Cisvale solicita cinco pontos de monitoramento dos rios ao Estado

Ajustes foram propostos à Secretaria Estadual da Reconstrução Gaúcha, que contratou a instalação de 130 estações pluviométricas, das quais, cinco unidades podem beneficiar o serviço da Defesa Civil regional

Santa Cruz do Sul – O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), por meio do Comitê Pró-Clima, solicitou ao governo do Estado a readequação na posição de cinco unidades de monitoramento do clima, realizado por estação pluviométricas automáticas, que serão instaladas no Vale do Rio Pardo, o ajuste, necessário aos parâmetros técnicos dos engenheiros e profissionais que compõe a área técnica do Comitê. O encontro ocorreu com o subsecretário de projetos da pasta, Guilherme Bartels, responsável pelo projeto das estações pluviométricas do Estado.

Segundo o engenheiro ambiental Roberto de Monte Baccar Pilz, membro da Câmara Setorial de Meio Ambiente do Cisvale e do Comitê Pró-Clima, após análise do projeto criado pelo governo do Estado, foram detectadas pelo menos cinco áreas, nas quais os equipamentos serão instalados, precisam de ajustes para tornarem-se mais efetivos para a região. “Criamos inclusive um mapeamento que será encaminhado, com a justificativa do porquê de cada ponto sinalizado pela equipe técnica regional. Gostaríamos de sugerir adequações, ou até mesmo adesões a este edital do estado”, pontua.

Conforme Bartels, ao criar o projeto, a Secretaria Estadual da Reconstrução Gaúcha, o projeto contempla localizações macrorregionais, para que se pudesse criar o mapeamento do que seria necessário para o monitoramento pluviométrico. “A partir disso será necessário que a empresa que foi contratada realize uma vistoria técnica para saber, de fato, se esta sinalização feita no projeto está adequada com a necessidade”, destaca.

Na solicitação apresentada pelo Cisvale, conforme o subsecretário, há pontos nos quais as estações sugeridas pela região constam em proximidade com os pontos apresentados no projeto, situações nas quais ele acredita que poderão ser feitos ajustes. “Nossa ideia inicial era fornecer uma ideia onde seriam colocadas estas estações, necessitando posteriormente um ajuste a esta nova rede de monitoramento pluviométrico do Estado.”

Interligações dos sistemas

Para o presidente do Cisvale Gilson Becker, outra necessidade, além do mapeamento dos cinco pontos para instalações de estações pluviométricas (veja lista), com o objetivo de empregar uma maior eficiência ao modelo de monitoramento que será criado, é a compatibilização de informações entre equipamentos e redes de informação. “Precisamos ver com o governo do Estado um modo de interligarmos todas as estações – estas do governo – e as nossas, quando forem adquiridas. Nossa ideia é que possamos unificar todos estes dados dentro de uma única plataforma”, destaca Becker, ao dizer que esta condição é importante, antes da aquisição dos equipamentos via Cisvale. O tema será pauta da próxima assembleia de prefeitos, marcada para ocorrer em Vera Cruz, antes da abertura da Feira da Produção.

O subsecretário de projetos Guilherme Bartels explica que a integração de informações parece, neste momento, um dos pontos mais fáceis de acerto com a região, segundo ele, o governo do Estado trabalha para agregar informações de vários entes federativos, como o próprio governo federal, por meio da Agência Nacional das Águas (ANA) e outros sistemas de monitoramento. “A inclusão de alguma rede que o Cisvale venha adquirir poderá ser adicionada a este sistema que será mais robusto, contando com todas as estruturas de apoio, para fazer com que as informações auxiliem a todos que necessitem delas.”

Sugestões encaminhadas ao estado

1 – Arroio Castelhano – Distrito de Monte Alverne, Santa Cruz do Sul. Escolha foi estrategicamente definida para fins de prevenção e proteção da população local, cuja área é densamente ocupada por residências, comércios, serviços e escola, além de abrigar o Hospital de Monte Alverne — referência regional em serviços de saúde, especialmente nas especialidades de otorrinolaringologia e reumatologia;

2 – Arroio Andreas – Vera Cruz. Escolha deste ponto em razão da significativa presença de propriedades rurais, residências, indústrias e da Escola Municipal de Ensino Fundamental São Sebastião. Destaca-se, ainda, a proximidade ao ponto de captação de água bruta da Estação de Tratamento de Água do Município, bem como a posição a montante da ponte da estrada de Linha Andreas, via que conecta a localidade ao centro urbano de Vera Cruz e à rodovia RSC-287;

3 – Rio Jacuí – Rio Pardo. Instalação da estação pluviométrica no Bairro Fortaleza, zona urbana do Município de Rio Pardo, em virtude da relevância e do impacto do afluente Rio Pardo que deságua nas proximidades da área urbanizada da cidade. Além disso, o ponto é fundamental para o monitoramento do nível do Rio Jacuí a montante dos municípios de Vale Verde e General Câmara;

4 – Arroio Plumbs – Vale do Sol. Sugestão de instalação da estação na proximidade com a ponte existente na rodovia RSC 287, considerada de fundamental importância para a logística de transportes do Vale do Rio Pardo e do estado do Rio Grande do Sul. Além disso, no entorno da área encontram-se diversas unidades residenciais, comércio e uma escola municipal;

5 – Rio Jacuí – Vale Verde. O município de Vale Verde, foi estrategicamente definido, em virtude da presença de núcleos habitacionais na região, promovendo um monitoramento mais efetivo para fins de prevenção.

Articulação regional em resposta à crise climática vira exemplo nacional

Como convidado, o Cisvale participou do debate sobre ações em eventos climáticos extremos, apresentando as medidas de auxílio aos municípios que deram origem ao Comitê Pró-Clima

Brasília (DF) – O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) participou, nesta terça-feira, 20, da programação da 26ª Marcha dos Prefeitos, realizada em Brasília, pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Após a apresentação do município de Sinimbu, feita pelo prefeito Wilson Molz, o trabalho iniciado com a ajuda humanitária e a articulação regional que deram origem ao Comitê Pró-Clima tornaram-se a pauta do evento.

Conforme o presidente do Cisvale, Gilson Becker, a participação do consórcio na Marcha dos Prefeitos em Brasília é extremamente positiva, uma vez que reafirma a relevância das ações realizadas em âmbito regional. “Até agora, as apresentações e debates nos quais estivemos presentes ocorriam sempre dentro das nossas regiões e estado. Nesta tarde apresentamos tudo que foi feito para uma plateia formada por gestores de todo o país”, destaca Becker, ao ressaltar que o retorno – por meio do contato com os participantes da Marcha – foi imediato. “Várias pessoas pendido contatos e informações a nosso respeito.”

A apresentação regional iniciou com as ações implementadas ainda no fim de abril de 2024, após o temporal que castigou a região antes das enchentes. “Primeiro relatamos a ajuda humanitária, a coordenação dela, a criação do PIX Solidário e todas as medidas, tomadas junto com várias entidades parceiras para socorrer e auxiliar os municípios no pós-catástrofe. Tudo isso deu origem ao Comitê Pró-Clima, do qual, também tivemos a oportunidade de apresentar os projetos e a forma como os criamos, assim como todas as estratégias para captar recursos”, resume Becker.

De acordo com o presidente do Cisvale, o conjunto de ações implementadas no Vale do Rio Pardo tornou-se um modelo nacional de resposta e ação aos eventos climáticos extremos. “Estivemos lado a lado, com membros da Defesa Civil de outros estados e pudemos compartilhar nossas ações, que podem servir agora de referência em casos de eventos extremos no Brasil. Esta ação amplia ainda mais a relevância do Cisvale e de toda a região que, junta, abraçou a causa e ajuda a tornar a recuperação do Vale do Rio Pardo menos difícil’, ressalta.

Além do presidente do Cisvale, Gilson Becker, e da diretora executiva do consórcio, Léa Vargas, a apresentação contou com a participação do vice-presidente do Cisvale, Jarbas da Rosa, prefeito de Venâncio Aires, município muito prejudicado pelos eventos climáticos de 2024, e o prefeito Wilson Molz, de Sinimbu, que apresentou o exemplo do município que está sendo reconstruído. A Marcha dos Prefeitos em Brasília, que conta com mais de 15 mil inscritos de todos os municípios brasileiros, é considerado um dos mais importantes para as gestões municipais, pois conta com a participação do governo federal e dos Estados. Nos debates e painéis realizados ao longo desta terça-feira, o presidente Luís Inácio Lula da Silva e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, estiveram presentes à programação.  

Grupo de trabalho regional busca reduzir espera por cirurgias

Mapeamento mostra que no Vale do Rio Pardo e Centro-Serra, ambas regiões de referência dos hospitais da região, mais de 1,4 mil pacientes aguardam por uma cirurgia em traumatologia; grupo de trabalho irá formatar alternativas para redução no número de pacientes

Santa Cruz do Sul – O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), em parceira com as 8ª e 13ª Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS), Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Jacuí (Ci Jacuí), Ministério Público (MP), e municípios do Vale do Rio Pardo e Centro-Serra criaram um grupo de trabalho para fazer frente à fila de espera por cirurgias na área de traumatologia de alta complexidade em ambas as regiões. A intenção é mapear alternativas e apontar soluções conjuntas para o enfrentamento à fila de espera que hoje tem 1.417 pacientes nas duas regiões.

De acordo com o presidente do Cisvale, Gilson Becker, a situação merece uma atenção especial das duas regiões, pois a referência para pacientes vinculados às 8ª CRS – Região Centro-Serra e 13ª CRS – Vale do Rio Pardo, estão junto aos hospitais regionais. “Após o levantamento feito pela equipe do Cisvale, pudemos quantificar que o número de pacientes na espera por estes procedimentos, nas áreas de traumatologia, ortopedia e cirurgia de coluna apresenta um contingente importante, mostrando que uma solução eficaz está na ação regional em cima desta espera”, ressalta o presidente.

O levantamento do volume de pacientes que aguardam por procedimentos de alta complexidade – que são cirurgias mais complexas – muitas com a colocação de próteses nos pacientes foi realizado em 2022, pelo Cisvale. Na época havia um aceno de recursos do governo do Estado, para a coparticipação no custeio dos procedimentos junto aos municípios. “Estes dados foram atualizados agora e mostram um crescimento no quantitativo de 2022 para cá. Na época, foi apurado que a lista de espera continha 1.007 pacientes nas duas regiões. De lá para cá o número aumentou em 410 pacientes, fazendo com que o tema entre na pauta de prioridades da região”, destaca o presidente.

No encontro realizado no Cisvale, ficou acordado entre os entes que integram o grupo de trabalho que, a partir de agora, são necessárias várias ações para quantificar e criar um plano de trabalho para a realização das cirurgias. “Um dos pontos mais importantes está a depuração da fila de espera, assim como os orçamentos para o custeio desta operação, prevendo consultas, exames prévios, procedimentos, próteses e internações. É necessário também que sejam apontadas as fontes de recursos e a participação da União nesta ação”, justifica a diretora executiva do Cisvale, Léa Vargas.

O grupo de trabalho segue também com a missão de encontrar formas de financiamento, tanto por parte dos municípios das duas regiões, quanto na participação com os governos do estado e federal, para o custeio destes procedimentos de alta complexidade, que são, em sua essência, responsabilidade do Estado e da União, no que se refere aos recursos destinados para a pactuação na realização do mutirão para redução da fila de espera no Vale do Rio Pardo e Região Centro-Serra.

Espera que não é razoável com os idosos

Para a 1ª promotora de Justiça Cível do Ministério Público de Santa Cruz do Sul, Catiuce Ribas Barin, a espera por uma cirurgia, independente da classificação de média ou alta complexidade é incompatível com a manutenção da qualidade de vida, especialmente das pessoas idosas. “O tempo de espera não é razoável, especialmente quando estamos falando dos idosos, em uma situação que se torna ainda mais difícil com a judicialização de cirurgias, demandando ao estado, na maioria das vezes, a responsabilidade sobre estes procedimentos”, pontua.

Conforme a promotora, o envolvimento do Ministério Público no grupo de trabalho para o enfrentamento à fila de espera das cirurgias de alta complexidade nas regiões de saúde da 8ª e 13ª Coordenadorias Regionais de Saúde faz-se necessário para auxiliar no controle e na lisura do processo para a redução delas. “É um acompanhamento que tem por objetivos dar dignidade no atendimento a estes pacientes ao mesmo tempo que emprega transparência nesta questão das filas”, complementa a promotora Catiuce Ribas Barin.

Vale do Taquari reconhece papel do Cisvale por meio do Pró-Clima

Assembleia conjunta entre o Cisvale, Amvarp e Amvat ocorreu nesta sexta-feira, 2, durante a programação da 17ª Fenachim, em Venâncio Aires

Venâncio Aires – O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) teve a sua atuação destacada durante a assembleia conjunta das Associações dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e Vale do Taquari (Amvat), realizada na manhã desta sexta-feira, 2. O evento, parte da programação da 17ª Festa Nacional do Chimarrão (Fenachim), foi realizado no Parque do Chimarrão, na presença de prefeitos e lideranças das duas regiões. Em sua manifestação, o presidente da Amvat, Sidinei Moisés de Freitas, do município de Sério, destacou a atuação do consórcio após a tragédia do clima de maio do ano passado.

Conforme o presidente do Cisvale, Gilson Becker, atualmente, o consórcio trabalha em duas frentes: na captação constante de recursos por meio de editais de financiamentos públicos e na atualização de dados e informações para aquisição e instalação de equipamentos e dispositivos doados para o monitoramento do clima. “Hoje trouxemos aqui o panorama dos nossos projetos e as formas de captação de recursos implementadas para a condução destas atividades. São propostas que somadas ultrapassam os R$ 79 milhões de investimento, focando na capacidade de adaptação e resiliência climática de nossa região”, disse.

A diretora executiva do Cisvale Léa Vargas apresentou o portfólio de projetos e o andamento das iniciativas criadas pelo Comitê Pró-Clima. De acordo com ela, algumas ações em fase de licitação – como a aquisição de recursos para a Defesa Civil da região – por meio da doação da empresa JTI, passaram pela avaliação dos coordenadores dos municípios da região. “Uma delas é a substituição dos botes de resgate por barcos rígidos com reboque, justamente porque a geografia de nossos rios mostra um terreno rochoso, assim como a necessidade, em situações de cheias, de entrar com as embarcações dentro da área urbana das cidades”, justifica.

Durante a exposição do Cisvale, os prefeitos das duas regiões tiveram acesso aos seis projetos criados pelo Comitê, ações de socorro, como o PIX Solidário, e todo o escopo técnico e científico empregado na região por meio das parcerias firmadas pelo Cisvale.

Em seu pronunciamento, o presidente da Amvap ressaltou a importância do trabalho executado pelo Cisvale, na criação do Comitê Pró-Clima e o impacto das ações já implementadas em nível regional. “Em um encontro, realizado na última semana, ouvimos elogios do promotor de Justiça Sérgio Diefenback, de Lajeado. Ele elogiou muito o trabalho do Cisvale e agora é a nossa vez de darmos os ‘parabéns’ ao prefeito Gilson e sua equipe”, ressalta o prefeito do município de Sério, no Vale do Taquari.

Força-tarefa que deu origem ao Comitê Pró-Clima completa um ano

Ação liderada pelo Cisvale concentrou os esforços humanitários e de recursos para os municípios atingidos pelos eventos climáticos de abril e maio de 2024; um ano após a tragédia do clima a região tem projetos aprovados pelo Estado e ações já contempladas por meio de parcerias e doações

Santa Cruz do Sul – A força-tarefa para ajuda aos municípios atingidos pelas enchentes de maio de 2024 completa um ano na próxima quarta-feira, dia 30. A ação, coordenada pelo Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) contou com uma série de iniciativas para promover o socorro imediato às vítimas da tragédia do clima, seguindo no auxílio da reconstrução e iniciativas para adaptação e resiliência nos municípios do Vale do Rio Pardo.

Conforme o presidente do Cisvale, Gilson Becker, a mobilização regional que deu origem a criação do Comitê Pró-Clima e todas as ações pró-recuperação e resiliência do Vale do Rio Pardo só foi possível por meio da centralização das atividades. “Foi um evento climático extremo, uma situação sem precedentes em nossa história, pois a área atingida pelas enchentes foi superior a 2,4 mil quilômetros de extensão, impactando em mais de 31,9 mil moradores do Vale do Rio Pardo”, destaca o presidente.

Para fazer frente a uma calamidade desta magnitude, ressalta Becker, a mobilização para o socorro e atendimento às comunidades impactadas só seria viável por meio da união entre os municípios. “Entendendo isso, a direção e a equipe técnica do Cisvale pensaram na criação da força-tarefa que podemos dizer foi o embrião do Comitê. Contamos com muita ajuda voluntária, por meio de empresas, entidades de classe e organizações que juntas deram o suporte necessário aos municípios. Registramos aqui a nossa gratidão também a todos estes profissionais que se dedicaram nesta missão que completa um ano”, avalia.

No entanto, a força-tarefa para o socorro e recuperação imediatos à região acabou mostrando a necessidade da criação de um Comitê de gerenciamento e implementação de ações a médio e longo prazo, focado especialmente na resiliência e na adaptação aos eventos climáticos. De acordo com a diretora executiva do Cisvale, Léa Vargas, a união de entidades, pesquisadores e municípios culminou na criação do Comitê Pró-Clima (veja cronologia), órgão responsável pelos projetos e ações ligadas ao meio ambiente e o Vale do Rio Pardo. “No decorrer das ações realizadas, percebeu-se que seria necessário que houvesse um órgão, ou uma organização capaz de continuar este trabalho. O Cisvale e as demais entidades que caminhavam juntas neste trabalho entenderam que seria necessário um comitê permanente”, destaca Léa, ao reforçar que além de toda a sociedade civil, prefeituras e entidades, os órgãos de controladoria, como o Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público foram chamados a participar do comitê, auxiliando especialmente nas questões relacionadas com o bem público e a utilização de recursos de maneira correta.

“Olhando para trás, para um ano desta tragédia e tudo que precisou ser feito desde então, o Cisvale entende que o protagonismo criado pelo consórcio e seus municípios foi fundamental para que a região tivesse condições de se reerguer de maneira mais rápida, olhando para o futuro e a necessidade de um monitoramento constante do clima e do meio ambiente”, analisa o presidente do Cisvale.

Ferramenta essencial, garante Ministério Público

Conforme o promotor de justiça Erico Barin, do Ministério Público (MP) de Santa Cruz do Sul, o Comitê Pró-Clima, ou a força-tarefa coordenada pelo Cisvale tornaram-se ferramentas essenciais no enfrentamento e na prevenção de catástrofes climáticas. “Isso porque permite a reunião, num mesmo fórum, de servidores públicos e profissionais da iniciativa privada com conhecimento na área, criando a base teórica e o planejamento de obras e ações que realmente possam fazer frente ao problema”, avalia.

Para o promotor da Promotoria Especializada do MP, o comitê consegue realizar uma perfeita interface entre a sociedade, a gestão pública e a necessidade dos municípios. “Não bastasse, a atuação regional rompe barreiras burocráticas e permite o diálogo e a coleta de recursos entre o setor público, o meio político e a iniciativa privada, tudo em consonância com objetivo de preparar a região e atenuar efeitos de novos eventos climáticos severos”, complementa Barin.

Segundo o coordenador do serviço regional de auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de Santa Cruz do Sul, Giuliani Schwantz, para melhor atender os municípios afetados pelo desastre climático no ano passado, o Tribunal de Contas do Estado adequou o seu plano de fiscalização e preconizou a orientação por gestão assistida àqueles mais afetados. “No Vale do Rio Pardo, o Cisvale teve atuação destacada nesse processo, tendo canalizado recursos para a assistência imediata das populações atingidas, ao reestabelecimento dos serviços essenciais e para a reconstrução, que perdura até hoje. Em paralelo, mobilizou os municípios consorciados para a criação do Comitê Pró-Clima, cujos projetos em execução são acompanhados pelo TCE desde a sua concepção”, avalia o coordenador.

Cronologia

30/04 – Cisvale cria o PIX Solidário do Vale do Rio Pardo para receber doações para os municípios atingidos pelo temporal do sábado, 27/04 e as enchentes ocasionadas pelas frequentes chuvas que castigam a região. Por meio de doações particulares e da Faculdade Dom Alberto, o PIX Solidário arrecadou mais de R$ 1,350 milhão, dividido entre os municípios atingidos. A ação deu origem ao Fundo do Comitê Pró-Clima, na sequência;

1/05 – A partir de uma reunião com prefeitos, representantes da segurança pública, deputados estadual e federal da região e demais gestores, pela criação de uma pauta coletiva de ajuda ao Vale do Rio Pardo, para concentrar as ações de ajuda humanitária e de reconstrução no Consórcio;

10/05 – O Centro Regional de Referência em Transtornos do Espectro do Autismo (Centro TEA) – Programa Estadual TEAcolhe – do Cisvale realizou uma ação especializada de acolhimento aos pacientes com autismo, após a catástrofe climática que gerou a destruição na região. O serviço está disponível junto dos 13 municípios consorciados e tem como objetivo realizar o acolhimento destes pacientes e profissionais ligados à área da saúde;

16/05 – Por meio de uma parceria com a Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos de Santa Cruz do Sul (Seasc) e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio Grande do Sul (CREA-RS) foi realizada uma força-tarefa para a avaliação de 130 imóveis em Sinimbu. Ao todo, foram feitos laudos para quase 600 imóveis em Sinimbu, Vale do Sol e Venâncio Aires;

26/05 – O Cisvale firmou uma parceria com o Sinduscon-RS, para ajudar na reconstrução dos municípios atingidos pelas enchentes viabilizando a atividade de horas-máquina, por meio de empresa associada da entidade. Além disso, o Sindicato coloca-se à disposição, por meio de outra associada, para atuar na linha de frente dos estudos de criação de espaços urbanos para receber habitações que serão construídas para famílias que perderam suas casas com as enchentes;

20/06 – O Cisvale recebe a doação de R$ 275 mil do Instituto BAT Brasil, sendo a primeira doação de financiamento coletivo arrecadada pela empresa, onde cada R$ 1 doado pelos colaboradores, a BAT complementou com R$ 2, contabilizando o total de R$ 275.980,46, utilizado para reconstrução dos municípios;

24/07 – Em uma audiência no município de Vera Cruz, com a participação de membros técnicos de universidades, como a UFSM e Unisc, abordou-se a necessidade de concentrar esforços técnicos e científicos para a reconstrução e resiliência da região;

07/08 – Criação do Comitê Pró-Clima, para inclusão do Vale do Rio Pardo no Plano Rio Grande, apresentado pelo governo gaúcho como estratégia de adaptação, resiliência e reconstrução do Estado;

07/08 – Reunião com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano para apresentação do projeto para desassoreamento de rios no Estado, com o financiamento de R$ 1,5 milhão para municípios em situação de calamidade e R$ 750 mil para municípios em situação de emergência;

15/05 – Em audiência com o vice-governador do Estado, Gabriel Souza, o Cisvale entregou o protocolo para cadastramento do Comitê Pró-Clima no Plano Rio Grande, com a possibilidade de após definição, incluir os projetos regionais no planejamento do Estado;

18/08 – Criação dos quatro eixos-temáticos para atuação do Comitê Pró-Clima, com 19 metas e propostas para a região. Estas metas deram origem aos seis projetos que mais tarde foram submetidos e pré-aprovados pelo Plano Rio Grande;

10/09 – Defesa Civil do Estado confirma ao Comitê Pró-Clima a instalação de uma base regional no Vale do Rio Pardo, para dar suporte às ações necessárias às Defesas Civis da região;

12/09 – Projetos para reconstrução, resiliência e adaptação do Vale do Rio Pardo, elaborados pelo corpo técnico do Pró-Clima ultrapassam a marca dos R$ 79 milhões em investimentos;

25/09 – Projetos são apresentados à lideranças e políticos. A partir desta ação, com a criação do Caderno de Projetos, as propostas foram submetidas a análise internacional, durante a COP-29 da ONU no Azerbaijão, por meio da Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Da ação, já foram realizados contatos com bancos de fomento internacional – os Brics – para captação de recursos;

28/11 – Os projetos do Pró-Clima são levados a Brasília, para inclusão das propostas nas emendas parlamentares. A direção do Cisvale percorreu a capital federal durante uma semana, na “Missão Brasília”, na intenção de captar recursos. Em fevereiro de 2024, o Consórcio participou de um evento em Brasília, onde foi apresentado o projeto AdaptaCidades, com mais recursos para inclusão de projetos regionais;

27/01 – Os seis projetos elaborados pela equipe técnica do Comitê Pró-Clima, criado pelo Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), para adaptação, resiliência e recuperação em eventos climáticos severos foram pré-selecionados pelo Comitê Gestor do Plano Rio Grande;

09/04/2025 – No balanço dos 100 dias de 2025, foram contabilizados R$ 37,5 milhões em projetos – entre a submissão das ações regionais a novos projetos – assim como o recebimento de recursos por meio da doação de seis estações meteorológicas pelo Sicredi, doação de R$ 645 mil do programa de voluntários da JTI e recursos da Consulta Popular Cidadã, indicados pelo Corede Vale do Rio Pardo, para aquisição de equipamentos para a região;

24/04/2025 – Recepção à Defesa Civil Regional que já atua no Vale do Rio Pardo, junto ao Corpo de Bombeiros de Santa Cruz do Sul e apresentação dos projetos e ações realizadas pelo Comitê Pró-Clima.

Comitê Pró-Clima recebe coordenação regional da Defesa Civil

Oficiais que têm como base o Vale do Rio Pardo foram recebidos pela equipe técnica e coordenadores municipais da Defesa Civil da região; durante o encontro, foram apresentados projetos em andamento e a adesão a novos programas de financiamento

Santa Cruz do Sul – O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) promoveu uma reunião de apresentação entre os oficiais da Defesa Civil Regional – lotados no Vale do Rio Pardo – e os membros que atuam no órgão junto aos municípios consorciados. A ação tem como objetivo aproximar o Comitê Pró-Clima do comando regional da Defesa Civil, para compartilhar projetos e ações realizadas com foco na adaptação e resiliência climática. Comitê irá inscrever região em um novo edital de financiamento, com possibilidade de captação de até R$ 12 milhões para obras estruturais e de operação em desastres.

Além da apresentação do caderno de projetos, com as seis propostas dos quatro eixos de trabalho do Comitê, o presidente do Cisvale Gilson Becker, apresentou ao comando regional da Defesa Civil as formas de articulação para criação de um sistema eficiente de alerta e previsão meteorológica. “Contamos com doações de estações meteorológicas, estações de monitoramento e sensores pluviométricos. Estamos trabalhando para que seja desenvolvido um sistema regional, capaz de receber, quantificar e interpretar estes dados, fornecendo a informação confiável e segura a todos os municípios”, destacou Becker.

O coordenador adjunto da Defesa Civil Regional, Joel Dittberner, acompanhado do 1º tenente Jader Edtt e do 1º sargento Aguiar Araújo, que estão instalados em Santa Cruz do Sul junto ao Corpo de Bombeiros, participaram do encontro com os demais pares da Defesa Civil dos municípios. “Nosso trabalho aqui é garantir que estamos aqui para ajudar, em tudo que for necessário, os municípios do Vale do Rio Pardo. Precisamos também destacar aqui o excelente trabalho do Cisvale, que caminha mais rápido que as demais regiões do Estado, criando ações, projetos e captação de recursos para o Vale do Rio Pardo”, ressalta o adjunto.

Dittberner revelou ainda que do contingente total de nove militares – do qual é formado – a Defesa Civil regional conta com três militares atuando de maneira integral no Vale do Rio Pardo, situação que também potencializa a atuação do Comitê Pró-Clima na região. “Com todo este trabalho, o aperfeiçoamento de nossos projetos e equipe técnica e mais a presença da Defesa Civil Regional, acreditamos que se ocorrer uma nova situação, semelhante ao que vivemos em maio do ano passado, teremos um nível de resposta e organização muito melhor do que em 2024”, avalia o presidente do Cisvale, Gilson Becker.

Necessidade de veículos tracionados

Em manifestação durante o encontro, as lideranças municipais ligadas aos órgãos de Defesa Civil dos municípios manifestaram a necessidade da aquisição de caminhonetes, com tração 4×4 para o atendimento às emergências. Dos 17 municípios do Cisvale, apenas Santa Cruz do Sul tem o equipamento, essencial para socorro imediato e acesso a localidades isoladas. “Por meio desta avaliação, concluímos que este tipo de veículo é uma prioridade para além dos mais de 170 equipamentos listados para aquisição, nos projetos do Pró-Clima”, destaca a diretora executiva do Consórcio, Léa Vargas.

Entre as iniciativas para aquisição destes veículos está a adesão ao edital de financiamento do Ministério Público, por meio do Fundo para Reconstrução de Bens Lesados. Neste edital, foi cadastrada a aquisição de sete caminhonetes tracionadas, no valor total de R$ R$ 2.107.910,00 milhões. “O Cisvale cadastrou proposta neste edital. É importante que sigamos participando de todos editais e financiamentos públicos e privados, para garantir o recebimento dos recursos necessários para nossa região. A própria aquisição destes veículos tracionados pode ser feita, caso sejamos contemplados neste edital do Ministério Público do Rio Grande do Sul”, complementa o presidente do Cisvale, Gilson Becker.

Neuropsicóloga compartilha experiência em palestra sobre Autismo

Andressa Sehn, que é mãe de um filho autista adolescente irá acolher outras mães e familiares de pessoas com TEA na próxima quarta-feira, 23, no Auditório Memorial da Unisc; evento é gratuito e com vagas limitadas

Santa Cruz do Sul – O Centro Regional de Referência em Transtorno do Espectro do Autismo (Centro TEA) do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) promove na próxima quarta-feira, 23, um evento de acolhimento a pais e familiares de pessoas com autismo. A palestra “Autismo: conhecer, incluir e transformar”, será ministrada pela neuropsicóloga Andressa Sehn, que é mãe de um adolescente autista. O evento ocorre a partir das 19 horas, no Auditório Memorial da Unisc, no campus da universidade em Santa Cruz do Sul, com entrada franca.

Conforme a especialista, a ideia é criar conexão com as famílias que irão participar do encontro, para promover a empatia e a proximidade com os familiares e cuidadores que convivem com crianças e adultos com o transtorno do espectro do autismo. “É preciso entender que o cérebro de uma pessoa com autismo é atípico, não funciona como de uma pessoa que não tem. Por isso, os critérios de diagnóstico, quanto mais rápido tornam mais fáceis os níveis de suporte e cuidados com ele. Desde os três anos de idade do meu filho – hoje adolescente – eu convivo com esta sistemática, por isso que eu propus iniciar criando uma conexão com a plateia”, destaca.

Como mãe e profissional da área, Andressa destaca que além de pensar na previsibilidade das situações e formas de abordagem, é necessário também prestar atenção ao ambiente, a tudo que rodeia a pessoa com autismo, pois qualquer diferença no meio, como um cheiro, uma luz, ou até mesmo a movimentação de pessoas, provocam incômodo no autista. “Muitas vezes nos preocupamos em como iremos nos portar na presença de um autista, mas não é só a nossa interação que interfere é todo o ambiente e o contexto no qual estamos inseridos”, frisa a especialista que participou, na época, da criação do Centro TEA do Cisvale.

Para a diretora executiva do Consórcio, Léa Vargas, a oportunidade de compartilhar experiências e contar com representações de associações de pais de pessoas com autismo de oito municípios da região torna o evento ainda mais grandioso. “Dentro da programação do Centro TEA durante o mês de abril este é um momento muito especial, voltado especificamente para pais e familiares de pessoas com autismo. Por isso deixamos o convite para que todas as pessoas que tiverem interesse em participar, possam estar conosco na próxima terça-feira”, ressalta.

A palestra ocorre no Auditório Memorial da Unisc, no Bloco 53 do Campus da universidade em Santa Cruz do Sul, a partir das 19 horas da quarta-feira, dia 23. Não é necessário fazer inscrição, e o evento é gratuito, aberto à comunidade. Porém o espaço do auditório é limitado em 120 vagas. A promoção é do Centro TEA – Programa Estadual TEAColhe e Cisvale, com apoio de associações da região. Participam da organização a Associação de Familiares e Amigos de Pessoas com Deficiência (Afae) de Sinimbu, Associação de Amigos Especiais (Adae) de Vera Cruz, ONG Anjo Azul de Passo do Sobrado, ONG Mandala de Candelária, Esperança Azul de Venâncio Aires, ONG Luz Azul de Santa Cruz do Sul, Associação Riopardense de Pais e Amigos dos Autistas (Arpaa) – de Rio Pardo –  e Associação Pantanense de Pais e Amigos dos Autistas, de Pantano Grande.

Nos primeiros 100 dias do ano, Cisvale soma R$ 37,3 mi em projetos

Balanço das ações realizadas até o dia 10 de abril revela ainda os repasses de R$ 645 mil e as seis estações meteorológicas, recebidas do Sicredi, totalizando mais de R$ 38 milhões

Santa Cruz do Sul – O balanço dos primeiros 100 dias de 2025 revela que entre repasses, doações e indicações de verbas destinadas ao Comitê Pró-Clima do Vale do Rio Pardo, o Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) ultrapassa a soma de R$ 38 milhões em projetos, repasses recebidos e programas de financiamento para os quais foi feita adesão, com objetivo de aplicação nas ações de prevenção e resiliência aos eventos climáticos severos. Além dos valores, o consórcio atua para ampliações nos atendimentos na área da saúde, nas áreas de neurologia e oftalmologia.

De acordo com o presidente do Cisvale, Gilson Becker, o período inicial de 2025 se mostrou positivo para a realização dos projetos de adaptação e resiliência climática do Vale do Rio Pardo. “Recebemos a doação das seis estações meteorológicas do Sicredi, mais R$ 645 mil, doados pela Associação do Programa Voluntários do Bem (PVB) da JTI, em doações já efetivadas. No campo dos projetos, estamos com a indicação da Consulta Popular, Via Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo (Corede), para aquisição de estações meteorológicas e sensores de níveis, assim como horas técnicas para desenvolvimento de uma plataforma para armazenamento de dados”, avalia Becker.

Entre projetos encaminhados no início do ano, o Cisvale remeteu a proposta de captação de R$ 35 milhões, junto ao Governo Federal, por meio do PAC Seleções, para o cadastro de projetos de manejo de resíduos sólidos no valor de R$ 35 milhões. “No edital Teia de Soluções, do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), inscrevemos o projeto do Eixo 4, para recuperação de solos, no valor de R$ 1,5 milhão”, acrescenta o presidente.

No total contabilizado não estão incluídos os seis projetos do Comitê Pró-Clima, cujo valor ultrapassa a marca dos R$ 79 milhões, que têm aceno positivo, com a pré-aprovação no escopo do Plano Rio Grande.

Ampliação das especialidades médicas

Na área da saúde, o Cisvale aderiu ao Programa Mais Acesso a Especialidades (PMAE), do Governo Federal, para a inclusão dos atendimentos em oftalmologia para a região. “Com isso, poderemos abrir um edital de chamamento público, para credenciamento de clínicas e profissionais para prestação de serviços na área, com a possibilidade de realizar até 500 atendimentos por mês, auxiliando os municípios consorciados com esta especialidade aqui no próprio Cisvale”, justifica Gilson Becker.

Para ampliar a oferta de atendimento em neurologia – uma das especialidades com grande procura no Vale do Rio Pardo – foram contratados mais dois especialistas, aumentando em 150 consultas por mês a capacidade de atendimento. “O reflexo disso é também um maior atendimento junto ao Centro Regional de Referência em Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), que também conta com o reforço de mais um profissional da área da neurologia no quadro de profissionais do Centro”, contabiliza o presidente.

Com edital concluído ainda no fim de 2024, a licitação para compras coletivas de medicamentos – realizado pelo Cisvale – já garante uma economicidade aos municípios que aderem a ata de registro de preços, um percentual de até 60% de alguns medicamentos, na comparação com o preço de mercado. “Este é um dos grandes serviços que o Cisvale disponibiliza para os municípios, promovendo acesso a descontos e valores especiais, negociados em conjunto junto aos fornecedores, uma força que seria impossível sem a união regional”, complementa Becker. 

Levantamento do Cisvale mostra que região produz 203,4, toneladas de lixo diariamente

Estudo que conta com dados dos 17 municípios consorciados faz parte do Projeto para Destinação de Resíduos Sólidos, integrante do Plano Estratégico Regional de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos, elaborado pelo Consórcio

Santa Cruz do Sul – O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) apresentou aos prefeitos da região – durante a última assembleia da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) a atualização do cronograma físico financeiro do Plano Estratégico Regional de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos. No documento, que foi inscrito junto aos projetos do PAC Seleções, com financiamento do governo federal, a perspectiva de investimento de R$ 35 milhões, para um programa de educação ambiental, coleta seletiva, gestão de resíduos sólidos, e destinação final.

Segundo o presidente do Cisvale, Gilson Becker, por conta da oferta do governo federal em liberar R$ 600 milhões para a adesão de projetos voltados ao meio ambiente, por meio do programa PAC Seleções, o consórcio entendeu que seria importante atualizar os dados do Plano Estratégico Regional de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos, elaborado em 2019, para encaixar nesta linha de recursos destinados aos municípios. “Com a atualização dos números, pudemos constatar que para a execução de nosso projeto, serão necessários R$ 35 milhões, para os quais, esperamos conseguir captar junto ao governo, por meio deste programa que é um financiamento com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)”, explica. Conforme ele, a atualização foi somente do cronograma físico-financeiro, mantendo-se a essência do projeto já elaborado.

A diretora executiva do Cisvale Léa Vargas revela que, em 2019, o volume de resíduos sólidos produzido mensalmente pelos 17 municípios consorciados era de 4 mil toneladas mês. No entanto, com a atualização das informações, o volume subiu para 6.102 toneladas a cada 30 dias, resultando em um quantitativo médio, diário, de 203,4 toneladas. “Com isso entendemos a necessidade de atualização do cronograma físico financeiro de todo o projeto, mantendo assim as metas previstas no plano estratégico regional (educação ambiental, coleta seletiva, gestão de resíduos sólidos, e destinação final). Estas estratégias estão dentro do projeto que inscrevemos, sendo o Cisvale, elegível como consórcio público para participar do PAC Seleções”, destaca a diretora.

O consórcio aguarda agora a aprovação do projeto inscrito no programa federal para dar andamento a proposta. O resultado é esperando para os próximos 60 dias. “Estando aprovado, ação que nós acreditamos ser possível, voltaremos a discutir o tema, que é uma necessidade da nossa região e uma ação que o Cisvale tem como meta, dentro do nosso Planejamento Estratégico pra o desenvolvimento sustentável do Vale do Rio Pardo”, complementa o presidente, Gilson Becker.

Centro TEA do Cisvale cria programação especial para o mês do Autismo

Programação regional tem como objetivo incluir, capacitar e conscientizar a comunidade quanto à atenção aos indivíduos que têm transtorno do espectro autista

 

Santa Cruz do Sul – O Centro Regional de Referência em Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) programou uma série de atividades para o mês de abril, o mês de conscientização sobre o autismo. Palestras, encontros com familiares e eventos abertos à comunidade fazem parte da programação que envolve vários municípios da região.

Conforme o presidente do Cisvale, Gilson Becker, uma das caraterísticas do Centro TEA do Cisvale é atuar junto aos municípios consorciados, realizando o matriciamento dos casos, trabalhando como parceiro das prefeituras e das secretarias municipais de saúde, educação e desenvolvimento social. “Existe ainda um grande desconhecimento acerca do que é o transtorno que provoca o diagnóstico do autismo e por isso nosso papel é fazer com que o conhecimento, concentrado nos profissionais que atuam junto ao Centro TEA seja disponibilizado à comunidade”, reforça.

Além do trabalho contínuo de formação por meio da capacitação de profissionais de diversas  áreas da educação, saúde e assistência, o Centro TEA, que faz parte do Programa Estadual TEAColhe, proporciona um acolhimento aos pais, cuidadores e pacientes adultos, por meio dos projetos Cuidado de Quem Cuida, voltado aos pais e familiares e o Momento Conexão, para adolescentes e adultos. “Nós também realizamos atendimentos aos casos severos, graves e refratários, junto à estrutura do Cisvale. No último ano, foram realizados mais de 300 atendimentos aqui no Centro TEA. Quando falamos de capacitação, foram quase 3 mil profissionais, de forma que o Centro TEA exerce hoje um papel fundamental junto aos municípios”, aponta o presidente.

Segundo a diretora executiva do Cisvale Léa Vargas, a formação da equipe multidisciplinar que compõe o Centro TEA e a parceria com as administrações municipais são os elementos que ajudaram a compor uma programação tão variada (veja tabela abaixo) e inclusiva para o mês de abril. “É uma necessidade da nossa região tratar a inclusão de pessoas com o transtorno do espectro autista, e principalmente, estarmos preparados para acolher os pacientes e as suas famílias. Esta é uma das grandes propostas do Centro TEA e de todo o trabalho desenvolvido pelo Cisvale nesta área”, pontua.

A programação do Centro TEA foi criada em parceria com entidades e as prefeituras que incluíram eventos no calendário. Em função disso, algumas atividades são abertas à comunidade, outras dirigidas a profissionais, pais e cuidadores de pessoas com autismo.



Programação 2025



01/04 – Conecta TEA – Juntos pelo Autismo: Construindo Pontes

Santa Cruz do Sul – 18 horas – Palacinho – evento aberto à comunidade;

02/04 – Caminhos da Inclusão: Conhecendo o Cérebro Autista

Candelária – 13 horas – Associação Comercial e Industrial de Candelária – Rede de atenção dos municípios de referência do CAS Candelária;

09/04 – Cuidar e entender: O papel da família no autismo

Rio Pardo – 14 horas – CAS Rio Pardo – evento dirigido a pais, familiares e cuidadores de autistas;

13/04 – Conecta TEA: Juntos pelo Autismo: Construindo Pontes

Santa Cruz do Sul – ONG Luz Azul – 15 horas – Praça da Bandeira (Centro) – aberto à comunidade em geral;

14/04 – Cuidando de Quem Cuida: Saúde mental Materno Importa

Santa Cruz do Sul – Cisvale – 14 horas – Pais e familiares e cuidadores;

23/04 – Conectando famílias: Apoio e compreensão no autismo

Santa Cruz do Sul – Auditório Memorial da Unisc – 19 horas: comunidade em geral;

24/04 – Família e Autismo

Vera Cruz – Câmara de Vereadores – 19 horas – pais, familiares e rede de atenção municipal;
28/04 – Momento Conexão

Santa Cruz do Sul – Cisvale – 14 horas – Adolescentes e adultos com TEA;

30/04 – Caminhos da Inclusão: Conhecendo o Cérebro Autista

Rio Pardo – CAS Rio Pardo – Rede de atenção dos municípios de referência do CAS Rio Prado.