Parceria do Cisvale garante suporte psiquiátrico aos municípios atingidos pelas enchentes

A meta é ofertar suporte psiquiátrico especializado, para a rede de saúde dos municípios afetados, a proposta voluntária prevê suporte aos médicos clínicos por telemedicina, atendimento por tele consulta para suprir problemas relacionados à depressão e ao estresse pós-traumático

Santa Cruz do Sul – O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), em parceria com médicos psiquiatras de Santa Cruz do Sul está oferecendo à rede de atenção básica de saúde dos municípios atingidos pelas enchentes, um suporte psiquiátrico. A estratégia contará com atendimento virtual para discussão de casos, emissão de receituário especial e, em alguns casos, quando necessário, teleatendimento a pacientes. O serviço já está disponível e ocorre por meio da equipe de atenção básica no próprio município atingido.

Para a presidente do Cisvale, Sandra Backes, a iniciativa de cuidar da saúde mental eleva o tom dos serviços que o consórcio, por meio de diversas parcerias, está colocando à disposição da comunidade. “É uma área na qual precisaremos cuidar muito da saúde e do bem-estar das pessoas. Muita gente perdeu tudo, perdeu entes queridos. Isso pode gerar um quadro muito grave de depressão ali na frente”, justifica.

Conforme a diretora executiva do Cisvale, Léa Vargas, a iniciativa de oferecer o atendimento surgiu dos médicos psiquiatras de Santa Cruz do Sul, que ao perceberem a necessidade, colocaram-se à disposição do consórcio. “Em meio a toda esta tragédia estamos recebendo diversas propostas de ajuda à região e isso será fundamental, tanto para a reconstrução dos municípios, quanto para manter a saúde da população. Neste caso, falamos da saúde mental que é tão ou até mais necessária em um momento de crise humanitária que estamos vivenciando”, avalia.

O atendimento ocorrerá por meio dos profissionais da saúde dos municípios que solicitarem ao Cisvale o serviço. Por meio de teleconferência, os médicos psiquiatras darão suporte ao médico, psicólogo e serviço de enfermagem dos municípios. A ideia é compartilhar práticas de atendimento, discutir casos e indicar tratamentos. Havendo necessidade, e disponibilidade profissional, pacientes poderão ser atendidos de forma on-line, por meio da telemedicina, que se tornou comum durante a pandemia da Covid-19. Inicialmente, o serviço estará disponível por 30 dias. Havendo necessidade, esta ação poderá ser continuada.

Cuidado com o estresse pós-traumático

O psiquiatra Vinícius Alves de Moraes explica que um dos fatores muito importantes na composição da saúde mental é o cuidado com o estresse pós-traumático, causado depois de catástrofes naturais como a que o Rio Grande do Sul vem vivenciando. “Uma calamidade como esta que estamos vivendo afeta a todos de forma e em momentos diferentes. O que preocupa nós, os psiquiatras aqui de Santa Cruz do Sul é, neste momento a saúde mental da população, especialmente em uma região que é endêmica em quadros de depressão e suicídio. Agora precisamos nos preocupar com o estresse pós-traumático”, avalia.

Moraes explica que o atendimento on-line, como propõe a iniciativa, viabiliza que municípios com menor estrutura possam ter o atendimento especializado, que na avaliação dele, poderá ser até mesmo mantido no futuro.

O psiquiatra diz ainda que questões ligadas ao alcoolismo e uso de drogas ilícitas podem elevar os problemas de saúde mental na região. “Por isso é importante mapear todos os efeitos desta catástrofe para estarmos atentos ao impacto delas na saúde mental da população. O alcoolismo e uso de drogas estão relacionados aos quadros depressivos e causam problemas graves na saúde do paciente e da própria família”, revela.

Cisvale, Seasc e CREA-RS organizam força-tarefa para avaliação de imóveis atingidos nas enchentes

Ação realizada em parceria foca na emissão de laudos para permitir a volta para casa das famílias; trabalho é voluntário e ocorre em auxílio aos municípios para dar sequência ao processo de reconstrução das cidades

Santa Cruz do Sul – O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), A Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos de Santa Cruz do Sul (Seasc) e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio Grande do Sul (CREA-RS) realizam, em parceria, a partir do fim de semana uma força-tarefa para a avaliação de 130 imóveis em Sinimbu. O trabalho, que será executado por engenheiros voluntários tem por principal objetivo acelerar o processo de vistoria e possível liberação de prédios para a reconstrução das cidades atingidas. Além de Sinimbu o município de Venâncio Aires já demonstrou interesse na parceria firmada entre o consórcio e as entidades.

Segundo a presidente do Cisvale, Sandra Backes, a atividade é de grande importância e chega em um momento crucial para a retomada das atividades nos municípios mais atingidos pelas enchentes. “Em Sinimbu, nosso levantamento inicial aponta que precisamos vistoriar cerca de 130 imóveis, para que possamos saber as reais condições destas construções após os danos causados pela enchente, assim tomar as medidas necessárias neste momento. É uma ajuda de valor incalculável para as centenas de famílias atingidas por esta grande tragédia”, avalia Sandra, que é prefeita de Sinimbu.

Durante o fim de semana, dezenas de engenheiros voluntários do Estado estarão em Sinimbu para a realização das visitas e análises dos imóveis danificados. Todo este material será compilado e analisado, já no início da próxima semana. “Esta agilidade colabora muito com o momento atual. Passada a fase de ajuda humanitária, temos que reunir esforços agora para dar início à reconstrução das cidades”, comenta a presidente.

Para a diretora executiva do Cisvale Léa Vargas, a parceria com a Seasc e o CREA-RS reforça a missão de utilidade pública do consórcio, que atua junto à linha de frente no enfrentamento à situação de crise gerada por conta dos eventos climáticos que prejudicam todo o Estado desde o início do mês de maio. “Estamos em uma situação na qual toda a ajuda é necessária e bem-vinda. A parceria entre a Seasc, Cisvale e os profissionais vinculados ao Conselho Estadual torna-se uma ferramenta poderosa para conseguirmos dar a volta por cima nesta situação de calamidade pública”, diz.”, diz.

Movimento institucional

O presidente da Seasc, o engenheiro Leo Azeredo explica que a diretoria da entidade entendeu que seria necessário um apoio aos municípios, no que se refere a vistoria das edificações atingidas pelas enchentes. “A partir desta demanda, entendemos que iríamos colaborar de forma técnica com os municípios, por meio do Cisvale. Iniciamos por Sinimbu, onde foi levantada a necessidade de vistoria nestas edificações, para que seja identificada a viabilidade de ocupação e retorno às estas estruturas”, justifica.

Azeredo explica que a partir desta demanda, a Seasc entrou em contato com o CREA-RS, que já realizava um movimento para captação de voluntários no Estado. “Conseguimos aproximar os profissionais técnicos do Cisvale, resultando neste trabalho que irá ocorrer no sábado. Eles irão avaliar o que precisa ser feito, quais as edificações podem ser reocupadas e quais edificações estão comprometidas e as abordagens que precisam ser realizadas”, complementa o engenheiro.

Venâncio Aires precisa vistoriar mais de 300 imóveis

Ao lado de Sinimbu, o município de Venâncio Aires integra o grupo de cidades mais atingidas pelas enchentes no Vale do Rio Pardo, estimando em mais de 300 unidades habitacionais que necessitam de vistoria estrutural pós-desastre. Conforme a prefeitura, o município não dispõe da quantidade de mão de obra capaz de fazer frente a esta demanda que é urgente. Todos os demais municípios que necessitarem do serviço podem fazer o pedido ao Cisvale, como Venâncio e Sinimbu. “Por isso que este mutirão que começou após uma visita ao município de Sinimbu tornou viável a realização desta atividade. Já temos mais de 15 engenheiros confirmados, que irão participar da atividade já no fim de semana”, reforça Léa Vargas, diretora executiva do Cisvale.

De acordo com a diretora, a força-tarefa criada para fazer frente à necessidade de vistoria em imóveis conta com a expertise do CREA-RS. “Uma força-tarefa semelhante ocorreu no ano passado, no Vale do Taquari, quando as enchentes de setembro e novembro devastaram vários municípios na região. Trata-se de um trabalho muito importante e necessário para o atual momento, permitindo assim uma avaliação das condições dos imóveis.”, complementa Léa.

Centro TEA do Cisvale auxilia famílias em meio à catástrofe climática

Os serviços podem ser acessados por meio dos Pontos Focais – profissionais qualificados e vinculados ao Centro TEA – de cada município que são das áreas de Assistência Social, Saúde e Educação

Santa Cruz do Sul – O Centro Regional de Referência em Transtornos do Espectro do Autismo (Centro TEA) – Programa Estadual TEAcolhe – do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) realiza um trabalho especializado de acolhimento aos pacientes com autismo, após a catástrofe climática que gerou a destruição na região. O serviço está disponível junto dos 13 municípios consorciados e tem como objetivo realizar o acolhimento destes pacientes que também sofrem com as circunstâncias geradas pelo estado de calamidade vivenciada.

Segundo a presidente do Cisvale Sandra Backes, os pacientes com TEA necessitam de um olhar diferenciado em meio à situação que a região passou enfrentar após as enchentes do início do mês de maio. “Precisamos promover um acolhimento, estender uma atenção especial, porque podem ocorrer mudanças consideráveis no comportamento, em função de toda esta pressão e condições adversas que estamos vivendo”, justifica a presidente.

Sandra diz que assim como o próprio Consórcio, os serviços como do Centro TEA, que é referência regional no trato de pessoas com autismo, precisa estar à disposição, igualmente, especialmente neste momento. “É fundamental que os pacientes e as suas famílias sintam-se amparados e que tenham acesso a este acolhimento que estamos proporcionando a partir de agora. Todos estamos passando por um momento delicado, e as pessoas com autismo sentem muito.”

A diretora executiva do Cisvale Léa Vargas ressalta que as ações de cuidado propostas pelo Centro TEA têm como objetivo proporcionar a orientação na aos profissionais da rede de assistência à saúde, assistência social e educação. “Os serviços podem ser acessados por meio dos Pontos Focais – profissionais qualificados e vinculados ao Centro Regional de Referência”, complementa a diretora.

Cisvale adia execução de planos de saneamento e diagnóstico socioambiental

Santa Cruz do Sul – O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) adiou os serviços de campo, realizados nos municípios, para o levantamento das informações de atualização dos Planos Municipais de Saneamento Básico e criação do Diagnóstico Ambiental dos municípios.

A medida foi adotada por conta catástrofe ambiental que atingiu toda a região no início do mês de maio, causando inundações e destruição em vários municípios do Vale do Rio Pardo. Conforme a presidente do Cisvale, Sandra Backes, o esforço neste momento inicial concentra-se na retomada de serviços básicos como o próprio fornecimento de água e energia elétrica e o atendimento às famílias desabrigadas.

A intenção é que, assim que possível, o serviço executado pela equipe da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) possa ser retomado, para que o cronograma final – com a conclusão dos estudos e indicativos das ações aos municípios – não seja prejudicado. A meta projetada é que todo o trabalho seja apresentado entre os meses de março e abril de 2025.  

Grupo Educacional Faveni doa R$ 1 milhão ao Cisvale para o PIX Solidário

Doações arrecadadas por meio da mobilização serão direcionadas para as prefeituras para uso na reconstrução dos municípios; campanha está ativa e todos podem participar. Entenda como será a distribuição dos recursos

Santa Cruz do Sul – O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) recebeu o valor de R$ 1 milhão de Reais em uma transferência do Grupo Educacional Faveni, mantenedora da Faculdade e Colégio Dom Alberto. Os recursos serão destinados ao PIX Solidário, que recebe valores em conta aberta especialmente aberta para esta arrecadação, com o objetivo de ajudar os municípios na reconstrução do Vale do Rio Pardo.

Lançado na terça-feira, 30 de abril, o PIX Solidário foi implementado como uma ferramenta de mobilização para arrecadação de doações para os municípios da região atingidos pelas cheias e pelos temporais. Conforme a presidente do Cisvale, Sandra Backes, toda a ajuda será necessária para a retomada das atividades nos municípios. “Algumas cidades como Sinimbu, Candelária, Vera Cruz, Rio Pardo e Santa Cruz do Sul foram muito prejudicadas pelas enchentes que praticamente devastaram nossa região. A intenção é fazer com que mais pessoas doem e consigamos reunir o maior volume de recursos”, justifica Sandra.

Segundo a diretora executiva do Cisvale, Léa Vargas, a divisão dos recursos será conforme o grau de catástrofe de cada município da região. “Queremos que estes valores estejam disponíveis com a maior agilidade, na conta das prefeituras, o que deve ocorrer já a partir de 08.05.24 – ou seja, de forma imediata. Entendemos que este é um momento muito difícil, e daqui para frente, os gestores terão enormes desafios para conseguir reconstruir as cidades arrasadas em decorrência desta grande tragédia climática”, pontua.

A diretora executiva do Cisvale explica que qualquer empresa pode fazer doações diretas ao Consórcio, que utilizará os recursos para a divisão entre os municípios atingidos. “É importante frisar que o PIX Solidário do Cisvale é a garantia de emprego dos recursos doados para a nossa região. Tudo que for arrecadado aqui ficará com os municípios que estão passando por dificuldade. É muito importante que outras empresas e entidades que têm condições participem desta ação regional”, complementa Léa Vargas.  

Como ajudar a região

O PIX Solidário é o número do CNPJ do Cisvale – 07.664.821/0001-71 – e a doação pode ser feita por meio da chave ou através da leitura do QR code criado para facilitar a ação. As doações podem ser feitas também pelo depósito direto na conta corrente 04.255876.0-9, agência 0340, do Banrisul – favorecido “CISVALE”. “É muito importante que todos as pessoas que têm condições de ajudar façam a sua doação. As comunidades precisam de tudo e os municípios são o primeiro acesso para este atendimento”, reforça a presidente do Cisvale, Sandra Backes.

Fundo de Calamidade Pública

O Conselho Administrativo do Consórcio definiu, na tarde da última terça-feira, 7 de maio, as regras de divisão dos recursos que serão arrecadados por meio do PIX Solidário do Cisvale. O valor das doações irá compor Fundo de Emergência e Calamidade Pública, que será dividido entre os municípios em duas rodadas de repasses.

A primeira rodada, que irá utilizar os recursos da doação do Grupo Educacional Faveni ocorrerá por meio de três categorias. R$ 10 mil Reais para cada município consorciado que tenha decretado situação de emergência. R$ 30 mil Reais para cada município que decretou e teve homologada a situação de calamidade pública. R$ 5 mil Reais para cada nível de desastre. Os valores de R$ 10 e 30 mil são alternativos, não acumuláveis pelo município. Já o repasse para cada nível de desastre obedecerá aos critérios dos decretos municipais ou estadual.

Os municípios terão que pedir ao Cisvale o repasse financeiro de acordo com os critérios estabelecidos pelo Consórcio, indicando as formas de utilização dos valores. A prestação de contas da aplicação dos recursos precisa ocorrer em até 30 dias após o recebimento e a área financeira e fiscal do Cisvale terá até 15 dias para analisar a prestação de contas enviada.  

Após a utilização dos valores iniciais, o município poderá fazer um novo pedido complementar de igual valor, para a segunda rodada de pagamentos. Esta solicitação será atendida caso haja recursos disponíveis no Fundo de Emergência e Calamidade Pública, instituído por meio do PIX Solidário Cisvale. O saldo restante do fundo poderá ser repassado de forma proporcional aos municípios.  

Coronel Bonfanti é nomeado Coordenador Regional da Defesa Civil pelo Cisvale

Nomeação tem por objetivo auxiliar os municípios atingidos pela enchente na reestruturação e resposta à situação de calamidade pública instalada no Vale do Rio Pardo

Santa Cruz do Sul – O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) nomeou, na manhã desta quinta-feira, 2, o coronel da reserva do Corpo de Bombeiros Cesar Eduardo Bonfanti, Coordenador Regional da Defesa Civil pelo Cisvale. O objetivo é colocar a experiência do coronel a serviço dos municípios atingidos pelas enchentes, oferecendo planejamento e execução de ações de resposta à calamidade vivida pelo Vale do Rio Pardo.

De acordo com a presidente do Cisvale, Sandra Backes, é evidente que a região necessita de um comando especializado para a tomada de decisões e a ação rápida para planejar ações de defesa civil, com suporte aos municípios do Vale do Rio Pardo. “Considerando a disponibilidade do coronel Bonfanti, que tem elevada experiência pública em gestão de crises, em especial como a crise calamitosa que agora se apresenta em toda a região, fizemos a nomeação dele como Coordenador Regional da Defesa Civil pelo Cisvale”, explica.

O coronel Bonfanti que foi comandante regional do Corpo de Bombeiros em Santa Cruz do Sul encara a tarefa como um grande desafio, frente às grandes necessidades que os municípios apresentam neste momento. “Agora é hora de ação e organização dos municípios para que eles possam receber a devida ajuda. Nossa prioridade é atender o município de Sinimbu, que teve todas as suas estruturas afetadas, sendo um dos municípios mais prejudicados”, destaca.

Conforme o Coordenador Regional da Defesa Civil, a intenção é ir até Sinimbu e verificar as condições do município, verificando quais as reais necessidades da comunidade. “O momento é de salvamento, que é um tanto quanto difícil, porque o clima não está ajudando. Mas sem dúvida, o faremos da melhor forma possível. E é muito importante que a gente já se organize para quando o clima melhorar estejamos prontos a oferecer toda esta ajuda que será necessária”, confirma o coronel.

Segundo a diretora executiva do Cisvale, Léa Vargas, a nomeação do coronel Bonfanti ocorreu de maneira imediata, para que a resposta à necessidade de atendimento à região seja a mais rápida possível. “É a nossa contribuição também enquanto consórcio e entidade que representa os municípios consorciados, criar ações e estratégias coletivas para o suporte às prefeituras e as suas populações”, pontua a diretora ao afirmar que o Consórcio colocou toda a estrutura física à disposição e atua em conjunto com o Gabinete de Crise do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, instalado na última quarta-feira, pelo vice-governador do Estado, Gabriel Souza.

Região fará unificação de pedidos ao governo do RS e União

Grupo formado por prefeitos, deputados estadual e federal, autoridades de segurança pública e gestores decidiu pela unidade na pauta de pedidos dos municípios atingidos pela enchente no Vale do Rio Pardo

Santa Cruz do Sul – O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) decidiu, na tarde desta quarta-feira, 1º/05, a partir de uma reunião com prefeitos, representantes da segurança pública, deputados estadual e federal da região e demais gestores, pela criação de uma pauta coletiva de ajuda ao Vale do Rio Pardo. Haverá uma mobilização para que se listem as principais necessidades, as mais imediatas, para que estas sejam encaminhadas ao vice-governador, Gabriel Souza, que irá comandar um Comitê Regional de Crise, a partir de Santa Cruz do Sul.

Conforme o assessor jurídico do Consórcio, Diogo Durigon, a intenção é reunir em um único documento todas as demandas emergenciais, que necessitam de apoio dos governos estadual e federal. “Existem situações que são comuns, em praticamente todos os municípios e a ideia neste momento é somar esforços para encaminhar estas pautas todas de maneira coletiva”, propõe. O documento será formatado e deverá ser entregue ao vice-governador do Estado, Gabriel Souza, que deve chegar a Santa Cruz do Sul ainda na noite desta quarta-feira. Ele ficará junto ao Comando Regional de Polícia Ostensiva (CRPO), de onde irá coordenar as ações na região.

O comandante do CRPO, coronel Giovane Paim Moresco, que também participou da reunião virtual destaca que uma das principais ações emergenciais que a região necessita diz respeito à logística e o acesso aos municípios mais atingidos. “Assim como outras entidades estamos colocando todo o nosso vigor institucional a disposição dos prefeitos e demais gestores, para auxílio na segurança e cuidado das pessoas atingidas pelas enchentes. Acreditamos que a criação da construção coletiva na busca pelo auxílio.

O deputado federal Heitor Schuch destaca a vinda de uma comitiva com a presença de pelo menos três ministros do governo federal. De acordo com ele, se houver condições favoráveis no clima, os ministros da Defesa, José Múcio Monteiro, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes e o ministro das Comunicações, Paulo Pimenta, estão com agenda para chegar a Santa Cruz do Sul na sexta-feira. “Precisamos utilizar a experiência do Vale do Taquari, que nas enchentes do ano passado também centralizou as ações, com a criação de pautas coletivas e a unidade na formalização de pedidos”, disse.

Medidas precisam sair do papel

O prefeito de Vera Cruz Gilson Becker cobrou mais ação dos governos estadual e federal. Segundo ele, do temporal que devastou o município ainda no ano passado, a administração não conseguiu se quer uma telha para ajudar as famílias. “Estamos com uma dificuldade enorme de prestar socorro às pessoas. Sabemos que há helicópteros e aeronaves para vir, mas isso precisa ser imediato. Da mesma forma, os decretos de emergência são criados, mas o auxílio não chega às prefeituras”, critica.

Os pedidos de auxílio foram ratificados também pelo prefeito de Pantano Grande, Mano Paganotto e pelo deputado estadual Edivilson Brum, que acompanha a situação do município de Rio Pardo. A presidente do Cisvale, prefeita de Sinimbu, Sandra Backes não participou do encontro, pois o município é um dos mais atingidos no Vale do Rio Pardo, a representação técnica do Cisvale conduziu a reunião, por meio do assessor jurídico Diogo Durigon e da diretora executiva Léa Vargas. Igualmente, o presidente da Amvarp, Carlos Bohn, prefeito de Mato Leitão, também foi representado.

Todos os 17 municípios consorciados farão agora o levantamento das necessidades mais urgentes, para a criação do documento unificado do Vale do Rio Pardo. Após esta seleção, o documento único deverá ser entregue ao vice-governador no Comitê de Crise Regional instalado em Santa Cruz do Sul.

Cisvale cria PIX Solidário para o Vale do Rio Pardo

Arrecadação tem como objetivo ajudar a reconstrução dos municípios atingidas pelos eventos climáticos que iniciaram durante o fim de semana na região

Santa Cruz do Sul – O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) criou o PIX Solidário do Vale do Rio Pardo para receber doações para os municípios do Vale do Rio Pardo, atingidos pelo temporal do último sábado, 27/04 e as enchentes ocasionadas pelas frequentes chuvas que castigam a região desde o último fim de semana. A intenção é arrecadar recursos para o rateio entre os municípios e o auxílio às famílias atingidas pelas enchentes.

De acordo com a presidente do Consórcio, Sandra Backes, todos os esforços contam na hora de ajudar a população atingida pelas cheias e temporais dos últimos dias. “Estamos vivendo uma situação completamente inesperada, que atingiu praticamente todos os municípios, causando perdas e transtornos. Ainda não há como saber a extensão desta tragédia que atingiu o Rio Grande do Sul e a nossa região, no entanto, precisamos contar com o apoio de todos nesta hora”, destaca.

A chave-pix é o CNPJ do Cisvale – 07664821000171 – que direciona para uma conta na qual serão depositados todos os valores para posterior rateio entre os municípios consorciados da região. “Ainda não temos qual será o critério de divisão, porque neste momento o mais importante é unir forças para ajudar as prefeituras que estão em emergência”, enfatiza a presidente.

A iniciativa é apoiada também pela Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp). Conforme o presidente da associação, Carlos Bohn, a ideia é conseguir mobilizar a comunidade regional para arrecadar o maior valor possível, que será usado em socorro aos municípios atingidos e a reconstrução de espaços devastados durante os eventos climáticos. “Mais do que nunca, necessitamos do apoio de toda a nossa comunidade. Convidamos a todas as pessoas, empresas e instituições que podem fazer a sua doação a participar desta grande corrente de solidariedade”, complementa.

As doações podem ser feitas por meio da chave-pix, ou pela conta corrente 04.255876.0-9, agência 0340, do Banrisul – favorecido “FPE 2816 23”. Os valores serão depositados em uma conta administrada pelo Cisvale e, posteriormente, divididos entres os 17 municípios consorciados atingidos pelas cheias.

Foto: Município de Candelária / Reprodução PORTAL GAZ – Gazeta do Sul

Centro TEA do Cisvale realiza formação para educadores do Estado

Evento realizado em parceria com a 6ª CRE reforça o projeto de qualificação dos profissionais da educação, com foco na supervisão, orientação escolar e professor da sala de recursos

Santa Cruz do Sul – O Centro Regional de Referência em Transtorno do Espectro do Autismo (Centro TEA) do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) executou mais uma etapa do programa Acolher é Desenvolver, com a formação de profissionais da educação para o manejo com alunos com autismo. Em parceria com a 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) de Santa Cruz do Sul, o evento reuniu supervisores, orientadores e professores das salas de recurso de escolas estaduais da região. Na oportunidade, a discussão sobre as a inclusão e o papel de cada profissional neste processo, pautou o encontro.

Para a presidente do Cisvale, Sandra Backes, a adesão dos profissionais estaduais da educação dá uma nova dimensão para o programa Acolher é Desenvolver, criado pelo consórcio no ano passado. “Estamos usando as nossas ferramentas, o conhecimento de nossos profissionais e de palestrantes especialistas para primeiro, ampliar o conhecimento sobre o autismo, e junto a isto, criar um novo ambiente de inclusão nas salas de aula. É um trabalho que agora alcança mais uma parcela dos alunos, por meio das escolas estaduais”, avalia Sandra.

A palestra “Processo Inclusivo, qual o Seu Papel?” realizada no Auditório Central da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) na manhã desta quarta-feira, 24, contou com a presença de mais de 200 educadores da região. Conforme a neuropsicopedagoga e especialista em educação inclusiva Vanessa Freitas Nascimento, a formação de profissionais ligados ao o serviço do atendimento educacional especializado, que conta com o professor da sala de recursos, orientador e supervisor educacional, amplia o raio de atenção, não apenas para os alunos com transtorno do Espectro do Autismo (TEA). “Essa formação vem contribuir na educação da pessoa com autismo, assim como as pessoas com deficiências sensoriais, física, auditiva, intelectual e das pessoas com altas habilidades, também conhecidos pelo termo popular de superdotados. Trata-se de uma grande contribuição para a comunidade escolar”, reforça.

Vanessa explica ainda que o atendimento especializado na escola ajuda a eliminar barreiras que impeçam o estudante de desempenhar seu pleno papel de direito e deveres dentro de uma instituição de ensino. “Pensando no autismo, o trabalho é desafiador, pois é necessário conhecer os tipos diferentes de autismo, pois existem tipos de potencialidades diferentes. Acolher e conhecer para poder fazer o melhor dentro do nosso serviço dentro de todos os espaços de uma escola”, recomenda.

A importância da conscientização

A especialista em educação inclusiva explica que quando uma escola possui alunos com diagnóstico TEA, precisa fazer um trabalho que é coletivo pró-conscientização. “Esta é uma ação da escola toda. O estudante não é de uma turma, mas sim, daquela instituição de ensino. Por isso além desta inclusão, na sequência deve se pensar em um plano educacional, contemplando todas as formas pedagógicas disponíveis dentro de um espaço escolar, para sermos mais assertivos com relação ao aluno autista”, complementa Vanessa Freitas Nascimento.

De acordo com o coordenador da 6ª CRE, Luiz Ricardo Pinho de Moura, o trabalho realizado na formação do “trio” de profissionais – orientação, supervisão e professor da sala de recursos – torna-se essencial no ambiente escolar. “Estamos levando para dentro das instituições algo que a gente precisa muito aprender sobre nossos alunos, sobre o autismo, que ainda é um tema novo. Quando mais socializarmos sobre esta questão, melhores seremos em sala”, afirma.

O coordenador ressalta que a realização de parcerias com o Cisvale, para a promoção de encontros como ocorrido na Unisc, caminha para o aprimoramento do conhecimento. “Por meio disso podemos revelar o protagonismo do nosso estudante que talvez por desconhecimento nosso, ou desconhecimento, não aparece neste espaço. Sabendo melhor, podemos assegurar todos os direitos do aluno com autismo também no ambiente escolar”, pontua Pinho de Moura.  

Sicredi Vale do Rio Pardo confirma apoio e adesão à Gincana Regional

Ação será lançada no próximo dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, e irá envolver escolas da região na coleta e destinação de resíduos sólidos; projeto terá regras e edital definidos nas próximas semanas

Santa Cruz do Sul – Após agenda com o Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), a Cooperativa Sicredi confirmou a participação na realização do projeto Gincana Regional – “Coleta de Resíduos entre Escolas: Unindo Forças pela Sustentabilidade”. A ação faz parte da Agenda Ambiental Cisvale 2030, e tem como objetivo elevar a consciência acerca do destarte de resíduos sólidos na região. Para isso, será feita uma competição entre instituições de ensino, fortalecendo a retirada destes materiais do resíduo comum, em uma disputa educativa. A Gincana Regional será lançada no Dia Mundial do Meio Ambiente, próximo dia 5 de junho e deverá premiar a escola que mais arrecadar materiais.

A proposta de parceria e realização da Gincana Regional foi encaminhada ao presidente da cooperativa, Heitor Petry, na última semana. Segundo ele, a proposta pedagógica da atividade está alinhada com os projetos do Sicredi, que na região atua na área por meio das Cooperativas Escolares, em 30 escolas do Vale do Rio Pardo. “A realização de uma gincana se encontra com a nossa proposta de trabalhar os temas de cooperação e sustentabilidade. O projeto como um todo do Cisvale é visto por nós como muito positivo”, reforça.

Esta é a segunda ação apoiada pelo Sicredi. O Concurso Cultural para escolha do Slogan da agenda – ação que está em fase de execução junto às escolas também conta com o apoio da cooperativa. Para a presidente do Cisvale, Sandra Backes, contar com um parceiro que ajuda a materializar as ações de cuidado com o meio ambiente eleva também a importância da Agenda Ambiental Cisvale 2030. “Estamos muito felizes, porque o Sicredi tem esta importante presença em nossas comunidades e é reconhecido por esta atenção ao meio ambiente. Desta forma estamos criando um movimento duradouro e que tem tudo para crescer cada vez mais”, avalia.

Segundo a diretora executiva do Cisvale, Léa Vargas, a adesão de entidades e organizações vai além de viabilizar os custos de realização da Agenda Ambiental Cisvale 2030. “Isso mostra quanto é importante o que estamos fazendo, pois a iniciativa recebe apoio de muitas entidades e empresas. Estamos criando uma rede de cooperação e divulgação do meio ambiente”, destaca.

O edital e as regras da Gincana Regional serão formatados ainda no mês de abril. A intenção é que a atividade possa ser lançada no Dia Mundial do Meio Ambiente, em 5 de junho, passando pelo Dia do Cooperativismo – comemorado em 6 de julho – sugestão do Sicredi, que passa a ser realizador em conjunto da atividade. “A gente percebe que aqui está nascendo uma grande parceria e para o Cisvale, que reconhece a importância do Sicredi no Vale do Rio Pardo é uma grande oportunidade”, pondera a presidente do Consórcio.