Cisvale solicita cinco pontos de monitoramento dos rios ao Estado

Ajustes foram propostos à Secretaria Estadual da Reconstrução Gaúcha, que contratou a instalação de 130 estações pluviométricas, das quais, cinco unidades podem beneficiar o serviço da Defesa Civil regional

Santa Cruz do Sul – O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), por meio do Comitê Pró-Clima, solicitou ao governo do Estado a readequação na posição de cinco unidades de monitoramento do clima, realizado por estação pluviométricas automáticas, que serão instaladas no Vale do Rio Pardo, o ajuste, necessário aos parâmetros técnicos dos engenheiros e profissionais que compõe a área técnica do Comitê. O encontro ocorreu com o subsecretário de projetos da pasta, Guilherme Bartels, responsável pelo projeto das estações pluviométricas do Estado.

Segundo o engenheiro ambiental Roberto de Monte Baccar Pilz, membro da Câmara Setorial de Meio Ambiente do Cisvale e do Comitê Pró-Clima, após análise do projeto criado pelo governo do Estado, foram detectadas pelo menos cinco áreas, nas quais os equipamentos serão instalados, precisam de ajustes para tornarem-se mais efetivos para a região. “Criamos inclusive um mapeamento que será encaminhado, com a justificativa do porquê de cada ponto sinalizado pela equipe técnica regional. Gostaríamos de sugerir adequações, ou até mesmo adesões a este edital do estado”, pontua.

Conforme Bartels, ao criar o projeto, a Secretaria Estadual da Reconstrução Gaúcha, o projeto contempla localizações macrorregionais, para que se pudesse criar o mapeamento do que seria necessário para o monitoramento pluviométrico. “A partir disso será necessário que a empresa que foi contratada realize uma vistoria técnica para saber, de fato, se esta sinalização feita no projeto está adequada com a necessidade”, destaca.

Na solicitação apresentada pelo Cisvale, conforme o subsecretário, há pontos nos quais as estações sugeridas pela região constam em proximidade com os pontos apresentados no projeto, situações nas quais ele acredita que poderão ser feitos ajustes. “Nossa ideia inicial era fornecer uma ideia onde seriam colocadas estas estações, necessitando posteriormente um ajuste a esta nova rede de monitoramento pluviométrico do Estado.”

Interligações dos sistemas

Para o presidente do Cisvale Gilson Becker, outra necessidade, além do mapeamento dos cinco pontos para instalações de estações pluviométricas (veja lista), com o objetivo de empregar uma maior eficiência ao modelo de monitoramento que será criado, é a compatibilização de informações entre equipamentos e redes de informação. “Precisamos ver com o governo do Estado um modo de interligarmos todas as estações – estas do governo – e as nossas, quando forem adquiridas. Nossa ideia é que possamos unificar todos estes dados dentro de uma única plataforma”, destaca Becker, ao dizer que esta condição é importante, antes da aquisição dos equipamentos via Cisvale. O tema será pauta da próxima assembleia de prefeitos, marcada para ocorrer em Vera Cruz, antes da abertura da Feira da Produção.

O subsecretário de projetos Guilherme Bartels explica que a integração de informações parece, neste momento, um dos pontos mais fáceis de acerto com a região, segundo ele, o governo do Estado trabalha para agregar informações de vários entes federativos, como o próprio governo federal, por meio da Agência Nacional das Águas (ANA) e outros sistemas de monitoramento. “A inclusão de alguma rede que o Cisvale venha adquirir poderá ser adicionada a este sistema que será mais robusto, contando com todas as estruturas de apoio, para fazer com que as informações auxiliem a todos que necessitem delas.”

Sugestões encaminhadas ao estado

1 – Arroio Castelhano – Distrito de Monte Alverne, Santa Cruz do Sul. Escolha foi estrategicamente definida para fins de prevenção e proteção da população local, cuja área é densamente ocupada por residências, comércios, serviços e escola, além de abrigar o Hospital de Monte Alverne — referência regional em serviços de saúde, especialmente nas especialidades de otorrinolaringologia e reumatologia;

2 – Arroio Andreas – Vera Cruz. Escolha deste ponto em razão da significativa presença de propriedades rurais, residências, indústrias e da Escola Municipal de Ensino Fundamental São Sebastião. Destaca-se, ainda, a proximidade ao ponto de captação de água bruta da Estação de Tratamento de Água do Município, bem como a posição a montante da ponte da estrada de Linha Andreas, via que conecta a localidade ao centro urbano de Vera Cruz e à rodovia RSC-287;

3 – Rio Jacuí – Rio Pardo. Instalação da estação pluviométrica no Bairro Fortaleza, zona urbana do Município de Rio Pardo, em virtude da relevância e do impacto do afluente Rio Pardo que deságua nas proximidades da área urbanizada da cidade. Além disso, o ponto é fundamental para o monitoramento do nível do Rio Jacuí a montante dos municípios de Vale Verde e General Câmara;

4 – Arroio Plumbs – Vale do Sol. Sugestão de instalação da estação na proximidade com a ponte existente na rodovia RSC 287, considerada de fundamental importância para a logística de transportes do Vale do Rio Pardo e do estado do Rio Grande do Sul. Além disso, no entorno da área encontram-se diversas unidades residenciais, comércio e uma escola municipal;

5 – Rio Jacuí – Vale Verde. O município de Vale Verde, foi estrategicamente definido, em virtude da presença de núcleos habitacionais na região, promovendo um monitoramento mais efetivo para fins de prevenção.