios possam acessar os recursos da União no tempo hábil. “Parece estar perto o dia 31 de março, e de fato está. Mas nesta fase de inscrição, o projeto em si não precisa estar pronto. Vale um esforço das equipes para quem possam acessar estes valores”, complementa a secretária.