Presidente do Cisvale manifesta interesse na compra de vacinas contra Covid-19

Em duas reuniões na tarde desta terça-feira, 23, a prefeita de Santa Cruz do Sul e presidente do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), Helena Hermany, tratou sobre a possibilidade da compra de vacinas contra a Covid-19 para imunizar a população da região.

O primeiro encontro virtual foi com o presidente da Famurs, Maneco Hassen. Em seguida, a conversa foi com o prefeito de Esteio e um dos líderes do Consórcio da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal). As duas entidades estão desde dezembro do ano passado em negociações com fabricantes da vacina, como o Instituto Butantan, Pfizer/BioNTech, e Moderna. Movimento acompanhado de perto por Helena, a diretora executiva do Cisvale, Léa Vargas, o assessor jurídico Diogo Frantz, e pelo consultor jurídico da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Ricardo Hermany.

“Temos interesse na compra da vacina e estamos nos adiantando e nos preparando para isso. A imunização é a maior arma que existe contra o coronavírus e precisamos dessa soma de esforços para agilizar a disponibilidade de doses”, disse a prefeita e presidente do Cisvale.

Helena levará o assunto para deliberação dos demais prefeitos do Vale do Rio Pardo em assembleia. Ela sustenta que a compra coletiva da vacina com outros Consórcios poderia diminuir consideravelmente o valor de cada unidade, assim como ocorreu no ano passado com os kits de teste rápido. Além disso, argumenta que a proximidade com a Capital, o início de voos da Azul e a oferta pela Unisc de ultrafreezers para armazenar doses permite que o Município tenha condições de adquirir qualquer um dos imunizantes disponíveis no mercado, incluindo o da Pfizer, aprovado hoje pela Anvisa.

“Estamos em um momento muito crítico da pandemia, com hospitais lotados e aumento de casos, a situação é preocupante. E a única saída é a imunização. Também precisamos vacinar logo os professores para retomar as aulas com segurança”, afirmou Helena.

Compra da vacina em pauta no STF e no Senado

Em julgamento nesta tarde, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para autorizar que estados e municípios comprem e distribuam vacinas contra a Covid-19. Essa permissão valerá caso o governo federal não cumpra o Plano Nacional de Imunização ou caso as doses previstas no documento sejam insuficientes.

Ontem, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que o Congresso vai elaborar um projeto que autorize não apenas a União, mas estados, municípios e a iniciativa privada a assumirem riscos na compra de vacinas contra a Covid-19.

Galeria dos presidentes do Cisvale é inaugurada

Ainda durante a manhã, também foi inaugurada a galeria dos presidentes do Cisvale, no segundo andar do Crem. Antes da inauguração, Cássio Nunes Soares relembrou a passagem dos presidentes anteriores do Consórcio. Destacou, em seu discurso, a doação do terreno feita pelo prefeito Telmo Kirst, para construção do Crem, e a destinação de recursos para a obra, feita pelo deputado Heitor Schuch.  “O legado que a região deixa, de gestão para gestão, é que temos que nos unir, estar sintonizados para enfrentar os problemas em comum. No momento que os prefeitos se unem, fica mais fácil e o resultado se torna maior”, comentou.

Além dos ex-presidentes Giovane Wickert, Clécio Halmenschlager e Mario Rabuske, estiveram presentes no ato familiares de Telmo Kirst: a esposa Tereza Cristina Sperb Kirst e o filho João Paulo.

Projeto de cercamento eletrônico é protocolado no governo do Estado

Com previsão de início de instalação da primeira fase até outubro de 2021, foi entregue ao governador em exercício, Ranolfo Vieira Júnior, o projeto que pretende implementar um sistema integrado de videomonitoramento e cercamento eletrônico no Vale do Rio Pardo. Elaborado pelo Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo, a gestão será de responsabilidade do Grupo de Apoio à Brigada Militar (GABM).

Com o nome Vale Seguro, o projeto protocolado na tarde desta terça-feira agora irá aguardar a aprovação do Conselho Técnico do Programa de Incentivo ao Aparelhamento da Segurança Pública (PISEG) e a homologação pela Secretaria Estadual da Segurança Pública, também comandada por Ranolfo Vieira Júnior. Após estes trâmites, empresários poderão destinar até 5% do saldo devido de ICMS para a compra das câmeras e demais equipamentos.

A primeira fase, com o custo de R$ 8 milhões, prevê a instalação de 200 pontos de coletas de imagens, composto por hardware e software, nos municípios que integram o Cisvale – a prioridade será aqueles que ainda não foram contemplados com equipamentos e aqueles com maiores índices de criminalidade. Uma central de comando e controle regional de monitoramento está prevista para a cidade de Santa Cruz do Sul.

A entrega da documentação ocorreu no Palácio Piratini, em Porto Alegre. Estiveram presentes o prefeito de Pantano Grande e presidente do Cisvale, Cássio Nunes Soares, o presidente do GABM, Roberto Gross, a diretora executiva do Consórcio, Léa Vargas, e os assessores jurídicos Fernando Winck e Pâmela Lima.

Projeto de cercamento eletrônico deve ser protocolado ainda neste ano na Secretaria da Segurança Pública

A Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e o Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) realizaram mais uma assembleia conjunta na manhã desta sexta-feira. Depois de meses parado em virtude da pandemia do novo coronavírus, o projeto de videomonitoramento e cercamento eletrônico da região voltou à pauta. A intenção é que ele seja protocolado ainda neste ano na Secretaria da Segurança Pública do Estado.

“Todos os nossos esforços estavam sendo direcionados ao combate do novo coronavírus. Por isso, o projeto de cercamento eletrônico ficou em stand by. Hoje fizemos a apresentação final do projeto-básico, pioneiro e inédito no Estado, pois envolve o cercamento de toda a região do Vale do Rio Pardo. Pretendemos até o final do ano protocolar ele para que possamos ser contemplados pelo Programa de Incentivo ao Aparelhamento da Segurança Pública (PISEG), captando recursos da iniciativa privada e fazendo a sua implantação”, afirmou o prefeito de Pantano Grande e presidente do Cisvale, Cassio Nunes Soares.

Responsável pelo projeto-básico, a empresa Exper Estratégias Integradas de Segurança esteve representada pelo advogado e coronel da reserva Everton Oltramari. Ele destacou que as prefeituras cada vez mais têm se envolvido com a pauta, pois são cobradas pelas comunidades.

“A segurança está sempre entre as principais preocupações da população. Percebemos um avanço do crime organizado para o interior do Estado. Uma região segura atrai investimentos, grandes empresas, gera emprego e renda, tem qualidade de vida. A integração do Vale do Rio Pardo com câmeras e tecnologias padronizadas e unificadas será muito positiva. Apresentamos um projeto-básico, mas o tamanho dele vai depender muito da adesão dos empresários e da comunidade”, afirmou Oltramari.

Ao final da implantação, a intenção é que o Vale do Rio Pardo tenha 754 pontos de coleta de imagens, entre câmeras de videomonitoramento e equipamentos de leitura de placas. A estimativa é que 150 já existam nos municípios, e outros 74 foram instalados com recursos de emenda parlamentar da bancada gaúcha no Congresso e da Consulta Popular. Assim, seriam necessários mais 530, previstas em três fases de execução, em um valor total de R$ 21,2 milhões.

Outros assuntos também estiveram na pauta da assembleia conjunta da Amvarp e do Cisvale. Confira mais detalhes na entrevista com o prefeito Cassio Nunes Soares:

Aprovação do orçamento do Cisvale para 2021

“Aprovamos um orçamento para 2021 com aumento de despesas em função da demanda que o Cisvale vem sendo solicitado, com ampliação da sua área de atuação e dos serviços prestados para a comunidade. No ano passado, firmamos o convênio com o CI/Jacuí, alcançando uma população de 600 mil habitantes. O município de General Câmara também integrou-se ao Consórcio. Nós estamos crescendo ano a ano. No próximo, teremos um orçamento de mais de R$ 9 milhões. A minha gestão também está deixando mais de R$ 3 milhões em caixa, uma reserva de contingência. Nosso Consórcio está capitalizado, seguro. É uma gestão que deu resultado e deixa o órgão ainda mais consolidado e forte financeiramente”.

Prorrogação das alíquotas do ICMS

“Se não prorrogar as alíquotas, os municípios no ano que vem não terão as condições mínimas de atuarem em diversas áreas por causa da perda de receitas. E o Estado vai entrar em colapso”.

Bandeira vermelha no modelo de distanciamento controlado

“Se o governo do Estado classificar novamente a região como bandeira vermelha, e se nós não tivermos argumentos técnicos para a reversão, não entraremos com recurso. Mantendo as regras mais rígidas, fiscalizando o distanciamento social, uso da máscara, coibindo aglomerações. Existe um surto muito forte. Como gestores, precisamos fazer nossa parte nos municípios”.

Vacinação contra a Covid-19

“Minha posição é clara: novamente estão transformando um assunto técnico em discussão política, o que é muito prejudicial. Vamos aguardar a organização e as orientações do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do Estado. Uma vez a vacina tendo a certificação da Anvisa, não importa onde ela for produzida, americana, russa, chinesa ou até brasileira, nós estaremos engajados no processo de imunização da população da região. Vamos seguir com cautela, responsabilidade, organização, bom senso e unidade entre os prefeitos”.

Prefeitos decidem não entrar com recurso contra bandeira vermelha na região

Com o aumento do número de casos e a capacidade de atendimento hospitalar em situação crítica, os prefeitos presentes na assembleia extraordinária da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo optaram por não apresentar recurso contra a bandeira vermelha. Assim, a região deverá cumprir pela segunda semana consecutiva as regras mais rígidas do modelo de distanciamento controlado do Estado.

“Foi a primeira vez que votei favorável a não realizar o recurso. Foi uma decisão unânime de todos os presentes. A situação na região está crítica, a capacidade de atendimento hospitalar está preocupante. O momento inspira muitos cuidados e optamos por acatar as regras da bandeira vermelha”, afirmou o prefeito de Candelária e presidente da Amvarp, Paulo Butzge.

Durante a reunião, o médico infectologista e assessor técnico da Amvarp, Marcelo Carneiro apresentou dados que colocam o Vale do Rio Pardo em terceiro lugar no Estado no aumento do número de casos – na semana passada, a região estava na sexta posição.

“A área que engloba Lajeado, que faz parte da macrorregião, aparece em primeiro lugar, piorando ainda mais a média. Das três piores posições, duas são da região dos Vales. É uma situação delicada para discutir um recurso. A capacidade de atendimento sempre foi um dos nossos principais argumentos para reverter as bandeiras, mas estamos no limite. Pela primeira vez na pandemia, chegamos a ficar sem leito de UTI em um dia esta semana”, disse o médico.

O governo do Estado deve instalar mais cinco leitos de UTI no Hospital Santa Cruz a partir do dia 14 de dezembro. Os gestores pedem que a comunidade continue colaborando evitando aglomerações e utilizando sempre a máscara.

“Sempre estávamos nas melhores posições do Estado na questão crítica de número de casos e velocidade de transmissão do vírus. Mas nas duas últimas semanas a situação se agravou e hoje já estamos na terceira pior posição. Assim, qualquer argumento para reverter a bandeira é muito frágil. Vamos manter a bandeira vermelha e trabalhar para reestruturar a capacidade de atendimento hospitalar da região”, esclareceu o prefeito de Pantano Grande e presidente do Cisvale, Cássio Nunes Soares.

Última etapa de pesquisa com testes rápidos no Vale do Rio Pardo inicia nesta sexta-feira

Iniciada em 1º de agosto, a pesquisa que visa mensurar a soroprevalência de Sars-CoV-2 (vírus causador da Covid-19) na região será encerrada neste final de semana. Encomendado pelo Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), em parceria com a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), o estudo vem sendo desenvolvido a partir de etapas, com a aplicação de 1.063 testes rápidos em cada fase, divididos entre os 14 municípios que integram o Consórcio – Boqueirão do Leão, Candelária, Gramado Xavier, Herveiras, Mato Leitão, Pantano Grande, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Vale do Sol, Vale Verde, Venâncio Aires e Vera Cruz.

A quarta e última etapa da pesquisa inicia já nesta sexta-feira, 2, em Santa Cruz do Sul, seguindo também nas demais cidades ao longo do sábado e domingo, 3 e 4. “Chegamos a um importante momento nessa nossa última etapa. Dessa forma, fechamos esse conjunto de dados que nos fornecerá uma ideia de como a Covid-19 está se comportando na região. Contamos com a parceria de todos novamente para finalizarmos a pesquisa, pois fizemos a diferença para a população da região”, comentou o coordenador da atividade, o professor e médico infectologista Marcelo Carneiro.

Vantagem epidemiológica

Este é o retorno das atividades após um período de cinco semanas – a última amostra foi coletada em 29 e 30 de agosto. “Podemos considerar esse espaço entre a terceira e quarta etapa como uma vantagem epidemiológica, pois conseguiremos avaliar a produção dos anticorpos do tipo IgG, que já demonstra que as pessoas entraram em contato, se curaram e estão livres da doença, além da situação regional durante a pandemia”, explicou o médico infectologista Marcelo Carneiro.

”Exemplo de união pela comunidade”

Para o presidente do Cisvale, Cássio Nunes Soares, a pesquisa de soroprevalência própria no Vale do Rio Pardo é um exemplo para o Estado da união do poder público, universidade e iniciativa privada pelo bem da comunidade.

“Os dados das três etapas da pesquisa foram fundamentais para embasar tecnicamente os recursos da região contra a bandeira vermelha e também para o plano de cogestão, e serão importantes para os enfrentamentos que teremos pela frente. E isto só foi possível pois setores da comunidade decidiram fazer a diferença nesta pandemia”, afirmou o também prefeito de Pantano Grande.

No total, o estudo irá aplicar 4.252 testes na população regional. A pesquisa Covid-VRP conta com o apoio da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e da Philip Morris Brasil. Mais informações sobre o trabalho podem ser obtidas pelo site geosaudevrp.org.

Em assembleia, prefeitos aprovam plano de cogestão para bandeira amarela

Reunidos na tarde de sexta-feira (18), os prefeitos e representantes de municípios do Vale do Rio Pardo aprovaram o plano de cogestão para a bandeira amarela – o que permitirá à região ter restrições mais brandas do que a cor laranja, atual classificação no modelo de distanciamento controlado. A reunião ocorreu na sede do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) e envolveu ainda pautas relacionadas à Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp).

O pedido de atualização do plano de cogestão será encaminhado para a Secretaria Estadual de Articulação e Apoio aos Municípios (SAAM) nesta semana. O prazo para tramitação na pasta, após protocolado, é de até 48 horas. Os dados da pandemia foram apresentados durante a reunião pelo médico infectologista Marcelo Carneiro. Entre os indicadores, o profissional mostrou uma diminuição expressiva no número de pacientes com sintomas respiratórios que procuram atendimento na rede de saúde, o que sugere um controle da transmissão do vírus da Covid-19. O médico ainda destacou a importância da manutenção das regras e cuidados. Além de Carneiro, participaram da elaboração do plano a equipe técnica e assessoria jurídica do Cisvale.

O presidente da Amvarp e prefeito de Candelária, Paulo Roberto Butzge, destacou que se aprovado pelo governo do Estado, o plano deve flexibilizar alguns setores da economia regional. “Optamos por retomar as atividades presenciais por uma série de votações que tínhamos a fazer. A mais importante delas trata sobre os dados importantes apresentados e a aprovação por unanimidade do plano de cogestão para a bandeira amarela. É uma atualização dos protocolos que temos atualmente e a inclusão da bandeira amarela, que ainda não havíamos tratado”, frisa.

A volta às aulas foi outro tema discutido durante a assembleia. Neste caso, os prefeitos optaram por seguir calendários próprios de cada município, visto a dificuldade que há  principalmente no transporte público, que deve seguir as regras de lotação determinadas para cada bandeira.

Confira algumas mudanças da bandeira laranja para amarela

– Segundo o médico Marcelo Carneiro, em 54,5% das áreas não há alterações: agropecuária, educação, saúde, transporte, serviços de comunicação, esporte
– Em restaurantes, a taxa de ocupação passa dos atuais 50% para 75%
– Em hotéis, passa dos atuais 50% para 60% dos quartos.
– Comércio de veículos e serviços de manutenção passam a permitir 75% dos trabalhadores- Na indústria, passa dos atuais 75% para 100% dos trabalhadores

General Câmara é mais um município a fazer parte do Cisvale

Mais um município passou a integrar nesta sexta-feira o Cisvale, trata-se de General Câmara. A inclusão de mais municípios vem fortalecendo e dando visibilidade estadual ao Consórcio, cada vez mais reconhecido pela qualidade dos serviços oferecidos. Agora já são 15 cidades consorciadas.

“O município de General Câmara, apesar de limítrofe ao Vale do Rio Pardo, não faz parte da região, mas acredita no trabalho feito pelo Consórcio, assim como outros que já nos procuraram e tiveram a parceria formalizada. Temos um serviço e uma organização muito qualificada, e isso foi ressaltado inclusive pelo prefeito do município, que aqui esteve” explicou Cássio Nunes Soares.

Helton Holz Barreto, prefeito de General Câmara esteve presente no evento, onde também assinou o contrato com o Cisvale.

Moção de repúdio à reforma tributária

A reforma tributária, tanto gaúcha como brasileira, tem chamado atenção de diversos setores da economia. Entre os temas propostos nas novas regras, está a taxação do cigarro, com produção local. A alíquota passaria dos atuais 71% para 92%, o que torna inviável a fabricação do cigarro brasileiro conforme o presidente da Amvarp. Outro destaque é o mercado ilegal que responde por 57% do consumo brasileiro de cigarro.

“Estamos pensando na nossa região e principalmente nos municípios de Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires e Vera Cruz, que têm como principal economia o tabaco. Com a sobretaxação, além de inviabilizar a produção local ainda estaríamos abrindo as portas para o tabaco ilegal e contrabando, que contribui em nada com a economia local e ainda tira o emprego de cidadãos da região”, destacou Paulo Butzge.

O documento repudiando o aumento na tributação e manifestando preocupação com a tramitação do Projeto de Lei nº 3229, de 2020, também deve ser remetido em breve ao Senado Federal.

Pesquisa do Cisvale e da Unisc analisa comportamento da população e impactos da pandemia

Com duas etapas já realizadas e ainda outras duas por serem feitas, a pesquisa que visa mensurar a soroprevalência do novo coronavírus no Vale do Rio Pardo vem também apresentando uma análise detalhada do cenário da pandemia na região.

Embora apresente o avanço da Covid-19 a partir dos resultados dos testes rápidos na população, os questionamentos levantados pelos coletadores aos entrevistados também vem permitindo que a equipe técnica verifique uma série de informações relacionadas aos impactos econômicos, sociais e culturais que a doença tem causado.

“Todos os entrevistados respondem um questionário que nos ajuda a criar um conjunto de informações que serão úteis, posteriormente, na direção de pensarmos planos de retomada, bem como os efeitos da pandemia no que se refere à renda, aos empregos que foram perdidos, dentre outros quesitos”, comentou Camilo Darsie, que é doutor em Educação e possui pós-doutorado em Saúde Coletiva, professor da Unisc e integrante da equipe técnica da pesquisa.

Encomendado pelo Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo e realizado pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), o estudo tem levantado dados que auxiliam a criar um perfil dos municípios da região, o que pode oportunizar uma retomada mais rápida das atividades. “O desenvolvimento da pandemia é imprevisível. No entanto, quanto maiores as informações, melhores serão as chances de restabelecer dinâmicas que foram prejudicadas. Nessa direção a pesquisa é muito positiva, pois nos mostra como podemos reverter e transformar esses impactos em oportunidades no futuro”, ressaltou Darsie.

Dados a serem explorados

Dentre os itens expostos no questionário que permitem a análise socioeconômica, está a perda ou não do emprego pelos entrevistados; se tiveram o contrato suspenso ou redução da carga horária; qual o salário mensal; se utilizam máscara; se conseguiram fazer o distanciamento social; e para quais atividades saem à rua.

“A pesquisa está trazendo dados sociais de extrema relevância e que precisam ser explorados, além dos relacionados à saúde, sobretudo sobre o comportamento dos entrevistados para que se possa entender o impacto da pandemia em suas vidas e como isso pode ser trabalhado”, destacou Ana Paula Helfer Schneider, doutora em Saúde Coletiva e professora da Unisc, também integrante da equipe técnica da pesquisa.

A segunda etapa, realizada entre os dias entre 15 e 18 de agosto, apontou que 5,3% dos entrevistados relataram que pelo menos um morador de seu domicílio perdeu o emprego devido à pandemia. 18,8% tiveram a suspensão do contrato ou redução da jornada de trabalho. E 65,1% dos entrevistados recebem menos de três salários mínimos.

“No último levantamento, também percebemos que 61,5% dos entrevistados relataram fazer o distanciamento social, com grande vantagem para as mulheres. 97,2% utilizam a máscara quando fazem alguma atividade externa e 62% afirmaram sair apenas para as necessidades essenciais. Todo esse detalhamento vai permitir que os municípios possam traçar um plano de recuperação de renda e trabalho para essas pessoas”, complementou Ana Paula.

Para a enfermeira e diretora executiva do Cisvale, Lea Vargas, os gestores dos municípios terão acesso a informações técnicas, precisas e de qualidade com o objetivo de criar novas políticas públicas que auxiliem as comunidades nos próximos meses e no pós-pandemia. “O nosso trabalho no enfrentamento da Covid-19 tem sido pautado desde a chegada do vírus em dados científicos, e conhecer a realidade da região é de extrema importância para a tomada de decisões”,  concluiu Lea.
Confira os resultados da segunda etapa da pesquisa:Total de testes e questionários aplicados: 1063
Testes com anticorpos presentes (IgM e/ou IgG): 23

– 61,5% dos entrevistados conseguem fazer o distanciamento social (64% entre as mulheres e 36% entre os homens)- 97,2% utilizam máscara ao sair de casa
– 62% saem apenas para atividades essenciais- 5,3% tiveram algum morador do domicílio que perdeu emprego
– 18,8% relataram suspensão do contrato ou redução da jornada de trabalho
– 65,1% dos entrevistados recebem menos de 3 salários mínimos- 5,6% procuraram atendimento médico nos últimos 30 dias por suspeita de Covid-19
– 50% dos entrevistados com resultado positivo relataram pelo menos 1 sintoma (coriza, dor de cabeça, tosse e dor no corpo foram os mais citados).

Terceira etapa neste final de semana

A pesquisa COVID-VRP conta com apoio da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e da Philip Morris Brasil. O estudo transversal busca apresentar uma amostra representativa da população da região. Ao todo, serão quatro etapas de testes. As coletas ocorrem sempre aos finais de semana, a partir das 8 horas. A próxima será realizada neste sábado e domingo, dias 29 e 30 de agosto, nos 14 municípios de abrangência do Cisvale: Boqueirão do Leão, Candelária, Gramado Xavier, Herveiras, Mato Leitão, Pantano Grande, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Vale do Sol, Vale Verde, Venâncio Aires e Vera Cruz.

Pesquisa própria do Vale do Rio Pardo com testes rápidos aponta letalidade baixa na região

Realizada entre 15 e 18 de agosto, a segunda etapa da pesquisa encomendada pelo Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) e realizada pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) apresentou um novo dado a ser levado em consideração nas análises.

Dentre as informações detalhadas pelo professor e doutor coordenador do estudo, o médico infectologista Marcelo Carneiro, está a baixa taxa de letalidade estimada para a região, de apenas 0,17% em agosto. O dado considera o número de mortes até o fim da coleta, de 32, diante da estimativa de pessoas que já tiveram contato com o novo coronavírus somadas nas duas análises, de 18.218. Isto caracteriza uma mortalidade de 8,9 a cada 100 mil habitantes.

“Esse dado nos deixa mais próximo da realidade, pois as estatísticas oficiais analisam apenas com base nas pessoas internadas, o que eleva a taxa. No entanto, deve-se levar em consideração todas as pessoas que já tiveram contato com o vírus dividido pelo número de mortes”, explicou Marcelo Carneiro.

Margem de erro

A segunda amostra ainda apontou uma soroprevalência do novo coronavírus em 2,2% da população da região. Ao todo, foram confirmadas 23 pessoas com anticorpos da doença, sendo 20 na zona urbana e três na zona rural, em 1.063 testes aplicados. De acordo com os pesquisadores, isso revela que houve um teste reagente a cada 46 habitantes, em uma estimativa de 7.772 pessoas do Vale do Rio Pardo que já tiveram contato com o vírus.

Embora aponte uma redução de positivados nas análises em referência à primeira amostra – 2,9% de soroprevalência, estimativa de 10.446 que tiveram contato e 31 testes confirmados em 1.066 aplicados –, ainda não é possível afirmar que haja uma queda nos números devido à margem de erro de 5% utilizada na metodologia.

Próxima amostra no fim do mês

O médico infectologista Marcelo Carneiro também analisou o andamento das atividades até o momento. “Nossas duas etapas até agora foram realizadas sem intercorrências. Também fizemos alguns ajustes para a segunda amostra, de análises que acabamos acrescentando.”

A pesquisa, que tem custo de cerca de R$ 500 mil, foi encomendada pelo Cisvale em parceria com a Unisc e conta com apoio da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e da Philip Morris Brasil.

O estudo transversal busca apresentar uma amostra representativa da população da região. Ao todo, serão quatro etapas de testes. As coletas ocorrem sempre aos finais de semana, a partir das 8 horas. A próxima análise será realizada nos dias 29 e 30 de agosto, nos 14 municípios de abrangência do Cisvale.
Vídeo com a apresentação: https://www.facebook.com/watch/?v=974833876324185&extid=3OW7Z3XkSbOAgPEC

Pesquisa com testes rápidos segue em Santa Cruz do Sul nesta segunda e terça-feira

O estudo COVID-VRP teve a sua segunda etapa iniciada neste final de semana em 14 municípios do Vale do Rio Pardo. Mais de mil pessoas serão testadas até terça-feira, último dia em que os pesquisadores visitam residências em Santa Cruz do Sul.

“A recepção das comunidades tem sido muito tranquila durante a coleta de dados e exames. A participação da população está excelente. Não tivemos nenhum problema. Finalizando os dados na terça-feira à noite, até sexta já poderemos apresentar os resultados consolidados da segunda etapa, comparando com os da primeira”, afirmou o professor e médico infectologista Marcelo Carneiro, coordenador-geral do estudo.

Na primeira rodada de coleta dos testes rápidos, há duas semanas, 31 exames da amostra total de 1.066 deram positivo, apontando uma estimativa de que pelo menos 10,4 mil pessoas já tiveram contato com o coronavírus na região.

A pesquisa, que tem custo de cerca de R$ 500 mil, foi encomendada pelo Consórcio Intermunicipal do Vale do Rio Pardo (Cisvale) e é executada pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), com apoio da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e Philip Morris Brasil. O objetivo é mensurar a soroprevalência da Covid-19 na região, fornecendo informações técnicas para a tomada de decisões por parte dos prefeitos e gestores municipais.