Atualização dos planos de contingência pauta Comitê
Em reunião com representantes da Defesa Civil dos municípios e com o tenente-coronel Alexandre Moreira Pereira, da Defesa Civil Regional tema foi abordado pelo Eixo I do Comitê Pró-Clima Vale do Rio Pardo
Santa Cruz do Sul – O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) reuniu os membros do Eixo I do Comitê Pró-Clima do Vale do Rio Pardo, acompanhados de representantes da Defesa Civil, para dar início ao processo para a atualização dos planos municipais de contingência. Durante o encontro, que contou com a presença do tenente-coronel Alexandre Moreira Pereira, da Defesa Civil Regional, foi apresentada a possibilidade de criação de um Centro Regional de Alerta e Monitoramento de Desastres no Vale do Rio Pardo.
De acordo com a diretora executiva do Cisvale, Léa Vargas, a principal tarefa a ser realizada de forma conjunta pelos 17 municípios consorciados está na atualização dos planos de contingência, utilizados para dar início às operações da gestão pública antes, durante e após eventos extremos do clima. “Solicitamos aos coordenadores da defesa civil dos municípios consorciados, para que seja feito um levantamento de necessidades para atualização dos planos de contingência da defesa civil dos municípios, que têm prazo para atualização”, destaca ao confirmar que, inicialmente, os municípios têm até o dia 12 de setembro para encaminhar essa demanda.
Outro ponto levantado pelo grupo e destacado pela diretora executiva do Cisvale está relacionado à qualificação das defesas civis dos municípios. A ideia é promover a possibilidade de capacitação aos coordenadores de Defesa Civil dos municípios, pelo Estado, assim como a aquisições de materiais para o enfrentamento de desastres.
Para o tenente-coronel Alexandre Pereira Moreira, a instituição Defesa Civil nunca teve uma importância tão grande dentro dos municípios antes da tragédia de maio. “A gente entende que a maioria são prefeituras pequenas, que não tem uma preparação maior. O ideal é que as prefeituras tenham funcionários efetivos, de carreira à frente das defesas civis”, recomenda Moreira, ao ressaltar a importância de os planos de contingência serem atualizados de forma constante.
Monitoramento do clima
A reunião dos membros do Eixo I – Gestão do Clima e Resiliência a Desastres do Comitê Pró-Clima do Vale do Rio Pardo – também apontou a necessidade de instalação de um Centro Regional de Alerta e Monitoramento de Desastres no Vale do Rio Pardo, como parte integrante das ações do Plano Rio Grande.
Na reunião técnica realizada pelo vice-governador do Estado, Gabriel Souza, foi confirmada a criação de uma unidade adjunta ao Centro Regional do Vale do Taquari, que será criado em Lajeado. “Agora queremos apresentar ao comitê gestor do Plano Rio Grande a possibilidade de criação de um centro de monitoramento de desastres junto a esta unidade local”, defende a presidente do Cisvale, Sandra Backes.
Iniciativa fantástica
A criação do Comitê Pró-Clima do Vale do Rio Pardo foi elogiada pelo tenente-coronel Alexandre Moreira Pereira. Segundo ele, a articulação regional das entidades pode servir de modelo para outras regiões do Rio Grande do Sul. “Eu preciso parabenizar a iniciativa do consórcio, inclusive vou levar este exemplo para minha região. É um desastre sem proporções, que ninguém gostaria de ter passado, mas temos que conviver com esta situação a partir de agora”, garante.
Pereira classificou como “fantástico” o trabalho realizado para o gerenciamento e resiliência aos desastres, por meio do Comitê Pró-Clima. “Estão sendo colocadas dentro do consórcio entidades apolíticas, pois este ano teremos eleições, e talvez depois disso, haja uma renovação muito grande nas Defesas Civis. Por isso podemos dizer que a iniciativa é fantástica”, classifica.
Além do Cisvale, atuam junto no Comitê Pró-Clima a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); o Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo (Corede-VRP), o Comitê Pardo, a Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e o de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio Grande do Sul (Crea – RS).