Telmo seguirá na presidência do Cisvale no próximo ano

Prefeito Telmo

No encontro da Amvarp, na manhã de ontem, os prefeitos aprovaram a sugestão do presidente, Airton Artus, para a recondução de toda a atual diretoria do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) para mais um ano de mandato em 2016. Com isso, o prefeito de Santa Cruz do Sul, Telmo Kirst (PP), permanecerá na presidência da entidade. Entre os principais projetos previstos está a construção do prédio da futura Central Regional de Especialidades Médicas (Crem), em terreno próximo à Secretaria Municipal de Saúde e do Centro Materno Infantil (Cemai), ao lado da Praça Siegfried Heuser (junto ao Centro de Cultura Jornalista Francisco Frantz), em Santa Cruz do Sul.

Kirst afirma que a expectativa é lançar o edital para a definição da empresa responsável pela obra no início do próximo ano. O presidente reeleito disse ainda que a diretoria deve trabalhar em 2016 para ampliar e aperfeiçoar os atendimentos da saúde na região, bem como atuar deforma expressiva junto ao governo do Estado para cobrar o repasse de recursos atrasados. Paulo Butzge, de Candelária, segue como vice-presidente do consórcio, com Fernando Schwanke, de Rio Pardo, como secretário e Caio Baierle como tesoureiro.

Orçamento do consórcio vai totalizar R$ 9,7 milhões

O orçamento do próximo ano do Cisvale está previsto em R$ 9.767.975,12, com os recursos divididos em serviços de saúde, na área ambiental e administrativo. O valor é inferior à estimativa de R$ 10,2 milhões para 2015. A redução, conforme a diretora executiva do consórcio, Léa Vargas, ocorreu com a suspensão das despesas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Depois da licitação para a contratação da empresa responsável pelos atendimentos, desde junho as prefeituras realizam o pagamento dos valores diretamente à operadora do sistema.

Entre os meses de janeiro e outubro deste ano, houve 108 mil atendimentos de média e alta complexidade pelo Cisvale. Em torno de R$ 4 milhões foram repassados ao consórcio pelas prefeituras para manutenção dos serviços de saúde. O órgão também não ficou livre dos problemas com o atraso no repasse de recursos do Estado. Conforme Léa Vargas, o governo do Estado deve R$ 741.912,86 do incentivo aos consórcios referentes ao ano passado e mais R$ 545.945,91 do período de maio a setembro deste ano, totalizando R$ 1.287.858,77. A diretora executiva ressalta que existe perspectiva de pagamentos dos valores referentes a este ano e a manutenção do incentivo. Uma reunião no dia 9 de dezembro vai buscar uma negociação dos recursos ainda pendentes do ano passado.

O Cisvale segue com a modernização da estrutura de atendimento. Na semana passada, houve a compra de oito computadores e seis impressoras para a informatização dos consultórios médicos. Léa Vargas explica que o investimento possibilita a integração das informações dos atendimentos de média complexidade no Vale do Rio Pardo, de referência e contrarreferência. Com isso, por exemplo, os médicos dos postos de saúde terão acesso de forma eletrônica às informações dos prontuários dos pacientes.

Prédio e inspeção sanitária

O Cisvale possui R$ 2 milhões em projetos encaminhados ao governo federal, com perspectiva de consolidação no próximo ano. O primeiro é referente à construção do prédio da futura Central Regional de Especialidades Médicas (Crem). O projeto já obteve a aprovação do Ministério da Saúde e agora aguarda o termo de referência do Sistema de Convênios (Siconv) do governo federal para a abertura da licitação. Parte dos recursos necessários para a edificação da obra será proveniente da emenda parlamentar ao orçamento da União no valor de R$ 1,7 milhão encaminhada pelo deputado federal Heitor Schuch e o restante será com recursos próprios do consórcio.

Outro projeto, como repasse de R$ 350 mil aprovados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e empenhados pelo governo federal, viabilizará a criação do departamento de inspeção sanitária, beneficiando os municípios da região. O serviço vai possibilitar a expansão das atividades das agroindústrias com até 250 metros quadrados. O Cisvale aguarda a liberação dos recursos para a compra de cinco camionetas e toda a estrutura de informática e física do órgão.

FONTE: Otto Tesche| Jornal Gazeta do Sul, dia 03 de Dezembro de 2015.