Vale do Rio Pardo: segunda etapa de pesquisa própria ocorre neste final de semana

Após estimar que pelo menos 10,4 mil pessoas já tiveram contato com o coronavírus no Vale do Rio Pardo, a pesquisa COVID-VRP tem a sua segunda etapa neste final de semana. Serão aplicados 1.063 testes rápidos em 14 municípios. O estudo, que tem custo de cerca de R$ 500 mil, foi encomendado pelo Consórcio Intermunicipal do Vale do Rio Pardo (Cisvale) e é executado pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), com apoio da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e Philip Morris Brasil.

No sábado e domingo, dias 15 e 16, servidores e profissionais da saúde irão percorrer regiões urbanas e rurais de Boqueirão do Leão, Candelária, Gramado Xavier, Herveiras, Mato Leitão, Pantano Grande, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Sinimbu, Vale do Sol, Vale Verde, Venâncio Aires e Vera Cruz.

A exceção é Santa Cruz do Sul. Na cidade, os estudantes dos cursos da área da Saúde da Unisc realizarão a coleta no domingo, dia 16, na zona rural. Na área urbana, serão na segunda e terça-feira, dias 17 e 18. O motivo é a sétima rodada, no final de semana, do estudo da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) no município.

“Pedimos mais uma vez a colaboração da população para receber bem os pesquisadores em suas residências. O estudo é fundamental para termos uma dimensão da Covid-19 na região, possibilitando aos prefeitos e gestores a tomada de decisões de forma técnica”, disse o prefeito de Pantano Grande e presidente do Cisvale, Cassio Nunes Soares.

A pesquisa COVID-VRP

O estudo terá quatro etapas de realização de testes a cada duas semanas. A previsão é de que a última ocorra nos dias 12 e 13 de setembro. A abordagem é aleatória de acordo com os dados do IBGE, apontando os bairros, ruas e casas onde os testes serão realizados.

Para o teste é coletada uma gota de sangue retirada da ponta do dedo da pessoa sorteada. Os entrevistadores também fazem perguntas a respeito dos hábitos de distanciamento social e questões epidemiológicas.

Quatorze municípios do Vale do Rio Pardo consorciados ao Cisvale participam do estudo, totalizando uma população estimada em 359 mil habitantes: Boqueirão do Leão, Candelária, Gramado Xavier, Herveiras, Mato Leitão, Pantano Grande, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Vale do Sol, Vale Verde, Venâncio Aires e Vera Cruz.

Estudo identifica propagação do novo coronavírus em região gaúcha

O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) e a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) apresentaram na tarde desta quinta-feira, 6, os resultados da primeira fase da pesquisa com 1.066 testes rápidos realizada no último final de semana. O estudo apontou uma prevalência de 2,9% na região, revelando que pelo menos 10,4 mil pessoas já possuem anticorpos contra o coronavírus.

Da amostra total coletada, 31 testes apresentaram anticorpos para a doença. Destes, 11 na zona rural e 20 nas áreas urbanas. Segundo o coordenador-geral da pesquisa, o professor e médico infectologista Marcelo Carneiro, significa um resultado reagente para 34 habitantes. 

“Se levarmos em conta o IgG, que avalia anticorpos de memória, produzidos há mais tempo, temos um teste positivo para cada 67 habitantes. Já o IgM, que demonstra um contato mais breve com a doença, chegamos ao número de um teste reagente para cada 46 moradores”, detalhou o coordenador-geral da pesquisa, o professor e médico infectologista Marcelo Carneiro. 

Com apoio da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e da Philip Morris Brasil, o estudo também coletou informações comportamentais da população em relação à pandemia. O questionário realizado apurou, entre outras informações, que 63% das pessoas alegam estar respeitando o distanciamento social. Sobre o uso de máscaras, 91% disseram utilizar o equipamento ao sair de casa. Aqueles que alegaram sair de casa apenas para atividades essenciais totalizou 51%.

Na questão do desemprego, 6,7% dos participantes da pesquisa disseram ter algum morador do domicílio que perdeu o trabalho em virtude do coronavírus. 23,6% dos entrevistados disseram ter tido seu contrato de trabalho suspenso ou carga horária reduzida, e 71,5% responderam ter rendimentos inferiores a três salários mínimos.

Entre os sintomas clínicos apresentados pelos participantes dos testes, 58% relataram pelo menos tosse, febre ou dor de cabeça.

Segundo o presidente do Cisvale e prefeito de Pantano Grande, Cassio Nunes Soares, a pesquisa, mesmo em sua primeira etapa, já é positiva para o Vale do Rio Pardo, pois os dados coletados serão utilizados para nortear a conduta das prefeituras contra a pandemia.

“Os prefeitos do Vale do Rio Pardo estão unidos, em sintonia e trabalhando de forma conjunta no combate do coronavírus, fazendo parcerias com a iniciativa privada e universidade. Apresentamos nesta quinta um trabalho de excelência, técnico, que comprova isso e que vai refletir positivamente para as nossas comunidades”, afirmou Cassio.

Ainda participaram da transmissão no Facebook do Cisvale o prefeito de Candelária e presidente da Amvarp, Paulo Butzge, a coordenadora da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, Mariluci Reis, e o diretor de Pesquisa e Pós-Graduação da Unisc, Adilson Ben da Costa.

A pesquisa COVID-VRP

O estudo terá quatro etapas de realização de testes a cada duas semanas. A previsão é de que a última ocorra nos dias 12 e 13 de setembro. As atividades são realizadas sempre durante os finais de semana, entre 8 horas e 18 horas. A abordagem é aleatória de acordo com os dados do IBGE, apontando os bairros, ruas e casas onde os testes serão realizados.

Para o teste é coletada uma gota de sangue retirada da ponta do dedo da pessoa sorteada. Os entrevistadores também fazem perguntas a respeito dos hábitos de distanciamento social e questões epidemiológicas.

Quatorze municípios do Vale do Rio Pardo consorciados ao Cisvale participam do estudo, totalizando uma população estimada em 359 mil habitantes: Boqueirão do Leão, Candelária, Gramado Xavier, Herveiras, Mato Leitão, Pantano Grande, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Vale do Sol, Vale Verde, Venâncio Aires e Vera Cruz.

Confira o estudo completo: https://drive.google.com/file/d/1UZC-_HHTh66a82uxsKcthCBAWPvPxou9/view?usp=sharing

Pesquisa estima que dez mil pessoas já tiveram contato com o coronavírus no Vale do Rio Pardo

O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) e a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) apresentaram na tarde desta quinta-feira, 6, os resultados da primeira fase da pesquisa com 1.066 testes rápidos realizada no último final de semana. O estudo apontou uma prevalência de 2,9% na região, revelando que pelo menos 10,4 mil pessoas já possuem anticorpos contra o coronavírus.

Da amostra total coletada, 31 testes apresentaram anticorpos para a doença. Destes, 11 na zona rural e 20 nas áreas urbanas. Segundo o coordenador-geral da pesquisa, o professor e médico infectologista Marcelo Carneiro, significa um resultado reagente para 34 habitantes. 

“Se levarmos em conta o IgG, que avalia anticorpos de memória, produzidos há mais tempo, temos um teste positivo para cada 67 habitantes. Já o IgM, que demonstra um contato mais breve com a doença, chegamos ao número de um teste reagente para cada 46 moradores”, detalhou o coordenador-geral da pesquisa, o professor e médico infectologista Marcelo Carneiro. 

Com apoio da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e da Philip Morris Brasil, o estudo também coletou informações comportamentais da população em relação à pandemia. O questionário realizado apurou, entre outras informações, que 63% das pessoas alegam estar respeitando o distanciamento social. Sobre o uso de máscaras, 91% disseram utilizar o equipamento ao sair de casa. Aqueles que alegaram sair de casa apenas para atividades essenciais totalizou 51%.

Na questão do desemprego, 6,7% dos participantes da pesquisa disseram ter algum morador do domicílio que perdeu o trabalho em virtude do coronavírus. 23,6% dos entrevistados disseram ter tido seu contrato de trabalho suspenso ou carga horária reduzida, e 71,5% responderam ter rendimentos inferiores a três salários mínimos.

Entre os sintomas clínicos apresentados pelos participantes dos testes, 58% relataram pelo menos tosse, febre ou dor de cabeça.

Segundo o presidente do Cisvale e prefeito de Pantano Grande, Cassio Nunes Soares, a pesquisa, mesmo em sua primeira etapa, já é positiva para o Vale do Rio Pardo, pois os dados coletados serão utilizados para nortear a conduta das prefeituras contra a pandemia.

“Os prefeitos do Vale do Rio Pardo estão unidos, em sintonia e trabalhando de forma conjunta no combate do coronavírus, fazendo parcerias com a iniciativa privada e universidade. Apresentamos nesta quinta um trabalho de excelência, técnico, que comprova isso e que vai refletir positivamente para as nossas comunidades”, afirmou Cassio.

Ainda participaram da transmissão no Facebook do Cisvale o prefeito de Candelária e presidente da Amvarp, Paulo Butzge, a coordenadora da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, Mariluci Reis, e o diretor de Pesquisa e Pós-Graduação da Unisc, Adilson Ben da Costa.

A pesquisa COVID-VRP

O estudo terá quatro etapas de realização de testes a cada duas semanas. A previsão é de que a última ocorra nos dias 12 e 13 de setembro. As atividades são realizadas sempre durante os finais de semana, entre 8 horas e 18 horas. A abordagem é aleatória de acordo com os dados do IBGE, apontando os bairros, ruas e casas onde os testes serão realizados.

Para o teste é coletada uma gota de sangue retirada da ponta do dedo da pessoa sorteada. Os entrevistadores também fazem perguntas a respeito dos hábitos de distanciamento social e questões epidemiológicas.

Quatorze municípios consorciados ao Cisvale participam do estudo: Boqueirão do Leão, Candelária, Gramado Xavier, Herveiras, Mato Leitão, Pantano Grande, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Vale do Sol, Vale Verde, Venâncio Aires e Vera Cruz.

Primeira fase de pesquisa própria com testes rápidos é realizada no Vale do Rio Pardo

O final de semana teve pesquisa para identificar a progressão do novo coronavírus no Vale do Rio Pardo. Em 14 municípios da região, foram aplicados cerca de mil testes rápidos simultaneamente. Na próxima quinta-feira, a equipe responsável deve divulgar as conclusões preliminares e mais detalhadas desta fase, a primeira de quatro que compõem o estudo encomendado pelo Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), em parceria com a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e apoio da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo e da Philip Morris Brasil.

“Tivemos uma ótima adesão dos participantes, nas entrevistas e nas coletas. Foi muito positivo, com um envolvimento grande de todos os municípios, servidores, alunos, pesquisadores e principalmente da comunidade. Todos compreenderam a importância do estudo, necessário para conhecermos a real expansão da Covid-19 na região, o que ajudará na tomada de decisões dos gestores”, afirmou a enfermeira e diretora executiva do Cisvale, Lea Vargas. 

Segundo a pesquisadora e professora da Unisc, Mari Ângela Gaedke, foi possível coletar 100% da amostra prevista. Além de Santa Cruz do Sul, onde os testes foram aplicados por estudantes da área da saúde da Unisc, houve coletas em Boqueirão do Leão, Candelária, Gramado Xavier, Herveiras, Mato Leitão, Pantano Grande, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Sinimbu, Vale do Sol, Vale Verde, Venâncio Aires e Vera Cruz. Nesses locais, os entrevistadores foram servidores dos próprios municípios. Mais de 200 pessoas estiveram envolvidas. 

Um dos aspectos inovadores da COVID-VRP é que todas as pesquisas só tiveram entrevistas e coletas nas zonas urbanas, mas esta abordou também as zonas rurais, gerando um dado inédito.

“No meio rural, onde imaginávamos que pudesse haver uma resistência por parte da comunidade, encontramos um ambiente de tranquilidade, com aceitação da população. Facilitou muito que os coletadores eram servidores e profissionais da saúde dos próprios municípios, e por isso agradecemos o apoio das prefeituras”, disse o coordenador-geral do estudo, o professor e médico infectologista, Marcelo Carneiro. 

Nos casos em que o teste rápido deu positivo, as equipes orientaram as pessoas a ficarem em isolamento, e informaram a Vigilância Sanitária. Aqueles com sintomas, foram recomendados a buscarem atendimento na rede de saúde.  

“Alguns familiares destes positivados e que moram na mesma residência não estavam em casa, o que dá uma tendência de que a população está indo pra rua. Assim, não conseguimos fazer a coleta em todos, como era o objetivo, e estes serão acompanhados pela Vigilância de cada município. O estudo tem esta importância de mostrar como está a transmissão do vírus dentro da região, o comportamento da doença e das pessoas”, relatou o médico.

Neste domingo, analisando dados parciais após o retorno dos testes realizados nos municípios, Marcelo Carneiro comentou que os pesquisadores esperavam uma positividade maior em algumas localidades, o que não ocorreu.

“Em alguns municípios, a transmissão comunitária do vírus iniciou mais cedo, alguns inclusive com surtos em clínicas geriátricas, e se esperavam números diferentes. Mas tudo isso vai ficar mais claro após a realização das quatro etapas e da análise dos dados. É importante ressaltar que a metodologia do nosso estudo é diferente da realizada pelo governo do Estado. O teste rápido utilizado é com anticorpos separados, a gente consegue dizer se a doença é mais nova ou se tem um tempo maior. Não obrigatoriamente significa que a pessoa está doente, mas que ela já entrou em contato com o vírus e produziu anticorpos”, concluiu o médico. 

A pesquisa COVID-VRP

O estudo terá quatro etapas de realização de testes a cada duas semanas. A previsão é de que a última ocorra nos dias 12 e 13 de setembro. As atividades são realizadas sempre durante os finais de semana, entre 8 horas e 18 horas, em 14 municípios do Vale do Rio Pardo. A abordagem é aleatória de acordo com os dados do IBGE, apontando os bairros, ruas e casas onde os testes serão realizados.

Para o teste é coletada uma gota de sangue retirada da ponta do dedo da pessoa sorteada. Os entrevistadores também fazem perguntas a respeito dos hábitos de distanciamento social e questões epidemiológicas.

No primeiro final de semana, estiveram envolvidos 22 professores e mestrandos da Unisc, 27 coletadores de cursos da área da Saúde da universidade, além de 170 servidores dos municípios.

Cisvale e Unisc iniciam testagem para identificar progressão da Covid-19 neste sábado

No próximo final de semana, 1 e 2 de agosto, terá início a pesquisa encomendada pelo Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), em parceria com a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), que irá mensurar a soroprevalência de SARS-CoV-2 (vírus causador da Covid-19) na região. Ao todo, serão quatro etapas de realização de testes, uma a cada 14 dias, sempre aos finais de semana, a partir das 8 horas.

Em cada etapa, serão aplicados 1.063 testes rápidos, divididos entre os 14 municípios de abrangência do Cisvale, que serão coletados a partir de uma gota de sangue retirada da ponta do dedo da pessoa testada, totalizando 4.252 testes aplicados na população. A condução local da coleta de dados em cada município vai ser coordenada e supervisionada pela equipe técnica da pesquisa.

“Os coletadores serão servidores das secretarias municipais de Saúde, sendo profissionais de nível técnico ou superior”, explicou a professora doutora Mari Ângela Gaedke, que integra a equipe técnica da pesquisa. Todos estão sendo treinados antes de irem a campo e irão utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como máscara, avental, luvas e óculos de proteção. “Sempre na sexta-feira que anteceder as pesquisas, todos os coletadores e supervisores passam por um treinamento com a equipe técnica, sendo que todos são testados previamente para Covid-19”, complementou Mari Ângela. 

Auxílio para a tomada de decisões

A pesquisa encomendada pelo Cisvale em parceria com a Unisc, com apoio da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e da Philip Morris Brasil, irá apresentar um estudo transversal de base populacional com uma amostra representativa da população do Vale do Rio Pardo. Conforme o prefeito de Pantano Grande e presidente do Cisvale, Cássio Nunes Soares, a pesquisa ressalta a importância em instituir ações relacionadas a políticas de saúde pública e de gestão socioeconômica.

“Desde o início da pandemia, estamos trabalhando em conjunto com a Amvarp para implementar ações de sucesso nesse enfrentamento. Agora, com a orientação técnica de um estudo científico, será possível mensurar e identificar o cenário da Covid-19 na nossa região, de maneira que possa auxiliar a tomada de decisões pelos municípios mais à frente”, comentou o presidente do Cisvale.

Conforme o professor e médico infectologista Marcelo Carneiro, que é o coordenador geral da pesquisa, os resultados dos testes serão divulgados ao final de cada rodada. “Em até quatro dias, já iremos publicar um resultado parcial da pesquisa e, na sequência, detalhar como foi o processo”, ressaltou.

O portal GeoSaúde Unisc, que pode ser acessado pelo link geosaudevrp.org, também irá fornecer informações sobre as coletas. “Com este trabalho, entre uma etapa e outra, esperamos observar se vem ocorrendo uma progressão ou uma estabilização dos casos de Covid-19 na nossa região”, detalhou Carneiro. A previsão é de que a última etapa ocorra nos dias 12 e 13 de setembro.

Municípios do Vale do Rio Pardo aprovam novo recurso contra bandeira vermelha

Após nova classificação como bandeira vermelha no mapa preliminar do Estado, a região do Vale do Rio Pardo (R28) adotará a mesma estratégia utilizada na semana passada e irá entrar com recurso conjunto, por meio da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp).

Em reunião na manhã deste sábado, os prefeitos e secretários municipais de Saúde analisaram os indicadores juntamente com a 13a Coordenadoria Regional de Saúde e a equipe técnica do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), composta pela enfermeira e diretora executiva Lea Vargas, o médico infectologista Marcelo Carneiro e a assessora jurídica Pamela Lima.

Dentre os indicadores, um apresentou piora, passando da classificação amarela para a preta em função dos quatro óbitos registrados na semana, enquanto outros três tiveram melhora. A explicação do Gabinete de Crise do governo do Estado para a bandeira vermelha recai principalmente na situação da macrorregião dos Vales – que engloba ainda Lajeado e Cachoeira do Sul. A revisão dos números da macrorregião será o principal foco neste sábado.

“Faremos um movimento e articulação com as regiões de Lajeado e Cachoeira do Sul para um alinhamento no discurso e na produção do recurso. Uma bandeira vermelha complicaria ainda mais a já difícil situação econômica das comunidades. Somos uma das poucas no Estado que ainda não teve de enfrentar isso”, afirma o prefeito de Candelária e presidente da Amvarp, Paulo Butzge. Uma videoconferência reunindo gestores e técnicos da macrorregião deve ocorrer na tarde deste sábado.

Preocupação com surtos em clínicas geriátricas

Durante a videoconferência desta manhã, o médico infectologista Marcelo Carneiro fez uma alerta para os casos de Covid-19 em instituições de Longa Permanência para Idosos (LPI). Segundo ele, a região pode permanecer com bandeira vermelha por um longo período se os surtos e óbitos relacionados às casas geriátricas não diminuírem.

“É urgente que estas unidades reforcem as suas medidas de prevenção, caso contrário poderemos ter de fechar o comércio até o fim da pandemia. O número de óbitos é um indicador que não tem justificativa para recurso. É importante que os municípios fiscalizem de forma mais agressiva estes locais”, destaca o médico.

Mesmo os municípios da Região 28 dentro da chamada regra 0-0, que não registraram internações ou óbitos nas últimas duas semanas (Gramado Xavier, Herveiras, Mato Leitão, Passo do Sobrado, Sinimbu, Vale do Sol, Vale Verde e Vera Cruz), e que poderão adotar protocolos previstos na bandeira laranja, confirmaram a participação na elaboração do recurso regional, enviando as ações que vêm sendo feitas por eles junto à cada população. A Região 28 conta ainda em sua área de abrangência com Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Rio Pardo, Candelária e Pantano Grande.

“O nosso último recurso teve um reconhecimento grande por parte do Estado e de outras prefeituras. Tudo isso pelo trabalho competente da nossa equipe técnica. A região está preparada e tem enfrentado a pandemia com união e conhecimento técnico, o que nos leva a ter otimismo pela reversão da bandeira vermelha”, afirmou o prefeito de Pantano Grande e presidente do Cisvale, Cassio Nunes Soares.

Por determinação do prefeito Telmo Kirst, Santa Cruz do Sul também irá entrar com recurso municipal, além de apoiar o documento regional.

Imagem mostra reunião que ocorreu na Unisc

Unisc e Cisvale lançam portal de informações sobre a Covid-19

A parceria entre o Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) e a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) foi ampliada com a confecção de um portal. O site, batizado de GeoSaúde Unisc, vem sendo desenvolvido por grupos de pesquisa da instituição de ensino, e irá fornecer dados e informações sobre o estudo a ser iniciado no próximo dia 18, que irá mensurar a soroprevalência de SARS-CoV-2 (vírus causador da Covid-19) na região.

Contudo, o espaço virtual promete ser abastecido também com outras questões relativas à saúde e à educação, se tornando um repositório de produção científica. “A ideia é que o portal conte com dissertações de mestrado, teses de doutorado, artigos publicados em periódicos e links de dossiês acerca dos temas tratados pelos grupos de pesquisa e sobre a Covid-19”, ressaltou um dos idealizadores da página, o geógrafo Camilo Darsie.

Segundo ele, a ação foi uma estratégia encontrada como forma de divulgação dos trabalhos de pesquisa associados aos programas de Pós-graduação em Educação, e de Pós-graduação em Promoção da Saúde, ambos realizados na Unisc. “Em cada programa, os grupos de pesquisa desenvolvem investigações relacionadas à Covid-19, diretamente ou sobre temas que se articulam à ela de alguma maneira, caracterizando um trabalho periódico sobre o assunto e sobre a Educação a Saúde em geral”, complementou Darsie, que é doutor em Educação e possui pós-doutorado em Saúde Coletiva.

Site será dividido em sessões

Neste contexto, o geógrafo Camilo Darsie e a professora e psicóloga Betina Hillesheim coordenam o grupo de pesquisa Políticas Públicas, Inclusão e Produção de Sujeitos, no programa de pós-graduação em Educação, enquanto o médico infectologista Marcelo Carneiro organiza as atividades do grupo Tecnologia de Ensino e Segurança do Paciente, no programa de pós-graduação em Promoção da Saúde. Na próxima quarta-feira, três dias antes do início da pesquisa a ser realizada nos 14 municípios de abrangência do Cisvale, a página será lançada na web, e poderá ser acessada através do link geosaudevrp.org.

Imagem mostra o médico Marcelo Carneiro e o geógrafo Camilo Darsie
Médico Marcelo Carneiro e o geógrafo Camilo Darsie

Camilo Darsie explica que o portal GeoSaúde Unisc será dividido em sessões. Uma contará com as informações geradas a partir da pesquisa do Cisvale, com um mapeamento dessa análise sendo feito pelos integrantes dos programas de pós-graduação da Unisc. Já outras duas abas serão destinadas à exploração de materiais acadêmicos de cada grupo de pesquisa.

“O tema Covid-19 será pesquisado por anos em função de todo o impacto causado, tanto na área da saúde como na área da educação ou demais ciências. Por isso faremos do site um grande repositório de material que será fonte para pesquisas sobre o assunto, sendo atualizado ao longo do tempo. A função da Universidade é essa, compartilhar conhecimento e, no caso da Unisc, promover o fortalecimento da comunidade”, complementou Darsie, que também é professor do curso de Medicina da Unisc. O portal GeoSaúde Unisc, desenvolvido tecnicamente pelo mestrando em Educação Bruno Cristiano e pelo estudante de Ciências da Computação Ygor Dreyer, será traduzido para o inglês e para o espanhol.

Primeira prática da pesquisa

Na noite da última quarta-feira, 8, foi realizada a primeira atividade prática relacionada à pesquisa que irá mensurar a soroprevalência da Covid-19 na região de abrangência do Cisvale – Boqueirão do Leão, Candelária, Gramado Xavier, Herveiras, Mato Leitão, Pantano Grande, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Santa Cruz Do Sul, Sinimbu, Vale do Sol, Vale Verde, Venâncio Aires e Vera Cruz.

O encontro, realizado na Unisc, contou com as presenças de Carneiro, Darsie, e de outros coordenadores da pesquisa, como Andréia Valim, Lia Possuelo, Mari Ângela Gaedke, Janine Koeppe, das professoras Jane Renner, Éboni Reuter, Ana Paula Helfer, Daiana Carissimi, Ingre Paz, Susane Krug, Analídia Petry, além da reitora Carmen Lúcia de Lima Helfer, do vice-reitor Rafael Frederico Henn e do diretor de Pesquisa e Pós-Graduação, Adilson Ben da Costa, e da diretora executiva do Cisvale, a enfermeira Lea Vargas. Integram o grupo ainda os pesquisadores Renato Michel, Eliane Krummenauer, Rochele Menezes, Caroline Bertelli e Bruna Martins.

Conforme Lea Vargas, o Cisvale e a Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo têm sido protagonistas na elaboração de ações no enfrentamento da Covid-19. Ainda em abril, na semana epidemiológica 17, iniciou o levantamento dos pacientes sintomáticos que buscam atendimento na rede de saúde dos 14 municípios que integram o Consórcio. 

“Mensuramos as internações hospitalares, leitos clínicos e de UTI, novos casos, comportamento dos pacientes sintomáticos, sempre com uma avaliação semanal. Para aprofundarmos ainda mais o estudo, agora vem a aplicação dos cinco mil testes rápidos adquiridos pelo Cisvale, com a Unisc fazendo a execução”, afirma Lea.

 “Os estudos que aconteceram em março, abril, maio e junho mostraram o que aconteceu naquele período. Agora em julho e agosto, com a pesquisa, iremos mapear toda a pandemia na região do Vale do Rio Pardo”, explicou Marcelo Carneiro, coordenador geral da pesquisa e professor do curso de Medicina e do Mestrado e Doutorado em Promoção da Saúde na Unisc. “É um aprendizado que virá para a universidade e uma contribuição nossa com ciência aos municípios. Eles vão ter que tomar decisões, e tomá-las com base em cima de dados é sempre melhor”, comentou a reitora Carmen Lúcia de Lima Helfer.

Imagem mostra professora sendo testada para detecção da Covid-19
Testagem dos profissionais envolvidos na pesquisa ocorreu na última quarta-feira

Cisvale apoia Amvarp em recurso contra bandeira vermelha na região

Em videoconferência realizada na manhã deste sábado, 11, representantes das prefeituras que abrangem a Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) debateram as ações coletivas a serem adotadas a partir da nova classificação do Estado para o modelo de distanciamento controlado, que determinou bandeira vermelha para a Região 28.

Na reunião virtual, ficou estabelecido que será enviado ao Estado um recurso regional com as referências técnicas a respeito dos índices a serem analisados pelo Estado. “É a primeira vez que estamos nos deparando com essa situação da bandeira vermelha. Por isso, queremos é verificar as possibilidades do recurso com uma argumentação fundamentada”, comentou o prefeito de Candelária e presidente da Amvarp, Paulo Butzge.

Ao longo da tarde deste sábado, a equipe da Amvarp, com o apoio técnico do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), irá elaborar o recurso, que deve ser encaminhado ao Estado até às 6 horas da manhã deste domingo, 12. Conforme a diretora executiva do Cisvale, enfermeira Lea Vargas, serão revisados os números de pacientes ativos e recuperados.

“É necessário verificarmos internamente se essa atualização do sistema compreende somente os positivados levados em consideração pelo Estado”, ressaltou Lea. “A maioria dos pacientes internados são de outras regiões, o que também é algo que deve ser analisado, pois é um indicador que piorou e esse cálculo reflete na nossa região”.

O prefeito de Pantano Grande e presidente do Cisvale, Cassio Nunes Soares, também comentou a ação coletiva. “Queremos apresentar os indicadores das informações que o Cisvale vem levantando, pensando em toda a estruturação que cada município construiu, com as ações de enfrentamento à Covid-19, elementos importantíssimos para o recurso.”

“Estamos bem organizados”, diz médico Marcelo Carneiro

Para o médico infectologista Marcelo Carneiro, que atua junto ao Cisvale, o acompanhamento da evolução da Covid-19 na região vem desde abril, de maneira que há um controle sobre a doença. “Precisamos deixar claro ao Estado o fato de atendermos pacientes internados da nossa região, ao mesmo tempo que absorvemos também os pacientes da macrorregião, sem deixar o nosso sistema de saúde entrar em colapso. Ou seja, estamos bem organizados ao ponto de gerar uma capacidade de atendimento onde não há fila de espera, leitos no corredor e outros pontos negativos”, disse Carneiro.

Mesmo os municípios da Região 28 dentro da chamada regra 0-0, que não registraram internações ou óbitos nas últimas duas semanas (Gramado Xavier, Herveiras, Mato Leitão, Passo do Sobrado, Sinimbu, Vale do Sol, Vale Verde e Vera Cruz), e que poderão adotar protocolos previstos na bandeira laranja, confirmaram a participação na elaboração do recurso regional, enviando as ações que vem sendo feitas por eles junto à cada população. A Região 28 conta ainda em sua área de abrangência com Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Rio Pardo, Candelária e Pantano Grande.

Cisvale e Unisc assinam acordo para início de estudo da prevalência da Covid-19

Em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira, 25, o Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) e a Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul (Apesc), mantenedora da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), realizaram um ato de assinatura para o acordo de cooperação entre as entidades.

O documento estabelece as diretrizes para a execução de uma pesquisa com a finalidade de mensurar a soroprevalência de SARS-CoV-2 (vírus causador da Covid-19) na região de abrangência do Cisvale – Boqueirão do Leão, Candelária, Gramado Xavier, Herveiras, Mato Leitão, Pantano Grande, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Santa Cruz Do Sul, Sinimbu, Vale do Sol, Vale Verde, Venâncio Aires e Vera Cruz.

O evento ocorreu na sede do Cisvale, em Santa Cruz do Sul, e contou com gestores e secretários dos municípios consorciados, além de representantes da Philip Morris Brasil, Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), que são apoiadores da iniciativa.

Conforme o presidente do Cisvale e prefeito de Pantano Grande, Cassio Nunes Soares, o objetivo é manter o trabalho de combate ao novo coronavírus, com dados que direcionem o caminho a ser seguido pelos gestores para diminuir os dados à população da região.

“Desde o início dessa pandemia, tomamos atitudes em conjunto que fortaleceram os resultados. Precisamos de equilíbrio nesse momento de turbulência para que as ações sejam feitas de maneira adequada, justamente para termos os melhores resultados possíveis. Quem ganha com isso é a comunidade”, ressaltou o prefeito.

Mobilização para minimizar os efeitos

Presente no evento, o presidente da Amvarp, Paulo Butzge, salientou a parceria com o Cisvale na colaboração das ações. “Em nome da nossa associação, agradeço a todas as pessoas que entenderam o momento que estamos vivendo e a necessidade de obtermos dados concretos para a nossa região. Com essa parceria, poderemos fazer a diferença.” A execução da testagem será realizada pelos municípios que compõem o Cisvale, após a instrução técnica e científica repassada pela Unisc.

“Todos estamos mobilizados para minimizar os efeitos da Covid-19. Para nossa satisfação, a Unisc completa nesta quinta-feira seus 27 anos, e estar aqui é a evidência do nosso compromisso com a comunidade e região, sendo objeto de um convênio de pesquisa como esse. Levar ciência e produzir conhecimento que impõe melhorias para a nossa comunidade local e regional, é da nossa missão”, comentou a reitora da Unisc, professora Carmen Lúcia de Lima Helfer.

Colaboração com a comunidade

Desde o início da pandemia da Covid-19, a Philip Morris Brasil (PMB) tem investido em iniciativas de enfrentamento à pandemia em todo o País, com destaque especial para a região do Vale do Rio Pardo, onde está localizada sua operação. Desde março, a área da saúde recebe o apoio irrestrito da companhia, quer por meio de recursos financeiros ou mesmo trabalho voluntário de seus colaboradores.

A mais recente atividade endossada pela PMB é o aporte de recursos financeiros junto à Unisc para a viabilização da coordenação técnica da pesquisa realizada em parceria com o Cisvale, assim como os custos operacionais envolvidos na capacitação e deslocamento dos profissionais responsáveis pela realização dos testes nos municípios da região.

“Neste momento em que toda a sociedade sofre o impacto do coronavírus, queremos colaborar com a comunidade em geral, para que possamos superar as dificuldades o quanto antes. A região do Vale do Rio Pardo tem grande relevância para nossas operações, e é natural que estejamos juntos para superarmos esse grande desafio. Somente por meio da união de todos vamos conseguir superar esse momento crítico”, afirma Alejandro Okroglic, diretor de operações da Philip Morris Brasil.

Como irá funcionar a pesquisa

A pesquisa encomendada pelo Cisvale terá início nos dias 18 e 19 de julho, de forma simultânea nos 14 municípios consorciados ao Cisvale. Ao todo, serão quatro etapas de realização de testes, uma a cada 14 dias, sempre aos finais de semana.

Em cada etapa, serão aplicados pouco mais de mil testes rápidos – coletados a partir de uma gota de sangue retirada da ponta do dedo da pessoa testada, para ser analisada por um aparelho –, totalizando os cinco mil adquiridos pelo Cisvale. A divisão de exames para cada município será realizada a partir de um cálculo matemático, obedecendo a consideração populacional.

Quem irá aplicar os testes rápidos serão servidores municipais de cada prefeitura, sendo supervisionados por professores locais. Todos serão treinados antes de irem a campo. O médico infectologista Marcelo Carneiro será o coordenador geral do estudo. “Vamos trabalhar para que tudo funcione e saia da melhor forma possível, diante deste desafio de realizar todos os exames ao mesmo tempo em várias cidades”, comentou Carneiro. Segundo ele, a forma de análise a ser realizada entrega um diagnóstico fiel ao que o campo de pesquisa apresenta.

“O que temos percebido desde abril é que o desempenho da doença respiratória é muito parecida, e uma análise dessa forma consegue dar o retrato de como está esse comportamento para, a partir daí, entender as condutas e medidas que estamos fazendo ou o quanto isso está impactando na disseminação da doença.”

Serão divulgados relatórios parciais ao final de cada etapa e um relatório completo ao final do estudo. A previsão é de que a última etapa ocorra nos dias 29 e 30 de agosto.

Reunião debate situação da pandemia do novo coronavírus no Vale do Rio Pardo

O presidente do Cisvale, Cassio Nunes Soares, e o presidente da Amvarp, Paulo Butzge, participaram nesta quinta-feira, 18, de mais uma reunião para tratar sobre a prevenção ao coronavírus na região do Vale do Rio Pardo. O encontro ocorreu na sede da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ª CRS), em Santa Cruz do Sul.

Além da coordenadora da 13ª CRS, Mariluci Reis, participaram ainda da reunião secretários municipais de saúde, e representantes dos hospitais Ana Nery e Hospital Santa Cruz (Santa Cruz do Sul), e São Sebastião Mártir (Venâncio Aires).

Segundo o prefeito de Pantano Grande e presidente do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), a reunião serviu para a discussão da atual situação da pandemia, e das modificações na classificação que divide o Rio Grande do Sul em bandeiras amarela, laranja, vermelha e preta, de acordo com o grau de contaminação da doença nas diferentes regiões do Estado. Desde a última avaliação, o Vale do Rio Pardo retornou à bandeira amarela, que significa baixo risco de contaminação.

Apesar do bom desempenho do Vale do Rio Pardo em lidar com o coronavírus em comparação com as demais regiões do Estado e do País, o presidente do Cisvale alerta que a situação está longe de ser considerada normal, e que um retorno à bandeira laranja não está descartado.

“O governador apertou mais a fiscalização, e isso pode influenciar nas próximas semanas na classificação das bandeiras. Então, fizemos esse alerta aos gestores. Alertamos para algumas situações que pesam muito na classificação da bandeira, que são a ocupação dos leitos da UTI, para que a região possa se organizar no sentido funcional dos hospitais, no que diz respeito às cirurgias eletivas”.

O governo do Estado atualiza diariamente as informações sobre a ocupação dos leitos de UTI. As informações são repassadas diretamente pelas instituições de saúde através de um banco de dados da Secretaria Estadual da Saúde.
Segundo a Coordenadoria Regional de Saúde, os hospitais do Vale do Rio Pardo apresentam 59,5% de ocupação dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), enquanto a taxa de utilização dos aparelhos respiradores na região é de 30,2%. Atualmente, são 69 pessoas internadas nas UTI’s da região. No Estado, o índice de ocupação dos leitos de tratamento intensivo é de 73,4%.

O médico infectologista Marcelo Carneiro, que presta assessoria técnica ao Cisvale, destacou que há uma diminuição de novos casos de covid-19 na região. Segundo ele, em nenhum momento houve um grande número de internados em virtude do coronavírus no Vale do Rio Pardo. Ainda segundo o especialista, as liberações das restrições, como a reabertura do comércio, não impactaram em um aumento no número de contaminados.

“Apesar disso, é melhor pecar por excesso de cuidados, pois a gente viu o que aconteceu em 2009”, destacou Carneiro, referindo-se à pandemia do vírus H1N1 que tirou a vida de 298 gaúchos. Ele estimou ainda que o número de infectados por coronavírus na região deve começar a cair no mês de agosto, caso a situação se mantenha controlada.

Desafio maior é o retorno às aulas, destaca coordenadora da 13ª CRS

A reabertura das escolas no Rio Grande do Sul será o próximo problema que o governo estadual terá de enfrentar, segundo a coordenadora da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, Mariluci Reis. Ela abordou o assunto na reunião da 13ª CRE em conjunto com Cisvale, Amvarp, secretários municipais de saúde e dirigentes de hospitais. Para a coordenadora, ainda é difícil prever quando os alunos poderão retornar aos estudos.

“Tudo depende da situação do Estado. Talvez as escolas particulares, as escolinhas municipais dos municípios que tenham uma situação mais confortável possam começar a trabalhar primeiro”. Marluci Reis ressaltou que, quando a decisão for tomada, o governo terá que fazer “uma operação de guerra” para evitar um novo surto da doença. “A normalidade só virá com uma vacina. Do contrário, a gente vai ter que manter os cuidados, mesmo se tivermos zero casos na região”.

O Secretário de Saúde de Venâncio Aires, Ramon Schwengber, lembrou ainda que, por força da lei, os municípios não poderão usar verbas da educação para a compra de materiais de higiene para as escolas, como álcool em gel, por exemplo. Venâncio é o município mais afetado pela pandemia no Vale do Rio Pardo, com sete óbitos registrados pela Secretaria Estadual da Saúde.

“No momento, Venâncio Aires tem uma situação relativamente tranquila. Nós temos 14 leitos de UTI montados, e temos a possibilidade de aumentar em mais quatro leitos, aumentando em 80% os leitos de UTI. Hoje nós temos 12 leitos ocupados desses 14. Quatro são internações por Covid e as outras por doenças que normalmente precisam de internação. Em relação ao aumento de casos, é baixo. Diariamente dois, três ou quatro casos. Temos uma situação bem mais controlado do que acontecia há alguns dias”.

Schwengber destacou ainda que no período de inverno é normal os leitos de UTI estarem ocupados. Ele lembrou que em anos passados, mesmo sem a influência da covid-19, a taxa de ocupação de leitos de UTI foi praticamente a mesma. “Chega na época de inverno, a gente normalmente tem 100% dos leitos ocupados. A preocupação é que, além do normal, a gente tem a questão do covid. Mas o município de Venâncio aumentou em 80% o número de leitos de UTI e isso com certeza já está fazendo a diferença, finalizou o secretário.